Murilo Araujo - Vida e obra


Pesquisa de Artur Araujo, seu sobrinho-neto


Página atualizada em 19/7/2006


Foto do poeta Murillo Araujo tirada no fim da década de 1950

 

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O Poeta Murilo Araujo nasceu na cidade de Serro, Minas Gerais, Brasil, em 26 de outubro de 1894. Ele é um dos expoentes do Modernismo. Estreou em 1917, com o livro Carrilhões -cinco anos antes da Semana de Arte Moderna, evento do qual participou-. Seguiram-se a este livro A galera (escrito em 1915, mas publicado anos depois), Árias de muito longe (1921), A cidade de ouro (1927), A iluminação da vida (1927), A estrela azul (1940) -esta obra foi traduzida pelo poeta uruguaio Gaston Figueira para o espanhol com o nome La Estrela Azul e publicada em Nova York (EUA)-, As sete cores do céu (1941), A escadaria acesa (1941), O palhacinho quebrado, A luz perdida (1952) e O candelabro eterno (1955). A obra em prosa limita-se a quatro livros: A arte do poeta (1944), Ontem, ao luar (1951), uma biografia do compositor Catulo da Paixão Cearense, Aconteceu em nossa terra (pequenos casos de grandes homens) e Quadrantes do Modernismo Brasileiro (1958). Murilo Araujo também traduziu o livro O inspetor geral, do escritor russo Nikolai Gogol (Sorotchintsi, 1809 – Moscou, 1852).

Em 1960, a Editora Pongetti lançou, em três volumes, toda a sua obra poética, com o título Poemas Completos de Murilo Araujo.

Ele foi integrante do grupo Festa -que contou com a participação de Cecília Meireles, José Cândido de Andrade Muricy, Adonias Filho e Tasso da Silveira.

O poeta foi um dos artistas do modernismo mais influenciado pelo Simbolismo. O grupo, que editava a revista de mesmo nome, integrava que a Corrente Espiritualista do Modernismo. O poeta era também famoso freqüentador dos sabadoyles, organizados pelo bibliófilo Plínio Doyle.

Dentre os poetas que o influenciaram estão Walt Whitman -poeta norte-americano (West Hills, 1819 - Camden, 1892)-, Antônio Nobre -poeta português (Porto, 1867 - Foz do Douro, 1900), considerado a maior figura do simbolismo em Portugal- e Émile Verhaeren -poeta belga de expressão francesa (Sint-Amands, 1855 - Rouen, 1916). Autor de contos, peças de teatro e crítica literária, além de poesia, evoluiu do naturalismo para o misticismo.

Em 1971, ele recebeu o prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto de sua obra.

Parte de suas poesias chegou a ser musicada. O compositor Heitor Villa-Lobos (Rio de Janeiro, 1887 - Rio de Janeiro, 1959) compôs três obras com letras dele, Canção da Imprensa (1940), Juramento e Canção de Cristal (1955).

O poeta foi musicado também por Francisco Braga (Rio de Janeiro, 1868 - id., 1945), o autor do Hino à Bandeira, na música Moreninha, Eleazar de Carvalho (Igatu,CE 1912-São Paulo, 1996)- em Canto a Porto Seguro-, Luciano Gallet (Rio de Janeiro 1893- id., 1931)-em Interpretações-, Heckel Tavares (Satuba, AL, 1896 - Rio de Janeiro, 1969)-Banzo, Oração do Guerreiro e Funeral d´um rei Nagô- (obs: há também a obra Três canções de Natal: poemas de Murilo Araujo com discos de Heckel Tavares) e Fernando Lobo, que adotou o pseudônimo de Marcelo Tupinambá, compositor popular brasileiro (Tietê, SP, 1892 - São Paulo, 1953) -Treva Noturna-.

Murilo Araujo compôs Canto Heróico do Liceu de Artes e Ofícios e Canta, Canta, Passarinho, cujo arranjo é de Vila-Lobos.

O poeta morreu no Rio de Janeiro, em 1º de agosto de 1980.



Clique aqui para ler a versão integral do livro Carrilhões.

Leia antologia poética de Murilo Araujo, segundo Manuel Bandeira

Leia análise do Murilo Araujo feita por Jorge Amado

Leia ensaio de Silviano Santiago sobre o modernismo em que o Grupo Festa é analisado.

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