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Novo ministro quer maior inclusão digital


Novo governo pretende usar os R$ 2 bilhões arrecadados no Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) e poderá incorporar mais recursos do Orçamento para aumentar a inclusão digital no país.

27/12/2002 10:27:45

O futuro ministro das Comunicações, deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), afirmou hoje (26) que o novo governo, que toma posse no próximo dia 1º, terá como uma das prioridades a inclusão digital.
Segundo informações da Agência Brasil, o governo pretende usar os R$ 2 bilhões arrecadados no Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) e poderá incorporar mais recursos do Orçamento para aumentar a inclusão digital no país.

Teixeira afirmou, ao chegar para um encontro em Brasília com o atual ministro, Juarez Quadros, que está otimista em relação às ações do ministério e que todo o trabalho será transparente para toda a sociedade.

Fonte: http://pcworld.terra.com.br

 
   
 



Governo
 
     
 

A companheira Michele deu uma ajuda a Lula

Acompanheira Michele prestou um inestimável serviço ao presidente Lula. Mostrou-lhe a extensão dos papéis de segunda categoria que ele e alguns de seus colegas estão praticando. Na quarta-feira, Lula estava reunido com o Ministério na Granja do Torto e deixou a primeira-quadrúpede sozinha no Alvorada. Segundo um colaborador da Presidência, Michele ficou nervosa e achou-se melhor levá-la para perto do dono. Puseram-na num veículo da Viúva e deixaram-na no jardim da Granja. No mês passado, Lula já se fez fotografar numa poltrona do cineminha do Alvorada, com a companheira no colo. Se Ruth Cardoso tivesse uma cachorra chamada Teresa e alguém a levasse ao Torto, num carro oficial marcado “uso exclusivo em serviço”, o que diria Lula? Talvez o seguinte:

— É um absurdo que num país onde há mulheres parindo na rua porque faltam transportes que as levem ao hospital, uma cachorra seja passageira exclusiva de um carro oficial para enfeitar reunião de tucanos.

Lula poderia lembrar que uma corrida de ida e volta do Alvorada ao Torto custa algo como R$ 50.

Ruth e Fernando Henrique Cardoso não tiveram uma cachorra chamada Teresa. Quem tem a Michele, com direito a papel ridículo, é Lula. A fome de uma fox terrier como Michele custa pelo menos R$ 30 mensais (250 a 300 gramas diárias de uma boa ração, como a Pedigree). Para um bípede do Fome Zero, sobram R$ 20. O que diria Lula se os Cardoso tivessem dois cachorros e suas fomes custassem mais do que o cheque do Programa Bolsa-Sacola?

Isso tudo pode parecer implicância. Não é. O presidente e os governantes são pagos também para dar exemplos de conduta. Tendo a oportunidade de mostrar ao andar de cima que a turma do andar de baixo é capaz de dar lições de bom comportamento quando chega lá, Lula e um pedaço da nação petista conduzem-se como emergentes imitadores de vulgaridades. Estão mais para Vera Loyola do que para Darcy Vargas. (Noves fora o Romanée Conti do Duda Mendonça, sorvido pouco depois de o candidato contar na TV o caso da mulher com a criança morta no colo.)

O mundo não vai acabar porque Lula tem um bichinho de estimação. Afinal é um cão petista. Os cães fox terrier de pêlo duro como Michele são de uma comovente amabilidade com os amigos. Quando necessário, tornam-se caçadores, briguentos e ferozes. Encaram um pitbull numa boa. Se isso fosse pouco, têm barba. O mundo não acabou, mas ficou um pouquinho pior.

Há na caciquia petista uma inquietante vocação para o deslumbramento. (Num país onde a cadela mais famosa do pedaço chamava-se Baleia, um nordestino de origem pobre chegou ao Planalto com uma cachorra chamando-a de Michele.) A repórter Mônica Bergamo já revelou que nas festas da posse de Lula quatro cabeças petistas tiveram à sua disposição, em Brasília, quatro cabeleireiros especialmente transportados de São Paulo. Um deles movia-se pela capital a bordo de um carro oficial. Está na moda xingar o presidente George Bush, mas é de justiça reconhecer que se a sua mulher, Laura, pensar em levar para Washington o cabeleireiro que a serve no Texas, ele a estrangula com uma echarpe da grife Escada.

