Por cima de que jardim
duas pombinhas estão,
dizendo uma para a outra :
"Amar, sim; querer-te
não?"
Por cima de que navios
duas gaivotas irão
gritando a ventos opostos :
"Sofrer, sim; queixar-se,
não?"
Em que lugar, em que mármores,
que aves tranqüilas virão
dizer à noite vazia :
"Morrer, sim; esquecer,
não?"
E aquela rosa de cinza
que foi nosso coração,
como estará longe, e livre
de toda e qualquer canção!
Voltar