COMUNISTAS DE CONSELHOS

"A aparição dos Conselhos foi a mais alta realidade do movimento proletário no primeiro quarto do século, realidade que passou despercebida ou disfarçada porque ela desaparecia com o resto do movimento que o conjunto da experiência histórica de então desmentia e eliminava. No novo momento da crítica proletária, este resultado regressa como o único ponto invicto do movimento vencido. A consciência histórica, que sabe ter em si o seu único lugar de existência, pode agora reconhecê-lo, não já na periferia do que reflui, mas no centro do que sobe"

Guy Debord (A Sociedade do Espectáculo 1967)

Prólogo para a terceira edição francesa de A sociedade do espectáculo (1992)

Esta superação (da mercadoria enquanto gigantesco desvio da produção do homem por ele próprio) implica naturalmente a supressão do trabalho e a sua substituição, por um novo tipo de actividade livre; o que significa a abolição de uma das separações fundamentais da sociedade moderna: a separação entre um trabalho cada vez mais reificado e ócios passivamente consumidos...

Da miséria do meio estudantil (I. S. 1966)

Comentários sobre a Sociedade do Espectáculo

"Com a destruição da história é o próprio acontecimento contemporâneo que se afasta imediatamente a uma distancia fabulosa, entre os seus relatos inverificáveis, as suas estatísticas incontroláveis, as suas explicações inacreditáveis e os seus raciocínios insustentáveis. A todas as idiotices que são avançadas espectacularmente, não há senão os mediáticos que poderiam responder através de algumas respeituosas rectificações ou repreensões, mas mesmo nisso são parcos, porque para além da sua extrema ignorância, a sua solidariedade de ofício e de coração, com a autoridade generalizada do espectáculo, e com a sociedade que ele exprime, gera-lhes um dever e também um prazer de jamais se desviarem desta autoridade, cuja majestade não deve ser lesada. É preciso não esquecer que todo o mediático, por salário e por outras recompensas ou gorjetas, tem sempre um senhor, às vezes vários, e que todo o mediático se sabe substituível."

Comentários sobre a Sociedade do Espectáculo (Debord) - 1988

Prefácio à quarta edição italiana de "A Sociedade do Espectáculo"(1979)

Os espectadores não encontram o que desejam; eles desejam o que encontram...Há quem compreenda e quem não compreenda, que a luta de classes em Potugal foi em primeiro lugar e principalmente dominada pelo confronto entre os operários revolucionários, organizados em assembleias autónomas, e a burocracia estalinista, guarnecida com generais derrotados. Os que compreendem isto são os mesmos que podem compreender o meu filme; e eu não faço filme para os que não compreendem, ou dissimulam, isto.

Refutação de todas as críticas... (Guy Debord 1975)

TESES SOBRE A INTERNACIONAL SITUACIONISTA E O SEU TEMPO

De modo que, se a teoria da I.S., doravante, for ainda incompreendida ou abusivamente traduzida, como por vezes aconteceu às de Marx ou Hegel, ela há-de saber ressurgir em toda a sua autenticidade, sempre que historicamente soe a sua hora, a começar por hoje mesmo. Saímos da época em que podíamos irremediavelmente ser falsificados ou apagados, porque a nossa teoria beneficia doravante, para bem e para mal, da colaboração das massas.

Teses sobre a Internacional Situacionista e o seu tempo (Guy Debord 1972)

PANEGÍRICO (Guy Debord 1989)

Henri Lefebvre - entrevista - (1983)

A Guerra e a Revolução

"É algures que não nos campos de batalha da guerra capitalista que se trava a luta pela nova ordem da sociedade. A acção decisiva dos trabalhadores começa onde acaba a guerra capitalista."

Karl Korsch - A Guerra e a Revolução (1941)

"Como acontecera já durante a Primeira Guerra mundial, os alemães viram-se acusados durante a segunda e até hoje de não serem democratas. Não apenas os alemães de Hitler, mas todos os alemães; não apenas de hoje, mas de todos os tempos; não só no aspecto exterior, mas na sua natureza íntima. Diz-se que só uma reeducação longa e severa, recorrendo aos mais rigorosos métodos de coerção, conseguirá talvez a prazo mudar de alto a baixo esta natureza a-democrática do povo alemão; apenas por este meio poderão os alemães elevar-se ao nível histórico das nações ocidentais, com isso ficando estas últimas ao abrigo de qualquer nova iniciativa destes bárbaros atrasados contra a civilização democrática."

Karl Korsch - Marx e a Revolução Europeia de 1848 (1948)

Índice de Textos

KARL MARX, O CAPITAL, LIVRO I

KARL MARX, O CAPITAL, CAPITULO I - A MERCADORIA

"Sejamos preguiçosos em tudo, excepto em amar e em beber, excepto em sermos preguiçosos." LESSING

O Direito à Preguiça (Paul Lafargue)

Índice de Textos

SOBRE SUJEITO E OBJETO

Se a estrutura dominante da sociedade reside na forma da troca, então a racionalidade desta constitui os homens; o que estes são para si mesmos, o que pretendem ser, é secundário. Eles são deformados de antemão por aquele mecanismo que é transfigurado filosoficamente em transcendental.