Depois de ter vencido o medo, a turma da esperança já ensinou à choldra que não se baixam juros nem se aumenta salário-mínimo por ato de vontade. Os grão-mestres petistas devem lembrar que é precisamente por ato de vontade que se importam cabeleireiros e se usa carro oficial para transportar cachorro. Também é por ato de vontade que maridos conseguem empregos para as mulheres e mulheres conseguem empregos para os maridos. A patuléia fica com juros, desemprego e atestado de burra, pois não tendo entendido o espírito da ruína econômica tucana, mostra-se incapaz de entender a pura doutrina petista.

Deve ter razão o senador Aloizio Mercadante: “Estou aqui para discutir questões de interesse do país. Questões objetivas, e não para falar de cadela”.

 
  Elio Gaspari O GLOBO 23/03/2003  
   
     
  Sede imprópria

Houve uma época em que se sofria com a promiscuidade existente entre as autoridades brasileiras e a banca internacional. Em 1996, o coquetel de Sete de Setembro do Consulado do Brasil em Nova York foi patrocinado pelo Republic National Bank.

Como diria o príncipe de Salinas (Burt Lancaster em “O leopardo”), as coisas mudaram, para pior. O Ministério do Planejamento informa que seu titular, Guido Mantega, fará uma palestra às 10h de hoje, em Milão, sobre “As perspectivas para a economia brasileira no primeiro ano do governo Lula”. Ele é ministro da República do Brasil, está na República da Itália e participa de uma assembléia do Banco Interamericano do Desenvolvimento. A Viúva paga pela manutenção de um consulado-geral do Brasil na cidade. Paga também por uma discreta infra-estrutura para o trabalho de Mantega em Milão. Sua palestra, contudo, será no escritório da corretora americana Salomon Smith Barney, do Citigroup.

 
  Elio Gaspari O GLOBO 23/03/2003  
   
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
  Guerra  
     
  Bush é Bush, mas Saddam é Saddam

George Bush conseguiu ressuscitar o espírito da civilização européia e o mundo lhe será grato por isso. Infelizmente, está estimulando o antiamericanismo do Terceiro Mundo e, com ele, o de Pindorama. Num dia em que deputados foram se manifestar na embaixada americana em Brasília, o embaixador do Iraque, Jarallah Alobaidy, foi ouvido numa reunião conjunta das Comissões de Relações Exteriores da Câmara e do Senado. Representa uma ditadura que matou mais gente que todos os generais do Cone Sul no anos 70. Diante de Saddam Hussein, o general Augusto Pinochet é uma Madre Teresa de Calcutá.

O doutor Alobaidy foi tratado pelos parlamentares como se fosse um poeta sueco. Não há registro de alguém que lhe perguntasse por um só dos crimes de Saddam Hussein. Parlamentares que dependem do sufrágio dos brasileiros esqueceram-se de perguntar como é que o patrão do embaixador conseguiu se reeleger com 100% dos votos dos iraquianos (11.454.638 eleitores). Não lhe perguntaram sequer pelas negociatas do ditador com empreiteiras e larápios brasileiros. Também não lhe perguntaram como um magano da indústria paulista ofereceu-lhe um caminho mais rápido para chegar à bomba atômica. (O próprio Saddam reclamou dessa impertinência.)

O antiamericanismo tem isso de terrível. Leva pessoas inteligentes a se juntar a Saddam Hussein por causa de George Bush. Detestar Bush pode ser um ato de inteligência, mas perceber-se torcendo por Saddam ao ouvir a notícia de que morreram 12 americanos num combate é uma mortificação.

Em 1990, quando estourou a Guerra do Golfo, Saddam Hussein transformou em escudos humanos 450 trabalhadores brasileiros que viviam no Iraque. Deixou-os sair graças a uma costura de 23 dias feita pelo embaixador Paulo Tarso Flecha de Lima, que gramou 45 encontros, inclusive com o chanceler Tarik Aziz. Para mostrar que só sairia do Iraque com os brasileiros, Paulo Tarso desembarcou em Bagdá com Lúcia, sua mulher.

Para a glória da civilização americana, há manifestações contra a guerra em quase todas as grandes cidades dos Estados Unidos. Se Cacá Diegues está certo e Deus é brasileiro, Bush não se reelege. Para amargura dos antiamericanos não há manifestantes em Bagdá nem oposicionista iraquiano vivo dentro do país. Mesmo se Deus fosse brasileiro, Saddam Hussein se reelegeria, com 110% dos votos.

