A coisa pegou todos muito de surpresa. Afinal, quem poderia prever uma
volta tão imensa do punk rock em pleno 94? A nova fase começou sem
chamar muito a atenção, na região da baía de São Francisco.
Muita gente afirma que o movimento nunca morreu na Califórnia. De fato,
ali sempre esteve o principal celeiro de bandas de hardcore americanas -
descontando-se o boom passageiro de Seattle.
A nova cena - mais retrô - é liderada por Offspring e Greeenday. As bandas
dividem as atenções graças a suas diferentes posturas. Para começar, o
Offspring continua dentro do esquema indenpendente. Principal nome do
cast Epitaph, a banda já entrou para o mercado indie. Seus quatro álbums
somam 5 milhões de cópias vendidas.
Já o Greenday faz uso do grande mercado com destreza. A grande vitrine
do grupo foi o Woodstock'94, onde apagou o brilho de supergrupos como
Aerosmith e Metallica. A gravadora da banda é a Warner, que colhe lucros
de mais de 6 milhões de cópias de Dookie, o terceiro e primeiro pela
gravadora. Ao cair no gosto do público e da crítica, o Greenday foi
acusado de "vendido" e outras coisas pelos seus ex-colegas de São
Francisco, inclusive por Dexter Holland, vocalista do Offspring.
"É uma vergonha. O Greenday deixou o selo Lookout porque achava que este
prejudicava o seu crescimento. Hoje o selo vende milhões de cópias dos
dois primeiros discos", ironiza Holland.
Mas tudo bem, quem se lembra do passado sabe que o Greenday veio para ficar, assim como
o Offspring, Bad Religion, NOFX, Rancid, S*M*A*S*H e tantos outros. O mundo do rock sabia que
tudo que precisávamos era de mais um choque desse tipo. Às vezes, essa terapia funciona.
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