Houve progressos, os argentinos Leonardo Astrada e Gabriel Amato exibiram qualidades, os jogadores tiveram gana, disposição mesmo. Mas nem assim o Grêmio venceu a primeira no ano.

        Empatou em 1 a 1 com o Paraná, no sábado, está definitivamente fora da Copa Sul-Minas e, pior, é o lanterna do grupo B. São apenas três pontos em 15 disputados. Muito pouco para um supertime.

        O time é novo, mas o filme é antigo. O Grêmio vencia até aos 48 minutos do segundo tempo. Então Lúcio Flávio foi cobrar um escanteio, Danrlei deixou seu lugar e peitou o atacante Róbson, que discutia com Rodrigo Costa. Houve confusão na área. O escanteio veio rápido, Patrício cruzou, Ageu escorou e Milton do Ó empatou. Danrlei, que deveria estar sob as traves, desestabilizou a própria zaga.

        Aí o catarinense Osvaldo Meira Júnior apitou o final e o vice de futebol Antônio Vicente Martins invadiu o campo, como havia feito no intervalo. Dedo em riste, suando litros, xingou o atrapalhado árbitro. O zagueiro Marinho, transtornado, alegou agressão de um policial. O gol, no sábado, foi legal. Se houve um culpado, foi Danrlei.

        Leão evitou comentários sobre os incidentes. Preferiu falar da melhora do time, ou seja, de Leonardo Astrada e Gabriel Amato. Astrada foi seguro, de futebol simples e eficiente. Não enfeita e, o melhor, não erra passes. Amato tem habilidade, vibração, se entrega ao jogo. Estava exausto ao final.

        O Grêmio marcou seu gol aos 14 minutos do segundo tempo, só com toques de craques. Astrada cobrou falta rápido, Paulo Nunes tocou para Amato, que, de costas, serviu Zinho. Um golaço. Sem Nenê, expulso aos 32 minutos do primeiro tempo, o Grêmio se multiplicou em campo. Mas deixou escapar a vitória. Desde 17 de novembro não vence.