Title: 24 Horas - Tarde
Author: Claudia Modell
Idiom: Portuguese
E-mail: cmodell@hotmail.com
Homepage: http://www.geocities.com/TelevisionCity/1828
Rating: PG
Classification: XF
Keywords: Mulder/Scully friendship
Archive: Anywhere, but Gossamer (I will do it)
Sumary: Opening of a fanfic serial. The story is told for four
characters. The story is in Portuguese.


Tarde

Alexander Dunsmuir era um cientista um bom cientista. Nao podia dizer
que era o mais brilhante mas ainda assim ele sabia que era bom no que
fazia.
A ultima prova disso tinha vindo do proprio governo. Afinal que
governo
se daria ao trabalho de roubar descaradamente uma invencao?
Ele nao ia se deixar intimidar pelo governo. Ele tinha direitos e ia
atras de seus direitos, nao importando o que ele teria que fazer.
No inicio sua luta tinha sido travada atraves de cartas e telefonemas.
Sua indignacao, no entanto, ja era objeto de brincadeiras no Setor de
Estudos de Armas Nucleares. O orgao ligado a NASA, por algum motivo
que ele nao ousava sequer imaginar, tinha dado grande apoio as
pesquisas
feitas por ele. Mas agora, apos a conclusao dos trabalhos, ele se viu
impedido de entrar no predio da NASA.
Apos algum tempo de investigacoes ele descobriu que seu projeto, ou
melhor, o prototipo de seu projeto se encontrava no predio do FBI.
Ele sabia onde estava, mas como chegar ate la?
E o mais importante, para fazer o prototipo funcionar ele teria nao
somente que ir para o predio do FBI como tambem teria que fazer a
ponte
em algum laboratorio, com uma distancia de pelo menos mil kilometros.
Ele encontrou um bom local. Um laboratorio de pesquisas sobre
epidemicas
que ficava na California. O laboratorio estava abandonado ha um ano,
quando houve um acidente com um dos frascos contendo uma bacteria.
Era o lugar perfeito.
Dunsmuir passou bastante tempo, no entanto, estudando o modo como
entrar
no predio do FBI. Ele preparou documentos falsos e uma historia
plausivel. Mas nao era somente o acesso que ele precisava. Ele
precisava levar alguem com ele para que a acao do projeto atingisse
um ponto, que nao podia ser ele. A questao era, ele nao podia levar
alguem ate o predio do FBI e depois trazer essa pessoa
ate o laboratorio na California. Isso seria complicado. O ideal era
usar
alguem que ja estivesse na area do prototipo e em seguida leva-lo
para o laboratorio.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Dunsmuir chegou no predio do FBI cedo. Sabia que tinha que tentar
entrar na sala do prototipo antes do encontro com o Diretor
Assistente.
Ele seguiu para o segundo andar mas deu de cara com um garoto com cara
de bobo, que parecia que tinha fugido de algum bercario.
-Desculpe senhor.
-Ok, meu rapaz.
Dunsmuir queria se livrar do garoto e rapido assim podia seguir para
a sala. Mas o rapaz olhava fixamente para ele e nao parecia
interessado
a deixar escapar uma conversa.
- O senhor e agente?
- Sim, sou. Mas nao trabalho aqui, sou da California.
- Muito prazer, meu sonho e ser agente do FBI, sabia?
 Pensou Dunsmuir olhando para a porta
logo a sua frente.
Dunsmuir resolveu nao esperar e seguiu em direcao a porta, ignorando
o garoto a sua frente. Mas a porta estava trancada. Ele devia ter
pensado nisso.
- O senhor nao tem acesso a essa sala?
- Eu tinha mas me barraram sem motivos.
Era a unica desculpa que ele podia dar.
- Voce poderia me fazer entrar nessa sala, rapaz?
- Sinto muito, nao tenho acesso a certas areas.
- Ok, obrigado.
Ele precisava ter acesso aquela sala. Mas nao com aquele chato por
perto.
Decidiu subir as escadas de incendio e voltar em minutos.
