Você pode
até não gostar dos Pin Ups, mas com certeza você tem
noção de que a banda é uma das mais importantes do
tal cenário indie/alternativo/escambau brasileiro.
A banda debutou
em vinil com o já clássico Time Will Burn, uma verdadeira
revolução se você parar para pensar que antes deste
disco não existia nada do tipo sendo feito no Brasil. Lançado
pelo selo Stilleto no começo dos anos 90, Time Will Burn
é uma verdadeira coleção de guitarras iradas, vocais
sussurados e ritmos chapados executados por três rapazes com aparência
de inofensivos: Luis Gustavo, Marco e Zé Antônio.
O disco foi bem
recebido e logo houve um acréscimo ao power trio: a baxista Alê.
A banda estava numa boa até que a revista Bizz resolveu entrevistar
a "tal banda nova", publicando uma reportagem maldosa que acabou por ferrar
com a imagem da banda ao estampar frases como "Nós somos a melhor
banda do Brasil!", após este fato a banda passa a ser tida como
arrogante, o que é uma grande besteira.
Após a ida
para o buraco do selo Stilleto, os Pin Ups assinam com a Zoyd, por este
selo eles gravam o clássico Gash - a mellow project by Pin Ups.
Com uma sonoridade acústica, muito diferente do disco de estréia,
os Pin Ups conseguem novamente o reconhecimento por parte dos fãs
e da parte da crítica que coloca o disco nas alturas dos melhores
de 93, a mesma Bizz coloca Zé Antônio entre os melhores guitarristas
do Brasil.
Em 93 novamente
uma troca de casa, desta vez o quarteto vai para a Devil Discos que edita
Scrabby?. Voltando às raizes do barulho, Scrabby?
é resultado da colaboração da banda com os produtores
R.H. Jackson e João Gordo que conseguem fazer outro disco perfeito.
O disco vende bem para os padrões de uma banda independente brasileira,
e os shows acabam por amplificar ainda mais a fama da banda.
Jodie Foster
quarto disco da banda, é o primeiro aceno para as mudanças
nos próximos anos. Este disco, novamente produzido por R.H e primeiro
a ser lançado em CD, é a despedida de Luis Gustavo dos Pin
Ups. Alê passa a comandar o baixo e os vocais.
Os próximos
dois anos são marcados por muitas apresentações, algumas
mudanças de formação(Marquinhos também resolve
sair) e algumas demos que a banda grava para não deixar a peteca
cair. No meio de todas estas alterações a banda lança
em 97 o um 7" chamado Single, lançado pelo selo Fishy Records.
Com a formação
estabilizada(Alê, Zé, Flávio e Eliana), a banda lança
em 98 Lee Marvin pela Spicy Records. Toda a crítica cai de
quatro para o disco, mas incrivelmente as rádios ignoram o lançamento
que fica relegado aos velhos fãs dos Pin Ups, que afinal de contas,
é o que vale.