Zumbi do Mato


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O Zumbi é isso, minha gente.


Zumbi do Mato é uma banda bem legal, formada em 1990 pelo então e ainda agora vagabundo Zé Felipe "3 tons". Ele tocava baixo e manipulava Érico na bateria e Tadeu Aor nos vocais. E era só o que havia! O objetivo do grupo, cujo nome saiu de uma tentativa de filme de terror classe Z que eles nunca chegariam a completar, a principio era musicar piadas sem graça, e desejou-se deixar (deixou a desejar?) bastante claro até demais que ninguém ali sabia tocar nada. Dessa fase são os hits "Potinho de Anhanha" e "Tatuí". Após um tempo, o grupo foi acrescido de Luciano Callado, baterista do finado e lendário Turangalîla, no tecradinho casiotone mutcho do cretino. Já nessa época, por volta de 91, a banda estava se apresentando em muitos lugares nas cercanias de Jacarepaguá (todos do grupo eram de lá) e já começava a ajuntar seus fãs incondicionais (batizados de "Homens-Cocô" por mentes bondosas). Aí, o Tadeu começou a demonstrar suas tendências psicopatas e esquizofrênicas (nao é piada) e foi convidado a se retirar da banda. Outro membro do Turangalîla tomou seu lugar - o baixista Löis Lancaster, sob o nome artístico de José Pedro Bechepeche. Isso foi por volta do fim de 92. Por conta do exaustivo trabalho no Turanga (seis meses para aprontar cada música!) Löis se mandou e deixou o vocal para Alessandro "Fumê". Os teclados também mudaram de mão, e foram para Marlos Souza, profundo conhecedor de Stravinsky. Nessa época foi gravada a primeira demo, e o teor cretino das letras logo fez com que as cópias piratas se multiplicassem. Graças a esse trabalho, o Zumbi tem fas até no Pará, xará! Eis algumas das músicas dessa fita:

- Pagando Mico
- Macumba Pra Turista Intergaláctico
- Zumbi do Mato
- Amado Sanduíche
- Quero Ser seu Papel Higiênico

Mas Fumê NÃO era um tremendo Junkie, Érico nao acertava uma virada, e os shows começaram a ficar porão demais até para eles. Pensando nisso, em fins de 93 êsses dois bastardos levaram um "shoot" e Löis foi convidado a reassumir os vocais, já que o Turanga havia se dissolvido no primeiro semestre. Marlos chamou seu amigo Bernardo Carvalho para assumir a bateria, e foi gravada a demo Macacomóvel, que tem uma centena de capas diferentes. Ela emplacou novos hits na comunidade(?) underground(?), como(?):
- Massagistas de Massachusetts
- Zorba, O Grego
- Amor Peludo Amor
- Abençoado Guitarrista
- Tiroteio do Esqueleto Sem Cabeça
- Ode Ao Mortadelo & Salaminho

(Curiosidade: Antes da Macacomóvel, o Zumbi tinha chegado a gravar uma outra demo, com a música até hoje quase inédita "Um Tricô, Duas Meias" e uma versao impagável de "Fica Molhada Que Eu Quero Meter" (regavada na Macacomóvel), onde um corinho de mulheres contratadas gritava a frase "a minha pica é a maior do mundo!!" - o que ninguém, nem o letrista da música sabe, é que o real sentido do "meter" do título é uma referência a VU Meter, o indicador de saturaçao em aparelhos de som antigos. - mas a fita foi extraviada e constitui a raridade mais rara de todas.) Hoje em dia, Zumbi do Mato é uma insituiçao bem conhecida de todos os que gostam de cultura trash underground no país. Da PUC de Campinas até o grupo de HC DFC, de Brasília, passando por Fabio Massari (que os entrevistou no Verao Lado B MTV, em 94, junto com o entao desconhecido Planet Hemp) e Kamundjangos, muita gente conhece e aprecia Zumbi do Mato. Alguns nao vao admitir em público, com medo de sujar sua imagem, mas enfim...

AGORA, NESTE EXATO MOMENTO, O ZUMBI ESTÁ se preparando para gravar seu primeiro CD, pelo selo de BNegão (Funk Fuckers) e Formigão (Planet Hemp), o "Whualé Maluuwko Records". Rezemos, pois!!


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