Quando voltou o chato ja tinha ido embora. Agora ele tinha livre
acesso
a sala. O fato de estar trancada nao significava muito. Ele
conseguiria
abrir a porta com facilidade. Como de fato o fez.
Em seguida se viu de frente a seu prototipo. Nunca tinha imaginado
que seu projeto seria desenvolvido, e muito menos construido. E agora
ali estava o seu projeto, materializado. Perfeito. Ele deixou de lado
esses pensamentos narcisistas e colocou seu plano em pratica. O portal
ia ser aberto. A ponte ia ser criada. Ele ligou o aparelho. Esperou
ouvir algum barulho, mas o prototipo foi feito de maneira a nao gerar
grandes barulhos.
Assim que a maquina comecou a funcionar ele sentiu uma eletricidade
que se espalhava pela sala. 24 horas. Era o tempo que ele tinha. Ainda
nao eram 9 horas da manha. Ele tinha muito tempo. Mas sabia que depois
de 24 horas nada iria funcionar.
Saiu da sala e seguiu em direcao a sala do Diretor Assistente Skinner.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
-Agente Dunsmuir, bom dia.
Skinner era um homem cordial mas nao parecia o tipo que gostava de
conversas. Dunsmuir, naquele momento, tambem nao queria muita
conversa.
Ele queria somente terminar logo aquilo. Voltar ao laboratorio na
California, de preferencia levando alguem que tenha estado no predio
enquanto a maquina estava ligada.
-Bom dia. O senhor ja esta a par do caso que eu estou investigando,
certo?
-Sim, Agente Dunsmuir. A minha assistente me entregou o arquivo hoje
de manha.
-O senhor acha que pode encontrar alguem que possa me ajudar?
-Sim, na verdade, em face dos aspectos do caso, eu acho que a secao
X-files poderia cuidar disso.
-Ah, eu ja havia ouvido falar sobre isso. Nao sabia que de fato
existia.
-Ja comuniquei a minha assistente que o senhor chegou. Acredito que
dentro em breve os agentes estarao aqui.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Dentro em breve. A teoria da relatividade se tornava facilmente
explicavel.
Parecia que Dunsmuir estava ha horas la dentro. Skinner insistia em
perguntar detalhes dos casos em que vinha trabalhando, e Dunsmuir
tinha que inventar tudo e o que e pior, correndo um risco tremendo de
ser desmascarado. Mas tudo estava correndo bem, por enquanto.
Entao a assistente finalmente avisou que os agentes haviam chegado.
-Agentes Mulder e Scully, esse e o Agente Dunsmuir. Ele gostaria que
voces
participassem de uma investigacao já em curso.
Os dois eram mais jovens do que ele imaginava. De onde ele tinha
tirado
a ideia de que agentes do FBI sao velhos ele nao sabia.
-O senhor não trabalha em Washington, Agente Dunsmuir?
-Não, na verdade trabalho nos nossos escritorios na California.
Trabalho na
secao de sequestros.
-California! Tai um lugar onde eu adoraria trabalhar.
Dunsmuir podia concordar plenamente com Mulder. A California era o
unico lugar onde ele gostaria de estar agora.
Mas aparentemente isso nao era o que pensava a colega dele.
-O que foi?
Mulder perguntou visilvelmente irritado. Ela virou o rosto.
Sera que esses dois nao vao resolver brigar e desistem de viajar?
Nao podia pensar nisso. O tempo estava contra ele.
Skinner interrompeu a situacao.
-O Agente Dunsmuir vai apresentar os arquivos em que ele esta
trabalhando,
assim voces poderao comecar a trabalhar imediatamente.
-Sim senhor.
-Estao dispensados.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Dunsmuir seguiu a Agente Scully, carregando consigo os arquivos a que
Skinner tinha se
referido.
Scully e Dunsmuir entraram no elevador, mas Mulder tinha ficado para
tras.
Isso parecia ser otimo, ja que ela estava bastante irritada com ele.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
-Agente Dunsmuir pode me mostrar os arquivos?
Ela perguntou apos entrarem no escritorio.
-Nao deseja esperar seu parceiro?