Elio Gaspari O GLOBO 23/03/2003

 
   
 

Amaral e Enéas


A guerra carniceira de Bush, uma desculpa descarada para roubar o petróleo do Iraque para o pai dele e outros empresários de petróleo, que financiaram sua candidatura e assumiram o poder norte-americano (e a partir de lá controlarem o petróleo decisivo da Arábia Saudita), vai acabar alimentando e implantando definitivamente duas desgraças de que o mundo parecia poder libertar-se: o terrorismo e a corrida atômica.

Cada bomba sobre Bagdá, iluminando as televisões do mundo, faz necessariamente nascer, nas cabeças e corações de mais de um milhão de muçulmanos e dos com eles solidários, saudades do herói Bin Laden.

E faz os patriotas e as Forças Armadas de todos os países que não têm bomba atômica se convencerem de que, a partir de agora, quando os corsários norte-americanos, com a "Doutrina Bush", declararam o direito de invadir o país que quiserem, jogando a ONU no lixo, cada nação, se quiser ser independente, vai ser obrigada a fazer sua própria bomba.

Infelizmente, o lúcido ministro Roberto Amaral, de Ciência e Tecnologia, o monossilábico deputado Enéas e a maioria dos melhores oficiais das três Forças Armadas estavam certos: a única maneira de o Brasil defender a Amazônia e suas águas da já hoje indisfarçada e, a partir de agora, escancarada ameaça dos Estados Unidos e seus dois mosqueteiros (Tony Gay e José Maria Asno) é termos também nossa bomba atômica.

O ratinho Bush só invadiu o Iraque (e vai depois invadir a Arábia Saudita) para assaltar a maior parte do petróleo mundial, porque o Iraque não tem bomba atômica. Só não invadiu a Coréia do Norte porque ela tem bomba. E só não invadirá a Amazônia, para controlar a maior reserva de água doce do mundo (o petróleo dos próximos anos), se o Brasil tiver sua bomba atômica.

Este será o mais criminoso resultado dessa "bomba": a corrida atômica.

sebastiaonery@tribuna.inf.br 23/03/2003

 
   
     
     
 

Obrigado, grande líder George W. Bush.

Obrigado por mostrar a todos o perigo que Saddam Hussein representa. Talvez muitos de nós tivéssemos esquecido de que ele utilizou armas químicas contra seu povo, contra os curdos, contra os iranianos. Hussein é um ditador sanguinário, uma das mais claras expressões do mal hoje.

Entretanto essa não é a única razão pela qual estou lhe agradecendo. Nos dois primeiros meses de 2003, o sr. foi capaz de mostrar muitas coisas importantes ao mundo, e por isso merece minha gratidão. Assim, recordando um poema que aprendi na infância, quero lhe dizer obrigado.

Obrigado por mostrar a todos que o povo turco e seu Parlamento não estão à venda, nem por 26 bilhões de dólares.

Obrigado por revelar ao mundo o gigantesco abismo que existe entre a decisão dos governantes e os desejos do povo. Por deixar claro que tanto José María Aznar como Tony Blair não dão a mínima importância e não têm nenhum respeito pelos votos que receberam. Aznar é capaz de ignorar que 90% dos espanhóis estão contra a guerra, e Blair não se importa com a maior manifestação pública na Inglaterra nestes 30 anos mais recentes.

Obrigado porque sua perseverança forçou Blair a ir ao Parlamento com um dossiê falsificado, escrito por um estudante há dez anos, e apresentar isso como "provas contundentes recolhidas pelo serviço secreto britânico".

Obrigado por fazer com que Colin Powell se expusesse ao ridículo, mostrando ao Conselho de Segurança da ONU algumas fotos que, uma semana depois, foram publicamente contestadas por Hans Blix, o inspetor responsável pelo desarmamento do Iraque.

Obrigado porque sua posição fez com que o ministro de Relações Exteriores da França, sr. Dominique de Villepin, em seu discurso contra a guerra, tivesse a honra de ser aplaudido no plenário, honra que, pelo que eu saiba, só tinha acontecido uma vez na história da ONU, por ocasião de um discurso de Nelson Mandela.

Obrigado porque, graças aos seus esforços pela guerra, pela primeira vez as nações árabes, geralmente divididas, foram unânimes em condenar uma invasão, durante encontro no Cairo.