Sobre Sujeito e Objecto - (Theodor W. Adorno: 1969)

NOTAS MARGINAIS SOBRE TEORIA E PRAXIS

A práxis nasceu do trabalho. Alcançou seu conceito quando, o trabalho não mais se reduziu a reproduzir diretamente a vida, mas sim pretendeu produzir as condições desta: isto colidiu com as condições então existentes. O fato de se originar do trabalho pesa muito sobre toda práxis.

Notas Marginais sobre Teoria e Praxis - (Theodor W. Adorno: 1969)

Os sintomas de colapso da formação cultural que se fazem observar por toda parte, mesmo no estrato das pessoas cultas, não se esgotam com as insuficiências do sistema e dos métodos da educação, sob a crítica de sucessivas gerações...

Teoria da Semicultura (Theodor W. Adorno)

Walter Benjamin - Teses sobre o conceito da história - (1940)

CRÍTICA DO CAPITALISMO PARA O SÉCULO XXI

Com Marx para além de Marx: o Projecto Teórico do Grupo "EXIT!"

Desde o fim dos anos 80, assistimos em todo o mundo à agonia de marxismo, socialismo, movimento operário, movimentos de libertação nacional, e não só. Também o clássico Estado de Bem-Estar Social burguês está em dissolução, o paradigma keynesiano não passa agora duma nostalgia e os regimes do "desenvolvimento" no Terceiro Mundo desmoronam-se, até mesmo nas suas variantes pró-ocidentais. A antiga oposição entre reforma e revolução na esquerda torna-se supérflua, uma vez que não existe um horizonte comum entre desenvolvimento e movimento social. Em toda parte as instituições que restam da antiga luta de interesses sociais içam a bandeira branca da rendição. O conceito de "reforma social" transformou-se no seu exacto oposto e foi semanticamente ocupado pela contra-reforma neoliberal, que aos poucos vai liquidando todas as conquistas sociais, sistemas de segurança social e serviços públicos. O paradigma neoliberal já não é uma posição diferente, mas um consenso suprapartidário, que atinge grande parte da esquerda. E a resistência torna-se cada vez mais fraca, até mesmo grandes greves e incendiários movimentos de massas terminam sistematicamente em derrota e resignação.

Aparentemente o capitalismo venceu em toda a linha. E isso não só como poder exterior repressivo, mas até no interior dos próprios sujeitos. A aparente "lei natural" do mercado e a universalidade negativa da concorrência são vividas como condições inultrapassáveis da existência humana, apesar dos seus efeitos devastadores, humilhantes e insuportáveis. Quanto mais claro fica que essa ordem social planetária resulta em autodestruição social e ecológica, mais obstinadamente os indivíduos se agarram às categorias e critérios dessa forma negativa de socialização que interiorizaram. Na mesma medida em que a racionalidade burguesa se dissolve na barbárie prevenida por Marx, o pensamento social recusa qualquer reflexão crítica, e invoca uma "civilização" capitalista, que só existiu como progresso positivo na apologética ideológica. O poder militar da polícia mundial capitalista não soluciona problema nenhum e apenas potencializa o caos destrutivo e a falta de perspectivas. O capitalismo só venceu na forma da sua própria crise, que no entanto se tornou a crise dos mesmos famosos "sujeitos actuantes", e por isso já não parece abrir nenhuma via de emancipação social. A nova qualidade da crise paralisa a crítica, em vez de a mobilizar...

CRÍTICA DO CAPITALISMO PARA O SÉCULO XXI - (Janeiro de 2006)

A Substância do Capital

O trabalho abstracto como metafísica real social e o limite interno absoluto da valorização.

Primeira parte: A qualidade histórico-social negativa da abstracção "trabalho".

O Absoluto [Absolutheit] e a relatividade na História. Para a crítica da redução fenomenológica da teoria social - O conceito filosófico de substância e a metafísica real capitalista - O conceito negativo de substância do trabalho abstracto na crítica da economia política de Marx - O conceito positivo do trabalho abstracto na ontologia do trabalho marxista - Para a crítica do conceito de trabalho em Moishe Postone - O trabalho abstracto e o valor como apriori social - O que é abstracto e real no trabalho abstracto? - O tempo histórico concreto do capitalismo

A Substância do Capital - (Robert Kurz; EXIT! nº1 Agosto 2004) Deutsch

TABULA RASA

Até onde é desejável, obrigatório ou lícito que vá a crítica ao Iluminismo?