-Gostaria, mas ele esta demorando muito.
-Ok, eu e alguns colegas estavamos investigando o sequestro do filho
de um
politico de Sacramento. Durante as investigacoes surgiram alguns fatos
que
pode ser descritos, no minimo, como estranhos.
-Que tipo de fatos?
-Bom, o rapaz sequestrado estava com amigos em um bar quando
simplesmente desapareceu.
Os amigos o procuraram no banheiro, na parte dos fundos do bar, foram
a casa dele na
esperanca que ele tivesse simplesmente voltado para la.
Apos horas eles resolveram chamar a policia. Como o rapaz e filho de
um politico
de grande influencia, o FBI foi chamado e nos comecamos as
investigacoes, sempre com
a possibilidade de sequestro.
-E voces continuam achando que ele foi sequestrado? Houve pedido de
resgate?
-Nao, nao houve pedido de resgate ate o momento, e nao acreditamos que
va haver. Na nossa
opiniao o rapaz esta morto.
-Agente Dunsmuir, quais seriam os fatos estranhos que o trouxeram ate
aqui?
-Na semana passada um corpo foi encontrado. Ele correspondia
perfeitamente a descricao feita
pelos parentes do rapaz. Na verdade o corpo foi reconhecido sem sombra
de duvidas. O DNA foi
examinado, as impressoes digitais recolhidas, enfim todos os
requisitos para a identificacao
foram preenchidos.
-Mas...???
-Sim, tem um mas. O rapaz foi enterrado quando a familia recebeu um
pedido de resgate.
-Nao acredito que os sequestradores puderam ser tao estupidos assim!
-Mas nao para por ai. Eles mandaram provas de que o rapaz estava vivo.
Provas "praticamente"
irrefutaveis. Uma fita de video onde o rapaz aparece segurando um
jornal do dia anterior e
fios de cabelos que, apos analise, demonstram pertencer de fato ao
rapaz.
-Quanto aos fios de cabelo me parece simples. Bastava que os
sequestradores tivessem guardado
um pouco antes de matar o rapaz. Ja a fita de video seria necessaria
uma analise demonstrando
que houve colagem.
-Agente Scully, nos nao duvidamos que o garoto esteja morto. No
entanto a analise dos fios de
cabelo demonstra que eles foram arrancados e nao cortados, e assim
ficou facil verificar que
isso tinha acontecido no dia anterior. E quanto ao video nos fizemos
diversas analises e nao
vemos qualquer prova de fraude.
-O rapaz nao tem outro irmao?
-Hipotese improvavel nao acha? Um irmao desconhecido que e sequestrado
juntamente com o rapaz.
Isso seria muito mais estranho que qualquer outra explicacao.
-Entao qual e a sua teoria, Agente Dunsmuir?
-Na verdade eu confiava em voces dois para achar uma explicacao para
tudo isso.
-A familia pagou o resgate?
-Isso vai ocorrer hoje a noite. Os sequestradores marcaram um ponto
para troca do refem pelo
dinheiro, as 3 da manha. Em uma estrada secundaria perto de
Sacramento.
-Bem, entao parece que meu parceiro finalmente vai para a ensolarada
California.
-As passagens ja estao prontas, nosso voo sai em duas horas. Acha que
e tempo suficiente para
voces se arrumarem?
-Sem duvida. Nao se preocupe. Vou avisar o Agente Mulder e nos
encontramos no aeroporto.
-Obrigado. Nos vemos la entao. Vai ser um prazer trabalhar com voces.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Aeroporto de Washington
1:00 pm
Dunsmuir chegou mais cedo do que o combinado no aeroporto. Estava
realmente nervoso,
e ansioso. Correu ao balcao para pegar as passagens.
Quando finalmente viu os dois chegando, pode respirar com alivio.
Ele entregou as passagens aos dois e em seguida eles foram fazer o
check in.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
A viagem teria sido mais produtiva se aqueles dois estivessem
sentados no fundo do aviao deixando Dunsmuir sozinho com seus
pensamentos.
A Agente Scully insistia em saber tudo sobre o trabalho dele no FBI.
