O LIXO NO LAGO AZUL

A Borboletinha Mágica acordou cedo e foi logo colocando uma linda roupa de verão. Estava calor demais para ficar em casa. Ia se refrescar no lago Azul.
- Oi,  Margarida.
- Olá amiga – respondeu a flor – vamos tomar banho no lago ?
- Claro, com esse calor, logo toda a bicharada estará reunida aqui.
Foi dito e feito, meia hora depois não havia mais espaço para ninguém. Todos estavam no Lago.
O sossego foi quebrado quando ouviram um barulho estranho que vinha de longe.
Houve um silêncio geral no lago, os bichos assustados olharam uns para os outros.
- Que barulho esquisito é esse ?!  perguntou a tartaruga Tatá.
- Que som diferente ! Nunca ouvi nada parecido – disse o sapo Neneu.
- É,  parece que está aumentando – disse o Elmo.
- Vou voar naquela direção para ver de onde vem o barulho – disse a borboletinha. Nesse momento as estrelinhas mágicas brilharam na sua frente . E viu o futuro. O lago estava todo sujo, destruído,  nem árvores, nem bichinhos,  tudo estava acabado. Sentiu um arrepio  e as estrelinhas desapareceram.
E foi assim que percebeu um grupo de crianças vindo na direção do lago. Eles gritavam, riam e cantavam.
- Corram !!! – gritou a borboletinha  para a bicharada - são humanos.
Foi um corre-corre geral, todos conseguiram se esconder a tempo entre as árvores. Mas não foram embora,  a curiosidade era grande demais e por isso ficaram olhando para as crianças que acabavam de chegar no lago.
As crianças trouxeram as mochilas cheias de guloseimas e muitos brinquedos, para passar o dia  inteiro às margens do lago Azul.
No fim do dia, as crianças já cansadas de tanta brincadeira foram embora. E a bicharada pôde sair dos esconderijos.
Foi uma surpresa para todos , os bichinhos não acreditavam no que viam.  O lago estava sujo demais, lixo para todo o lado. Embalagens de comida, latinhas, garrafas de refrigerante, papel, tudo jogado no chão e na água. Nenhuma criança levou nada. O lixo não estava no lixo, estava espalhado por todo lugar.
- Nossa - disse a flor – nunca vi tanta sujeira.
- Tem garrafa de refrigerante para todo lado – disse a lebrinha Vivi....
- Olhem,   quantos saquinhos plásticos – disse o rato gordo – isso leva anos para desaparecer.
- Pois é... – começou a Borboletinha – as crianças vieram aqui desfrutaram do lugar, brincaram bastante, comeram e depois deixaram todo o lixo. Que coisa mais estúpida. – disse indignada.
- Mas eles não são os seres mais inteligentes e pensantes da Terra ? Quis saber a joaninha Juju.
- Deveriam ser. – respondeu a Borboletinha.
- E agora, o que faremos ? perguntou o macaquinho Nico.
- Ora meu amigo, só tem uma coisa a fazer: Limpar toda a sujeira e jogar no lixo – respondeu a borboleta. 
- É, mas acho que isso é obrigação de quem jogou – disse indignado o sapo Neneu.
A borboletinha lembrou da visão mágica que teve onde via o lago todo sujo, sem vida. Entendeu que era por causa do lixo.
- O certo é recolher sempre o lixo, esteja onde você estiver. Se aquelas crianças não sabem que o lixo deve ficar no lixo, nós sabemos e devemos recolher para o nosso bem.
- É uma pena – começou dona Margarida - que algumas pessoas ainda tenham essa atitude tão feia, que é sujar a natureza.
- Então pessoal, vamos fazer uma operação cata-bagulho - disse o elefantinho Elmo.
E todos começaram a recolher a sujeira  deixada  pelas crianças.
 No final o lixo foi colocado num grande cesto e levado para a estrada onde passa o lixeiro. O lago voltou a ficar limpinho e mais bonito. 
- O lago Azul está como deve sempre estar: livre do lixo e da poluição. – disse a Borboletinha.
Já tinha escurecido e a lua já aparecia no céu. No dia seguinte a bicharada da floresta se reuniu no lago Azul e se divertiu pra valer e sem sujar nada.
 

FIM

 


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