Marcianas - Poemas do Escatol
NO FUTURO

Joguei fora a poesia, como se matasse
A última serenata, a última lua
E morrendo assim, matava
Em mim o poema que não mais vivia

Como aqueles caras tinham musas?
Eu só tinha olhos p'ra desgraça.
Como aqueles homens rimavam?
Em mim apenas aquela pirraça.

Ah, mas eu sei que há um destino
Naquele lugar de nome futuro
Ali, tudo perfeito se encaixa,
E a POESIA renascerá

Meu delito se apagará, e todos saberão
(até a sua consciência retarda)
que minha culpa transmutou-se
na sua dor que não se aplaca.
VOLTAR
Textos de André Koehne - Academia Caetiteense de Letras - Caetité - 2003 - Direitos do Autor