A crítica da dissociação, a crítica do sujeito e a crítica do Iluminismo constituem uma unidade indivisível, não sendo qualquer destes momentos possível sem qualquer dos outros. É de um modo correspondente, que prescinda de simplificações abusivas, que a crítica tem de proceder se quiser concluir o novo paradigma crítico do valor e da dissociação – o que não equivale à conclusão da elaboração teórica em termos gerais, mas unicamente à conclusão preliminar da "destruição criadora" do velho paradigma. Podem e devem existir, sem dúvida, diversas posições, acentuações e aspectos no contexto da teoria crítica do valor e da dissociação; mas não podem existir lado a lado, em uma aleatoriedade quase que pós-moderna, sendo irremediavelmente opostas umas às outras, tendo antes de ser mutuamente compatíveis a um nível fundamental, o que também significa terem de comportar um carácter vinculativo comum.

Uma coexistência pacífica com o modus dissociativo "masculino" da elaboração teórica está excluída. Assim sendo, para a forma do sujeito moderna, capitalista e "ocidental", que de qualquer modo já apenas existe nas respectivas formas de decadência, não deve crescer nada que a salve se for para a emancipação da relação de coacção destruidora do mundo, que é a socialização do valor, constituir uma opção séria. Provavelmente isto até nem suscita controvérsia; mas nesse caso a crítica do sujeito não deveria ser apenas mantida coerente, mas também deveria ser cautelosamente delimitada em termos conceptuais, face a outras questões que dizem respeito a conquistas culturais da Humanidade de um modo geral. Há que fazer tábua rasa com a forma do sujeito capitalista e ocidental e com a vinculação a uma forma de fetiche em termos gerais, mas, lá por isso, não com tudo e qualquer coisa que a Humanidade tenha produzido até à data apesar da sua vinculação fetichista e através da mesma.

Tabula Rasa - (Robert Kurz; Krisis 27 - Novembro 2003)

ONTOLOGIA NEGATIVA

As eminências pardas do Iluminismo e a metafísica histórica da Modernidade

Talvez se pudesse objectar que uma condenação sumária dos pensadores do Iluminismo sujeitaria esses senhores a um tratamento que obedeceria a uma lógica identitária injustificada, como se eles se resumissem totalmente ao seu crime intelectual negativo. Até certo ponto teremos mesmo de comportar-nos em relação a eles dum modo assim tão supostamente "injusto" para finalmente nos livrarmos desta pesada hipoteca ideal. Tal como os democratas musculados, como se sabe, espalham a palavra de ordem "Nenhuma liberdade para os inimigos da liberdade" (referindo-se com isso, sem qualquer dúvida, mais à crítica emancipatória do que aos próprios familiares racistas), a crítica do valor e da dissociação poderia proceder segundo o mote: "Nenhuma isenção do processo da lógica identitária para os ideólogos da lógica identitária" porque, de outro modo, nunca mais nos vemos livres deles.

Ontologia Negativa - (R. Kurz; Krisis 26 - Janeiro de 2003)

Razão Sangrenta

20 Teses contra o assim chamado Iluminismo e os "valores ocidentais"

Razão Sangrenta - (Robert Kurz; Junho de 2002)

Guy Debord antecipou em vários aspectos uma crítica categorial do sistema produtor de mercadorias, como ela hoje, com outros acentos mais teórico-críticos, está sendo sistematicamente desenvolvida por uma escola, ainda em formação, de crítica radical do valor e contra o Espírito do Tempo.

A sociedade do espectáculo trinta anos depois - (R. Kurz; 1999)

As leituras de Marx no Século XXI

As leituras de Marx no Século XXI - (R. Kurz; 2001)

MANIFESTO CONTRA O TRABALHO

"A crítica do trabalho é uma declaração de guerra contra a ordem dominante, sem a coexistência pacífica de nichos com as suas respectivas coerções. O lema da emancipação social só pode ser: tomemos o que necessitamos !

Manifesto Contra o Trabalho (Grupo Krisis 1999)

"Quem é dado por morto, vive mais". Karl Marx já foi dado por morto mais de uma vez e sempre escapou por um fio da morte histórica e teórica.

Marx depois do marxismo (R. Kurz: Setembro 2000)

Há 150 anos, em fevereiro de 1848, Marx e Engels publicavam a obra que revolucionou a história política moderna.

O Manifesto Invisível (R. Kurz: 1998)

O valor é o homem. Teses sobre a socialização pelo valor e a relação entre sexos

O valor é o homem - (Roswitha Scholz: 1992)

Os Autores e alguns dos seus trabalhos!

Índice de Textos

Textos em destaque

CRÍTICA DO CAPITALISMO PARA O SÉCULO XXI - (Janeiro de 2006)

Razão Sangrenta - (Robert Kurz; Junho de 2002)

A Substância do Capital - Robert Kurz

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A Dialéctica do Esclarecimento e outros textos de Theodor W. Adorno

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