O conselho deliberativo (CD) do Londrina Esporte Clube terá hoje, a partir das 18h30, importante reunião na sede do clube, na Rua Jorge Casoni, área central. Os membros do CD devem homologar o acordo entre o clube e a SAL, para que o acordo de terceirização do departamento de futebol até 1º de março de 2001 seja rescindido. O clube voltaria a ser o Londrina de antes, inclusive com a nomeação de pessoas para cargos que não existem mais, em razão de o futebol ter sido terceirizado à SAL.

A reunião de hoje terá outro importante assunto em pauta: o conselho deliberativo já tomará conhecimento que o Londrina deverá iniciar - se a proposta da SAL for aceita - o processo de transformação do clube em Londrina S/A. "Se tudo correr bem, até o final do mês queremos estar com o Londrina S/A. em ação", disse ontem o presidente do conselho deliberativo, Antonio Amaral, que cuida de todos os detalhes da transformação do clube em S/A. e, também, dos termos do acordo de encerramento do contrato da SAL.

"Tão logo o Conselho retifique o acordo Londrina-SAL, e tenhamos o valor total da dívida do clube, os empresários que deverão assumir o Londrina serão apresentados e poderemos iniciar os trabalhos para as disputas do Campeonato Paranaense", afirmou Célio Guergoletto, que está em Camboriú (SC). Guergoletto - que foi coordenador-geral do time na disputa da Série B do Campeonato Brasileiro - deverá retornar Segunda-feira a Londrina. O conselho deliberativo poderá nomeá-lo ainda hoje vice-presidente de futebol profissional.

Ontem, uma preocupação de Antonio Amaral era saber o valor da dívida do Londrina.

"Ainda hoje (ontem) conversei com o advogado Osvaldo Sestari para que faça um levantamento total de quanto o clube deve, incluindo ai as ações trabalhistas. Precisamos saber exatamente em quanto elas importam e se existe possibilidade de acertos abaixo de seus valores atuais. Só depois disso é que teremos condições de iniciar uma série de decisões voltadas para o futuro", contou Antonio Amaral. Essas dívidas, segundo Célio Guergoletto, poderão ser assumidas pelos 'novos sócios' do Londrina, até o valor de R$ 2 milhões.

Depois de verificar todos os documentos das supostas dívidas que SAL contraiu enquanto esteve à frente do time, o Conselho Deliberativo deve aprovar o acordo, segundo Antonio Amaral. "Os documentos estão bem claros e, como eles colocaram dinheiro, devem ser ressarcidos, porque ninguém pode sofrer prejuízos. "Mas a atenção do dirigente está mais além. "Temos que transformar o Londrina em S/A. É bom, no entanto, deixar o torcedor tranqüilo quanto a possível transformação. Independentemente de quem venha a ser o parceiro, o Londrina será majoritário. Não existe nenhuma chance de empresários terem mais que 50% das ações. Não vamos permitir isso em hipótese nenhuma", ele garante.

Entusiasmado com o grupo de empresários dispostos a ajudar o Londrina a se transformar em S/A, Célio Guergoletto não vê a hora de o CD homologar o acordo com a SAL. "Assim poderei anunciar os nomes desses empresários, acabando com a expectativa de todos", espera Guergoletto.

O futuro vice de futebol adiantou ainda que existe grande possibilidade de Fábio Scaff - um dos remanescentes da SAL - continuar dirigindo o departamento amador. "Aceitaria um convite desde que eu possa manter toda a equipe que vinha trabalhando comigo até agora", adianta Scaff. Ele explicou que o ciclo da família Scaff com o futebol profissional de Londrina acabou: "No profissional não devo voltar mais. Só aceitaria trabalhar nas escolinhas, onde me dei muito bem."