O que exigiu dele, novamente, um exercicio de imaginacao incrivel.
Quanto ao Agente Mulder, estava claro que ele o odiava. Mas Dunsmuir
somente pensava que em brevetudo estaria acabado.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Quando finalmente eles chegaram a Sacramento, o Dunsmuir os levou
ao motel onde eles ficariam hospedados. Nao era grande coisa, mas foi
o
melhor que ele havia conseguido em pouco tempo. Alem do que as
acomodacoes
so serviriam por uma noite. Pelo menos e o que pretendia Dunsmuir. Ele
sabia que logo tudo estaria resolvido. Seu grande projeto iria
funcionar, e
ele seria reconhecido como o genio que era.
Ele deixou os dois la e foi fazer os preparativos para a noite que
estava
ainda tao longe.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
x
Ele foi para o laboratorio e passou as horas que restavam para o gran
finale
arrumando a ponte que ligava seu projeto ao laboratorio.
Tudo daria certo. O tempo estava a seu favor. As 24 horas de prazo
tinham
sido cumpridas. Ele ja podia cantar vitoria.
Entao viu que ja estava na hora. Tinha que seguir com seu plano.
Se dirigiu ao motel e bateu na porta do quarto onde estavam os
agentes.
-Agentes, os meus colegas ja estao a postos em uma van, em uma estrada
paralela a estrada do encontro. Podemos seguir para la agora.
Eles o seguiram. Foram de carro ate o local onde estaria a van.
Logicamente
nao havia nenhuma van. Repensando agora Dunsmuir se criticou por isso.
Devia ter colocado uma van ali, para dar autenticidade.
-Agente Dunsmuir, onde esta a van?
Porque ela tinha que perguntar isso? Ok, ela era uma agente do FBI,
mas
o parceiro dela estava quieto, porque ela nao ficava tambem?
Ele sentiu que ela estava desconfiada de algo.

-Eles devem estar mais adiante. Vamos seguir a pe.
-NAO!
O Agente Mulder gritou, empurrando sua parceira para o lado. Ela caiu
no chao.
Ele pegou a arma e apontou para Dunsmuir.

-Mulder! O que e que voce esta fazendo?
Ela perguntou isso incerta da sanidade do parceiro. Isso dava a
Dunsmuir uma
vantagem. Eles iam se distrair e ele podia fugir.
Mas e o projeto? Tudo por agua abaixo, por causa de uma besteira
chamada sexto
sentido. Ele nem acreditava nisso!!
-Voce nao percebe Scully? Esse desgracado tem a chave pra porta no
final do corredor. Ele
armou isso tudo. Voce nao percebe??? Nao????
Bom, na verdade ele nao tinha a chave... Mas como ele sabia sobre a
porta no final
do corredor?
-Mulder abaixa a arma, por favor.
-Scully, voce tem que me ouvir, tem que acreditar em mim.
-Eu acredito em voce, mas e melhor voce abaixar a arma e nos podemos
averiguar o que aconteceu ok?
Dunsmuir ouviu um barulho vindo do mato em frente a ele. Ele
aproveitou a discussao
para nao so fugir mas tambem para averiguar quem estaria tao perto do
laboratorio.
Ele conseguiu ir bem longe e ja nao escutava as vozes dos dois
agentes, que
provavelmente ainda estavam discutindo sobre quem deveria acreditar em
quem.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
x
Dunsmuir chegou no laboratorio em tempo de perceber que alguem havia
acabado de
entrar. Ele entrou, devagar esperando surpreender o invasor.
Quando finalmente se viu frente a frente com ele, Dunsmuir nao pode
deixar de
sorrir. E o sorriso se transformou logo em uma gargalhada. Aquele era
o dia
mais feliz da vida dele.
O estagiario pateta, que estava no predio do FBI enquanto a maquina
estava ligada,
agora estava ali, frente a frente com a segunda parte do projeto. Ele
era
a ponte que Dunsmuir precisava. Adeus agentes paranoicos, agora ele
tinha
a cobaia perfeita e provavelmente ninguem sequer iria sentir falta
daquele
garoto intrometido.