Obrigado porque, graças à sua retórica afirmando que "a ONU tem uma chance de mostrar sua relevância", mesmo países mais relutantes terminaram tomando posição contra um ataque.

Obrigado por sua política exterior ter feito o ministro de Relações Exteriores da Inglaterra, Jack Straw, declarar em pleno século 21 que "uma guerra pode ter justificativas morais" e, ao declarar isso, perder toda a credibilidade.

Obrigado por tentar dividir uma Europa que luta pela sua unificação; isso foi um alerta que não será ignorado.

Obrigado por ter conseguido o que poucos conseguiram neste século: unir milhões de pessoas, em todos os continentes, lutando pela mesma idéia, embora essa idéia seja oposta à sua.

Obrigado por nos fazer de novo sentir que, mesmo que nossas palavras não sejam ouvidas, elas pelo menos são pronunciadas, e isso nos dará mais força no futuro.

Obrigado por nos ignorar, por marginalizar todos aqueles que tomaram uma atitude contra sua decisão, pois é dos excluídos o futuro da Terra.

Obrigado porque, sem o sr., não teríamos conhecido nossa capacidade de mobilização. Talvez ela não sirva para nada no presente, mas será útil mais adiante.

Agora que os tambores da guerra parecem soar de maneira irreversível, quero fazer minhas as palavras de um antigo rei europeu a um invasor: "Que sua manhã seja linda, que o sol brilhe nas armaduras de seus soldados, porque durante a tarde eu o derrotarei".

Obrigado por permitir a todos nós, um exército de anônimos que passeiam pelas ruas tentando parar um processo já em marcha, tomarmos conhecimento do que é a sensação de impotência, aprendermos a lidar com ela e a transformá-la.
Portanto, aproveite sua manhã e o que ela ainda pode trazer de glória.
Obrigado porque não nos escutastes e não nos levaste a sério. Pois saiba que nós o escutamos e não esqueceremos suas palavras.

Obrigado, grande líder George W. Bush.

Muito obrigado.

08/03/2003 - 05h45
Artigo: Obrigado, presidente Bush
PAULO COELHO
Especial para Folha de S.Paulo

O escritor Paulo Coelho, autor de "O Alquimista", entre outros, é integrante da Academia Brasileira de Letras

 
     
  Previdência  
  No Brasil, Previdência quer lucro
A tentação seria de dizer: "Bem feito, quem mandou?". Mas como tripudiar sobre a desgraça alheia não é de nosso feitio, vale seguir adiante, porque o Carnaval na Sexta-Feira Santa está aí, mesmo.

Como aceitar que o governo pense em taxar os inativos do serviço público, criando para eles uma taxa previdenciária, mesmo sob rótulos diferentes, de fundos disso ou daquilo? Trata-se de tirar do saco de maldades uma daquelas grandes, que nem Gustavo Franco ousaria. Começa que a Previdência Social não precisa dar lucro e o equilíbrio de suas contas, se for conseguido, não resolverá todos os problemas nacionais.

O sentido previdenciário é eminentemente social, e se der prejuízo, que o poder público busque o equilíbrio do conjunto em outras fontes. Que tal, por exemplo, na taxação maior dos astronômicos lucros dos bancos? Dividendos um pouco menores para seus proprietários, ao final de cada semestre, não matariam ninguém, mas evitariam que o aposentado continuasse pagando a conta da festa.

Se for verdade mais essa paulada sobre os inativos, a indagação é sobre como votarão as bancadas do PFL e do PSDB. Favoráveis, doutrinariamente, elas são, com raras exceções. Sempre defenderam as amargas para o povão. Mais estranho será assistir ao PT votando a favor, sob pena de punição para quem discordar.

Na Reforma Tributária será a mesma coisa. Desafogar as empresas de tantos impostos e taxas é uma necessidade, mas desde que os ônus não caiam sobre os ombros dos assalariados. É meio singular essa história de desonerar a produção e taxar o consumo, porque quem consome, afinal, é o povão. Mudarão de lado as forças parlamentares? Ficariam o PT e demais bancadas governistas contra ou a favor da proposta? E tucanos e liberais?

Em suma, vivemos um momento político fascinante, desde que sejamos apenas observadores. Quem estava em baixo passou para cima, mas quem estava em cima recusa-se a ir para baixo.

carloschagas@hotmail.com

 
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     


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