Low Dream

 

        Desde Dreamland até Reaching For Ballons um bom tempo se passou. Até hoje eu me lembro de quando eu escutei Treasure, aquela pérola do início dos anos 90 era um verdadeiro aviso do que ainda estava por vir.
        Eles são de Brasília, no começo foram até incorporados naquela onda que dizia que a capital do Brasil era a terra das melhores bandas do país. O impossível era compatibilizar o Low Dream com as outras manifestações da cidade como os Raimundos e o Little Quail, ao contrário deste dois o Low Dream cantava em inglês, estava mais próximo da sonoridade das bandas inglesas do que de qualquer coisa.
        Mas naquela explosão do novo rock brasileiro o Low Dream lançou Between My Dreams And The Real Things pelo selo Rock It, ainda gravado como trio(Guilliano Fernandez, Giovanni Fernandez e Samuel Lobo) a banda conseguiu mostrar a todos o seu trabalho altamente inspirado.
        Depois deste lançamento a banda realizou uma tour para promover o disco, que a esta altura do campeonato já havia recebido várias críticas positivas por parte da mídia, e ainda teve tempo de fazer dois clips que freqüentaram a Mtv com certa regularidade.
        O próximo disco já estava na mente da banda, contudo problemas com a gravadora levaram o Low Dream a criar a Uptight Records com a finalidade de lançar o próximo disco. A banda tinha mudado um pouco, para completar o time, Luiz Eduardo cuidaria da segunda guitarra.
        Em 96 a banda lança Reaching For Ballons, um disco altamente consistente, onde guitarras travam grandes diálogos com teclados perfeitamente localizados e vocais conduzem os versos para grandes refrões. Com uma sonoridade mais Lo-Fi Reaching For Ballons é novamente bem recebido pela crítica. Novamente uma tour segue o disco, levando a banda para memoráveis apresentações no Brasil inteiro.
        O último suspiro da banda teve como codinome Magnética, um projeto paralelo a Low Dream(todos os componentes da banda, mais o tecladista Zé Pedro) que possuía sonoridade a lá anos 80 e letras em português. Tal projeto não teve tempo nem de receber as críticas do público(os poucos que escutaram não fizeram bons comentários), pois a implosão tanto da Low Dream quanto do Magnética era apenas questão de tempo. Giulliano estava mais envolvido com a moda e a dita eletrônica, e o resto do pessoal parecia estar pouco a vontade com os rumos da banda.
        Pena, a banda deixou dois discos ótimos e com certeza fará falta no cenário independente brasileiro. Existem rumores que a banda realizará um último show em São Paulo, mas nada de certo.
 
 

Colaborou no texto Thays(a maior fã de Low Dream que eu conheço)
 

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