-Ola garoto. Ja nos vimos antes nao?
-Sim, e eu segui o senhor ate aqui. Eu vi em uma camera de seguranca o
senhor
saindo daquela sala. O senhor invadiu predio federal. Isso e crime.
-Eu nao invadi, meu rapaz. Eu trabalho para o governo.
-Se nao fosse invasao o senhor nao precisaria usar um arame pra
arrombar a porta.
-Ok, entao eu fiz algo terrivel certo? Voce avisou alguem que viria
aqui?
-Nao, nao avisei.
Otimo, o pobre imbecil era realmente a vitima perfeita.
-Mas eu entreguei a fita da seguranca para o Agente Mulder.
-Ele parece nao ter dado muita atencao a isso, pelo jeito, rapaz.
Dunsmuir precisava agir rapido. Mulder sabia da sala atraves da fita
de video.
E os dois agentes continuavam na vizinhanca. O tempo estava se
tornando seu
inimigo de novo.
-Escute garoto, eu sei que pode parecer estranho, mas na verdade eu
estou
trabalhando em um projeto ultra-secreto. Nem mesmo o Agente Mulder
pode ter
acesso a essa informacao. Voce nao devia ter feito o que fez. Mas eu
nao vou
denunciar voce. Na verdade eu vou mostrar a voce como funciona o
projeto.
Isso parecia ter surtido efeito no rapaz. Ele parecia curioso e
interessado.
Otimo. A cobaia e tao perfeita que quer ser cobaia.
-Sente-se aqui.
Dunsmuir levou o rapaz a se sentar atras da maquina. O local perfeito.
Quando ele
acionasse o dispositivo o rapaz estaria no meio da carga, entre a
maquina central
no predio do FBI e a maquina auxiliar.
Mas ainda nao estava na hora. A maquina auxiliar estava ligada ha nao
menos que 24 horas.
Nao era tempo suficiente para acumular a energia necessaria.
Ele precisava enrolar o garoto por algum tempo.
E la foi ele passar algumas horas contando casos do FBI em que tinha
trabalhado
nos ultimos anos. Ele ja havia contado tantos casos a tantas pessoas
que comecava
a acreditar que de fato haviam ocorrido.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxx
8:00 am.
Estava na hora. O projeto poderia ser colocado em pratica.
A cobaia estava pronta e cansada. Dunsmuir estava pronto para se
matar, caso
alguem perguntasse alguma coisa sobre o FBI.
Entao Dunsmuir seguiu para atras da maquina e acionou o dispositivo.
Em seguida correu para tras de uma porta de chumbo, que havia servido
ao laboratorio para protecao contra raios-x.
Ele viu um clarao seguido de um estrondo. Como em uma tempestade.
As paredes do laboratorio tremeram e ele receou que elas nao
aguentassem
o impacto. Mas elas continuaram de pe.
Uma nuvem de fumaca se espalhou por todo o laboratorio.
Quando finalmente a fumaca se dissipou, Dunsmuir correu para ver se o
garoto
ainda estava inteiro.
Mas ele nao estava la. Havia desaparecido completamente.
Teria fugido? Ou a experiencia tinha funcionado.
Dunsmuir nao tinha como saber. Ou melhor, a unica coisa que podia
fazer era
esperar. Esperar que algum jornal publicasse a historia de um garoto
alegando
que tinha perseguido um criminoso e conseguido fugir. Ou que algum
jornal
dissesse que o corpo desfigurado de um estagiario tinha sido
encontrado em
uma sala secreta no predio do FBI.
De qualquer maneira, ele so podia esperar. Mas se a experiencia
tivesse dado
certo, e o garoto estivesse agora inteiro naquela sala, entao ele iria
contar
isso, e Dunsmuir ia finalmente ver seu nome estampado em todos os
jornais e
revistas. Ele teria alcancado a fama que tanto desejava.

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Fim da Tarde, siga para Noite

    Source: geocities.com/televisioncity/set/4179

               ( geocities.com/televisioncity/set)                   ( geocities.com/televisioncity)