Diante do espelho

Tu que me olha todos os dias

Observa-me a caminhar

Não sabeis de minhas agonias

Não conheces meu pesar

Pensamento ignoto,

Um animal escroto.

Caminhas por terras desconhecidas

Imagina que da verdade és o senhor

Minha alma despida,

Alma sem pudor.

É o que fizeste?

Criatura maldita.

Por culpa de tua peste,

Sou criatura mal vista.

1