Acompanhamento de Obra Disciplina: ECV-5135 Fundações
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<< Visitas Intermediárias >>
--- Visita 4 - Dia 10/11/03 - 9:30 às 10:45 hs ---
Nesta
visita, iniciou-se por acompanhar a cravação de estacas de 8 e 10 m de
comprimento, com seção 20x20 e 25x25 cm, respectivamente. O terreno em que se executava a obra de fundações, provavelmente constituía-se de um aterro sobre um solo de resistência muito baixa. Essa informação pode ser justificada pela proximidade do mesmo com o Mangue do Itacorubi, caracterizado por um solo alagadiço e praticamente sem resistência. Essa
característica foi percebida ao observar os primeiros golpes sobre a cabeça
da estaca, em muitos casos, depois de posicionada, a estaca adentrava ao
solo por cerca de 4 metros, com o simples apoio do martelo do
bate-estacas, o que atraia a atenção da equipe, pois tratava-se de algo
muito peculiar. Outro
fato inusitado ocorrido na visita, deu-se na cravação da estaca 3,
pertencente ao bloco duplo número 2. A cravação da estaca deu-se
normalmente até ao alcance da nega. Na verificação da mesma, ou seja,
10 golpes com martelo com deslocamento vertical menor ou igual a 5 mm,
a estaca quebrou. Imediatamente, o encarregado da Brasecol entrou em
contato com o engenheiro pelo Projeto Geotécnico de Fundações
Profundas, Eng. Venício Edson Petroski, que ordenou a interrupção dos
trabalhos naquele bloco, e o procedimento da cravação das demais
estacas, admitindo para as próximas estacas uma nega com deslocamento nos
10 últimos golpes inferior ou igual a 10 mm, segundo o engenheiro,
indicado pela norma. Sendo que o deslocamento adotado anteriormente
tratava-se de uma segurança utilizada pela empresa.
Retirada da camisa da estaca após cravação
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--- Visita 5 - Dia 10/11/03 - 13:30 às 14:30 hs ---
Ávidos
pelo conhecimento da resolução do problema observado na Visita 4,
retornou-se ao local da obra. Porém informou o encarregado que a cravação
das estacas do bloco 2 só seria retomada no dia seguinte, após análise
“in loco” do engenheiro responsável. Partiu-se
então para a cravação de outras estacas, seguindo o procedimento
descrito na visita 3, porém, tomando-se um maior cuidado na obtenção da
nega, para evitar que novas estacas fossem perdidas. Nesta visita, tomou-se posse do laudo de sondagem, realizado pela empresa A. Barossi Tecnologia de Solos Ltda. Com a análise das sondagens viu-se realmente que o solo na região entre 1 e 5 metros abaixo do nível do terreno era composto argila cinza muito mole, com NSPT variando entre 2 e 4 golpes, o que conforma exposto nas aulas teóricas caracteriza um solo de resistência muito baixa. Vindo a justificar a facilidade de cravação das estacas nos primeiros golpes. Laudo de Sondagem
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--- Visita 6 - Dia 06/11/03 - 14:30 às 16:15 hs ---
Ao
Chegar na obra observou-se o posicionamento novamente no alinhamento das
estacas do bloco 2. Percebeu-se então o quanto um problema visualmente
simples interfere no bom andamento de uma obra pois além do tempo gasto
para resolução do problema em escritório, há uma perda de tempo no
deslocamento do bate-estaca ao local exato da cravação, por estes não
serem de esteira como o exposto na visita 1, parte integrante do escopo do
item visitas iniciais deste site. A
solução para o problema foi aumentar a extensão do bloco afastando o
centro das estacas 40 cm, do ponto original como mostra a figura abaixo. A
solução encadeia um maior custo na execução do bloco, pois seu volume
aumenta significativamente cerca de 90%. Discutindo
com o encarregado da Brasecol, sobre os motivos que levaram à ruptura da
estaca, chegou-se à conclusão que esta se dava devido a já citada
camada de baixa resistência que a estaca atravessava. Como essa camada não
produzia uma pressão lateral na estaca, permitia que ocorresse a
flambagem da mesma ao receber a carga do martelo do bate-estacas.
Deslocamento da estaca com consequente aumento do bloco de coroamento devido a quebra da estaca
Estaca com problema de ruptura
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Acadêmicos: Arley Anselmo Jr. Daniel Santos da Silva Felipe Luís de Andrade
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