Ao
assumir a Divisão de Cultura do município, em 2001, não imaginei o tamanho do
trabalho que teria, nem tampouco a dimensão que este serviço ganharia.
Não
por mérito meu: em seus quase duzentos anos de emancipada, a cidade granjeou um
vasto legado de cultura, que abrange desde as letras, música, folclore, festas,
etc., sobre o qual dá-nos mesmo um grande prazer laborar.
É
certo que muito estava quase perdido, tivemos de contar com a ajuda de
caetiteenses do mundo inteiro para nos ajudar – e isto foi mais um prazer,
reconhecer que, mesmo em casa, acessando a rede, faço parte desta comunidade
única, dos caetiteenses...
Aos
poucos, tendo de colaborar na preparação do material que seria colocado no
Portal da Cidade, vi-me diante de lacunas que, se não fossem preenchidas,
dificilmente teríamos na internet informes singelos, mas importantes.
Foi
assim, por exemplo, com a bandeira de Caetité. Criada na década de 70, através
do trabalho de algumas professoras das quais participou D. Emiliana Pita, o
nosso pavilhão ainda não havia sido digitalizado.
Claro
que, face aos diversos trabalhos que realizávamos, a bandeira era um componente
importante. Assim, não pensei duas vezes, e fui até a sala do gabinete do
Prefeito, lápis e papel na mão.
Lá
chegando, medimos, desenhamos um rascunho e, então, num programa gráfico, transcrevemos
o resultado. Depois, sobre esta base, fizemos as figuras em diversos formatos.
A que mais trabalho nos deu foi fazê-la tremular, numa animação em formato gif.
Foram várias experiências frustradas, até chegar num resultado satisfatório – e
noites insones, pois é impossível trabalhar durante o dia em algo assim.
Então,
colocada no Portal, um dia descubro, pesquisando a web, que a bandeira, que
percorreu tanto trabalho para ser feita, figurava num site americano (acho,
embora o endereço remeta-nos para um país com ch – República Tcheca?
Chile?) especializado em pavilhões de todo o mundo. Caetité estava lá, com a
sua bandeira de listas vermelhas...
Confesso
que me emocionei. Como caetiteense, como o desenhista que fez aquela figura,
embora esteja ali dizendo ser “by Joseph McMillan”... Não importa. É
minha cidade ali representada!
Emoções
bobas, dum caetiteense que não cansa de louvar esta terrinha...
Clique AQUI, se quiser visitar o tal site...
Textos de André
Koehne - Academia Caetiteense de Letras - Caetité - Bahia - 2004 - Direitos do
Autor