Qual é o seu significado e objetivo?
A obra de Deus é algo sobrenatural e envolve tarefas muito difíceis e até impossíveis para nós, enquanto seres humanos limitados e fracos. Como poderíamos fazer andar um aleijado ou ressuscitar um morto? Mais incapazes nos tornamos devido à nossa natureza pecaminosa com suas manifestações e conseqüências.
Se somos tão inaptos diante da grandiosa missão, por quê Deus nos escolheu? Ele usa os pequenos e fracos (I Cor.1.27), de maneira que a glória seja só dele e não do homem. “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós” (II Cor.4.7).
Quando Jesus chamou seus 12 discípulos, ele não percorreu as maiores cidades do Império, não visitou os palácios, mas andou por lugares humildes. Entre os seus escolhidos havia pessoas iletradas, rejeitadas pela sociedade e até alguns com dificuldades no tratamento interpessoal (Lc.9.54; João 18.10).
Depois de viverem com Jesus durante aproximadamente três anos, os apóstolos tinham aprendido muito e certamente tinham melhorado bastante no que diz respeito ao seu caráter. Contudo, ainda não se podia dizer que estavam prontos para conduzirem a igreja do Senhor ou mesmo para serem seus obreiros. Após a ressurreição, Jesus lhes disse: “Permanecei, pois, na cidade de Jerusalém até que do alto sejais revestidos de poder” (Lc.24.49). Tal revestimento seria o batismo com o Espírito Santo, cuja promessa foi repetida em Atos 1.5 e cumprida em Atos 2.1-4.
A partir daquele momento, os apóstolos deram início à missão da igreja na terra. Pedro, que antes havia negado a Cristo três vezes, agora manifestava ousadia sem igual, a ponto de enfrentar as autoridades civis e religiosas quando estas tentavam conter o avanço do evangelho (At.4.13; At.5.27-29). O que havia mudado naqueles homens? Eles foram batizados com o Espírito Santo; foram revestidos pelo poder de Deus.
Esse batismo tem por objetivo nos habilitar de modo sobrenatural para o trabalho cristão. Quando o recebemos, tornamo-nos muito mais úteis à obra de Deus, passando a fazer o que antes não conseguíamos. Somos como uma lâmpada que, por mais bonita que seja, por mais limpa e tecnologicamente desenvolvida, não acenderá sem a ação da energia elétrica.
Quando o Espírito Santo nos batiza, ele nos concede um ou mais dons, que são capacidades sobrenaturais que vêm sobrepujar nossa própria incapacidade (I Cor.12.1-11; Joel 2.28-29; Rm.8.26).
Vemos, portanto, quão importante é o batismo com o Espírito Santo para que a igreja seja eficaz mediante a operação do poder de Deus.
E como alguém pode receber o batismo? Não é preciso esperar, como os discípulos precisaram. Atos 2 registra a descida do Espírito Santo. A partir daí, basta que peçamos o batismo ao Senhor e o recebamos pela fé, da mesma forma como recebemos Jesus como nosso Salvador (Mc.11.24; At.19.1-6). É algo independente de emoções. A pessoa deve pedir e crer que recebeu naquele mesmo instante. Pode haver a manifestação de um ou mais dons espirituais imediatamente ou depois de algum tempo. Não existe nenhuma regra nesse sentido. O dom pode ser o de línguas estranhas ou algum outro, de acordo com a necessidade da igreja e a vontade soberana do Senhor.
Para que alguém seja batizado com o Espírito Santo é necessário que já tenha se convertido e que não esteja guardando pecados não confessados ou não abandonados.
A partir daí, é importante manter acesa a chama do Espírito em nós. A santidade e a comunhão com o Senhor através da oração manterão nossa sensibilidade à voz do Espírito Santo, de modo que sempre sejamos úteis em suas mãos.
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Anísio Renato de Andrade – Bacharel em Teologia.
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