LEOPOLDO
MACHADO BARBOSA nasceu no dia 30 de setembro de 1891,
no Arraial de Cepa Forte, hoje conhecido como Ladeira, no
Estado da Bahia.
Jornalista,
escritor, polemista, professor, poeta, compositor, orador,
deixou escrito o total de 27 livros, nos gêneros poesia,
teatro, conto, estudos doutrinários, biografias, entre os
quais somente seis (06) não espíritas. Este fato é
muito relevante, de vez que Leopoldo freqüentou a escola
primária por pouco tempo, educando-se pelo esforço
próprio e vontade de aprender.
Sua extensa e
rica bibliografia valeu-lhe a cadeira número 01 da
Academia Iguaçuana de Letras. "O ESPIRITISMO É OBRA
DE EDUCAÇÃO", "PARA FRENTE E PARA O ALTO"
e "UMA GRANDE VIDA" (Biografia de Caibar Schutel)
são alguns dos exemplos de obras suas.
Além de criar
o que atualmente se conhece como MOCIDADES ESPÍRITAS,
instituiu também as ESCOLAS DE EVANGELIZAÇÃO
Infanto-Juvenil. Foi LEOPOLDO MACHADO um grande líder
espírita e um grande incentivador da participação dos
jovens nas atividades espíritas, fundando ele próprio a
Mocidade Espírita de Iguacú, a segunda mais antiga do
Brasil.
Casou-se no
dia 31 de dezembro de 1927 com uma professora, MARÍLIA
FERRAZ DE ALMEIDA, que exerceu uma grande influência em
sua vida.
Em 1929, o
"Criador de Mocidades Espíritas" mudou-se para
a cidade de Nova Iguaçu, no Estado do Rio de Janeiro,
onde participou, com a colaboração de Marília e
vários companheiros, da fundação do Centro Espírita
"Fé, Esperança e Caridade".
Como seu mais
atuante presidente, edificou o Albergue Noturno
"Allan Kardec" e, posteriormente, o "Lar de
Jesus", destinado a meninas órfãs e abandonadas,
além da Escola de Alfabetização "João
Batista".
Em abril de
1930, com a ajuda da irmã Leopoldina e também de sua
esposa, fundou o Ginásio "Leopoldo", hoje
oferecendo cursos de 1º e 2º graus, formação de
professores e contabilistas.
LEOPOLDO
MACHADO foi um dos incansáveis batalhadores da causa
espírita no Brasil. Percorreu todo o país divulgando a
Doutrina, defendendo-a dos ataques dos médicos e
sacerdotes católicos.
Aos
companheiros espíritas alertava sempre para a necessidade
de estudo das obras básicas, afirmando: - "O que
deve preocupar o Movimento Espírita é a falta de base
doutrinária de muitos confrades que, enleados pela
grandiosidade do acervo e do encantamento de tantos e
belos romances, contos, mensagens e novelas (que, no
mercado livreiro de hoje é chamado de "realismo
fantástico"), agradam-se e concentram-se apenas
nessa natureza de livros, deixando de estudar,
concomitantemente ou previamente, as obras da
Codificação".
No afã de
aprender, divulgar, unificar, Leopoldo participou de
vários eventos, dentre os quais o I CONGRESSO DE
MOCIDADES ESPÍRITAS DO BRASIL, realizado no Rio de
Janeiro, em julho de 1948 e o CONGRESSO DE UNIFICAÇÃO,
realizado em São Paulo (SP) de 31 de outubro a 05 de
novembro do mesmo ano, onde apresentou o seu
"Estudo e Sugestões para o Programa de
Unificação".
Após a
assinatura do "PACTO ÁUREO", no dia 05 de
outubro de 1949, era necessário consolidar os ideais de
unificação contidos no documento. Preciso seria que a
decisão tomada pelas lideranças do Movimento Espírita
de alguns Estados e da Diretoria da Federação Espírita
Brasileira fosse entendida e colocada em ação em todo o
País. Para tanto foi criada a "Caravana da
Fraternidade", da qual Leopoldo Machado foi membro
atuante, visitando com seus companheiros cerca de 11
(onze) Estados do Nordeste e Norte do País.
No seu livro
"Caravana da Fraternidade", hoje obra esgotada,
assim escreveu Leopoldo: "Acreditamos no Pacto
Áureo, sim! Mas no Pacto Áureo em si mesmo, que é menos
obra dos homens do que dos Espíritos. O que houver de
mais importante nele, é obra dos Espíritos, ou pelos
Espíritos inspirada, a exemplo do próprio Pacto.
LEOPOLDO
MACHADO voltou à pátria espiritual em 22 de agosto de
1956, legando ao Movimento Espírita Brasileiro muita
dedicação e fé, especialmente aos jovens e a todos os
que militam na área de divulgação da Doutrina