4. SDH

O padrão SDH possui como principais características:

O SDH possui capacidade de transmitir:

Foi definida uma hierarquia de taxas padronizadas para o SDH:

Denominação:

SONET SDH Taxa (Mbps) STS-1/OC-1 - 51,84 STS-3/OC-3 STM-1 155,52 STS-4/OC-4 STM-3 466,56 STS-12/OC-12 STM-4 622,08 STS-18/OC-18 STM-6 933,12 STS-24/OC-24 STM-8 1244,16 STS-36/OC-36 STM-12 1866,24 STS-48/OC-48 STM-16 2488,32

STS = Synchronous Transport Signal Level OC = Optical Carrier Level STM = Synchronous Transfer Mode Level

Tabela 4.1: Denominação dos Quadros SDH

4.1.Estrutura de um quadro SDH

O quadro básico SDH é o quadro STM-1 (tabela anterior). Ele possui 2430 bytes transmitidos a cada 125 us, resultando em uma taxa de 155,52 Mbps (2430 bytes/quadro x 8 bits/quadro x 8000 quadros/seg. = 155,52 Mbps). Logicamente, o quadro pode ser considerado uma matriz de 9 filas de 270 bytes cada, sendo que cada fila é transmitida por vez. Como já vimos anteriormente, em um sistema telefônico convencional, para se incluir ou retirar um tributário, há todo um processo de demultiplexação. Para facilitar isso, o SDH faz uso de apontadores para acessar, remover e inserir informações em um canal. Esses ponteiros estão contidos no cabeçalho do quadro (porém não fazem parte deste) e possuem referências à estrutura de multiplexação dos canais neste quadro. Na figura 4.2 podemos ver a estrutura de um quadro STM-1. O Virtual Container (VC) é utilizado para o transporte dos tributários. Ele é transmitido fim-a-fim na rede, sendo montado e desmontado apenas uma vez. O Virtual Container é formado pelo Container (C-4) e pelo Path Overhead. O Container (C-4) possui uma capacidade de 149,76 Mbps (para o caso do transporte de um tributário de 140 Mbps) e pode conter também Path Overhead 's de mais baixa ordem (caso transmita outros tipos de tributários diferentes). O Path Overhead (de alta ordem) provê serviços de monitoração de alarme e monitoração de performance. O Section Overhead é um cabeçalho que provê facilidades para suportar e manter o transporte de um VC na rede, sendo que pode sofrer alterações ao longo do percurso.

Figura 4.2: Estrutura de um quadro STM-1

Os mapeamentos SDH são baseados em ponteiros. Um ponteiro com informações sobre a diferença de fase entre um VC e o STM-1 ou entre o início de um VC e o VC de ordem superior é incluído em cada VC. O ajuste também é realizado por meio de ponteiros.

4.2.Arquitetura SDH

A arquitetura SDH é composta de uma hierarquia de quatro níveis:

1)-Camada Fotônica: nível físico, inclui especificações sobre o tipo da fibra óptica utilizada, detalhes sobre a potência mínima necessária, características de dispersão dos lasers transmissores e a sensibilidade necessária dos receptores. É responsável, ainda, pela conversão eletro-óptica dos sinais

2)-Camada de Seção: responsável pela criação dos quadros SDH, embaralhamento e controle de erro. É processada por todos equipamentos, inclusive os regeneradores.

Figura 4.3: Rede SDH

3)-Camada de Linha: cuida da sincronização, multiplexação dos quadros e comutação. É responsável, ainda, pela delimitação de estruturas internas ao envelope de carga. Seu processamento ocorre em todos os equipamentos, exceto os regeneradores.

4)-Camada de Caminho: responsável pelo transporte de dados fim-a-fim e da sinalização apropriada. Processada apenas nos terminais.

A figura mostra as camadas fisicamente. Uma sessão representa, como no SNA, um link estabelecido entre dois receptores/transmissores (porém aqui esses links são ópticos). Para distâncias pequenas, a fibra pode ser ligada diretamente entre usuários, mas se a distância for maior, há a necessidade da utilização de regeneradores. Uma linha é composta de uma ou mais sessões (de modo que a estrutura do canal permanece a mesma), e o path (caminho) é o circuito completo, fim-a-fim.

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