Oração do Otimismo
Fazei,
Pai,
com que eu
não atribua maior importância
às mazelas
do corpo que à saúde da alma,
às
tristezas que à alegria.
Ajudai-me
a não desprezar os meus problemas; nem com eles agastar-me tanto, que não lhes
possa encontrar as soluções.
Conservai
o amor, em meu coração.
Pois
aquele que ama é como a planta que, tendo fortes raízes, pode resistir a todos
os ventos.
Ajudai-me
a ser objetivo.
Para que
não desperdice o meu tempo, ou o dos meus irmãos, com palavras inúteis.
Conservai-me a franqueza.
Pois
triste daquele cujas palavras não são acreditadas. E é melhor corar, ao dizer
uma verdade, que empalidecer ao ser apanhado na mentira.
Conservai,
em mim, a compreensão.
Porque é
necessário entender àqueles que me cercam, se pretendo entender a mim mesmo. E
devo perdoar, pois como todos preciso do perdão.
Assim, que
eu não seja como o leão que ruge; ou como a corça que, tímida, esconde-se ao
menor ruído. Mas como o vento, que pode ser a brisa acariciante ou o furioso
vendaval.
Sendo
humano, sou falível.
E apenas
me cabe desejar que as minhas falhas não prejudiquem aos meus irmãos, e sempre
me reste a coragem para repará-las.
Pois a
nobreza, que não existe no erro, está sempre presente no arrependimento.
Que me
encantem as flores e a música.
Porque
aquele que não se extasia com a beleza não é digno da dádiva dos sentidos.
Que o
nascer do sol me traga sempre a esperança de um dia construtivo, e a noite a
certeza do merecido repouso.
Para que o
trabalho não me seja um fardo e o repouso uma simples necessidade, mas em ambos
eu possa sentir a Vossa presença.
Pois que
eu Vos sinto, Pai, a todos os momentos. Nas pessoas que amo, em tudo o que
construo, no próprio mundo que me cerca.
E, por
isto, sou feliz !