Giuseppe Verdi

Rigoletto

"Questa o quella"

 

Questa o quella per me pari sono

A quant'altre d'intorno,

D'intorno mi vedo;

Del mio core, l'impero non cedo

Meglio ad una che ad altra beltà.

La costoro avvenenza è qual dono

Di que il fato ne infiora la vita;

S'oggi questa mi torna gradita,

Forse un'altra, forse un'altra,

Doman lo sarà, un'altra,

Forse un'altra, doman lo sarà.

La costanza, tiranna del core,

Detestiamo qual morbo,

Qual morbo crudele

Sol chi vuole si serbi fedele;

Non v'há amor, se non v'è libertà.

De' mariti il geloso furore,

Degli amanti le smanie derido;

Anco d'Argo i cent'occhi disfido

Se mi punge, se mi punge

una qualque beltà,

se mi punge una qualche beltà.

Giuseppe Verdi

Rigoletto

"Esta ou aquela"

 

Esta ou aquela para mim são iguais

A quantas outras em volta,

Em minha volta;

De meu coração, o comando não cedo

Melhor à uma que à outra beldade.

A beleza das pessoas é como presente

De que o destino lhes enfeita a vida;

Se hoje esta me é agradável,

Talvez uma outra, talvez uma outra

Amanhã o será, uma outra,

Talvez uma outra, amanhã o será.

A constância, tirana do coração,

Detestemos qual praga,

Qual praga cruel

Só quem quer se guarda fiel;

Não há amor, se não há liberdade.

Dos maridos o ciumento furor,

Dos amantes as impacientes zombarias;

E posso desafiar cem olhares de Argo

Se me punge, se me punge

Uma beldade qualquer,

Se me punge, uma beldade qualquer.

 

 

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