Echo & The Bunnymen



Echo & The Bunnymen foi fundado em 1978, e, na falta de um baterista, os "coelhomens" usaram uma bateria eletrônica, a tal Echo. Aos 18 anos, fã de David Bowie, Ian McCulloch se entendeu com o guitarrista Will Sergeant, louco por bandas psicodélicas de garagem dos EUA. A lenda cresceu a partir de um clube, o Eric's, uma espécie de Cavern Club do fim dos anos 70. Em 1980, já com um baterista de verdade, Pete de Freitas, o grupo lançava seu primeiro álbum, Crocodiles. Gritando influências de Doors e Velvet Underground, a estréia era mais que promissora: alternava rocks de ótima cepa e prazeres mais sutis, na linha sombria de "Pictures On My Wall". O segundo álbum, Heaven Up Here, veio em 1981, mais tenso e nervoso. E a música "The Promisse" apontava o melhor caminho do Echo: os arabescos hipnóticos da guitarra empapuçada de pedal flanger de Will. A obra prima veio em 1983. Em Porcupine, o Echo inicia sua busca de um som grandioso. Celos, trompetes sintetizados e os sensacionais violinos de L. Shankar (nenhum parentesco com Ravi) dão o toque de genialidade na faixa título e em outras mais. No ano seguinte veio o Ocean Rain, anunciado como "O maior álbum já gravado", uma espécie de atualização subversiva do que Phil Spector e Jack Nietzsche fizeram nos anos 60. Belíssimos arranjos de cordam, a obra prima "Killing Moon",Crystal Days"e a genial faixa título fazem do disco um clássico, para alguns, o melhor do Echo. A partir daí o castelo ruiu. Pete de Freitas pirou em 1985. Tomou uma overdose, depois largou a banda para sair viajando, sempre destruindo carros e motos, assistido por amigos parasitas que filavam suas drogas. O baterista ligou uma vez para Les Pattinson às 5 da manhã:"Eu quero que seu pai me faça um telefone para falar com aliens". Peter formou o grupo Sex Gods, que obviamente não deu certo. Em 1986, Pete foi substituido nas baquetas por Blair. Cunninghan (do Hiarcut 100) voltou para fazer o 5º álbum, Echo & The Bunnymen, lançado no ano seguinte, pouco depois da gloriosa passagem do Echo pelo Brasil. Cheio de teclados e composições preguiçosas, o quinto disco poderia ser resumido num compacto com "The Game" e "Lips Like Sugar". O último show antes da separação, em abril de 1988, foi um barraco só. O pai de Ian tinha sofrido um ataque cardíaco violento e não quiseram avisar o cantor para não prejudicar sua performance. No dia seguinte, com a morte do pai, ele não quis mais saber do grupo, nem dos colegas. Pete de Freitas morreu em 1989 num acidente de moto, a tempo de não participar do Reverberation, o Echo sem Mac, com um irlandês chamado Noel Burke nos vocais. No funeral de Pete, os Bunnymen não estavam se falando, mas se desmancharam todos em lágrimas. "Foi uma cacofonia só; deve ter sido nosso melhor show", avalia McCulloch. Em 1998 na volta triunfal da banda, substituindo Pete de Freitas na bateria, está Michael Lee roubado da banda Plant & Page. O resultado desta volta é um grande álbum, Evergreen.


DISCOGRAFIA

Crocodiles

Echo & Bunnymen

Heaven Up There

Porcupine

Ocean Rain

Songs To Learn & Sing

Ballyhoo - The Best of Echo & The Bunnymen

Evergreen