Reciclagem do Lixo
Reciclagem
da lata de alumínio beneficia a comunidade e o meio ambiente.
Brasil
atinge recorde nacional de reciclagem em 98 e supera a taxa de reciclagem de
latas dos EUA.
Desde
1991, a Latasa desenvolve no Brasil o Programa de Reciclagem da Lata
de Alumínio. São mais de 20 Postos de Troca em supermercados do Rio de
Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul, onde consumidores trocam latinhas
por vales-compra. Cada quilo de latas de alumínio vazias é trocado, que pode
ser utilizado na aquisição de qualquer mercadoria do estabelecimento
credenciado.
Para
apoiar o Programa, em março de 1993 a empresa lançou o Projeto Escola. Através
do Projeto, escolas públicas e particulares trocam latas de alumínio vazias
por equipamentos que contribuem para a melhoria das condições de ensino, como
ventiladores de teto, televisores, videocassetes, microcomputadores, máquinas
copiadoras, além de diversos outros itens. Mais de 15 mil instituições estão
inscritas no Projeto Escola e mais de 20 mil equipamentos já foram entregues.
As
latas coletadas são recicladas e transformadas em novas latas, com grande
economia de matéria-prima e energia elétrica.
A
cada quilo de alumínio reciclado, cinco quilos de bauxita (minério de onde se
produz o alumínio) são poupados. Para se reciclar uma tonelada de alumínio,
gasta-se somente 5% da energia que seria necessária para se produzir a mesma
quantidade de alumínio primário, ou seja, a reciclagem do alumínio
proporciona uma economia de 95% de energia elétrica.
Para
se ter uma idéia, a reciclagem de uma única latinha de alumínio economiza
energia suficiente para manter um aparelho de TV ligado durante três horas. Além
disso, a reciclagem diminui o volume de lixo encaminhado aos aterros sanitários
e ajuda a manter a cidade limpa.
Em
março de 1996, foi inaugurado o Centro de Reciclagem da Latasa (CRP),
que realiza a fundição das latas coletadas pelo Programa em Pindamonhangaba,
SP.
O
mais avançado da América Latina, o CRP tem capacidade para processar 42
mil toneladas de alumínio por ano e recebeu investimentos de US$ 18 milhões. O
CRP representa para a Latasa uma fonte permanente e própria de
geração de metal e, com sua inauguração, a empresa passou a operar todo o
ciclo da reciclagem, desde a coleta, passando pela prensagem e pelo transporte,
até chegar à fundição.
O
CRP marca, também, o caráter pioneiro da Latasa no Brasil, tanto na
fabricação de latas de alumínio como na reciclagem, e contribuirá para
manter a liderança de mercado da empresa no país.
O
Programa tem o objetivo de aumentar a consciência ecológica da população,
informando sobre a importância da reciclagem para a preservação do meio
ambiente.
Para
obter maiores informações, basta ligar para o DISKLATA: 0800-78 5282.
Ligação gratuita - Atendimento 24 horas.
No
Brasil, a reciclagem de latas de alumínio envolve mais de 2.000 empresas de
sucata, de fundição secundária de metais, transportes e crescentes parcelas
da população, representando todas as camadas sociais - dos catadores até as
classes mais altas.
Segundo
a ABAL - Associação Brasileira do Alumínio, em 1998 o País atingiu
seu recorde de reciclagem de latas de alumínio, com um índice de 65%. É o
maior percentual desde 1989, quando foram iniciadas as estatísticas, que
registraram o índice de 40%. Foram mais de 5,5 bilhões de latas recuperadas
pela indústria, o que significa uma taxa de 65% sobre o total de latas de alumínio
vendidas, que atingiu mais de 8,5 bilhões de unidades.
Em 1997, o Brasil ja
havia atingido uma taxa de reciclagem de 64%. O número alcançado em 1998 é
ainda mais significativo porque superou a taxa de reciclagem dos Estados Unidos,
que foi de 63%. Os EUA, líderes mundiais em reciclagem de latas, têm mais de
30 anos de experiência no assunto.
As 5,5 bilhões de
latas recicladas pelo Brasil em 1998 representam 82.300 toneladas de sucata. Em
1997, foram recuperadas 61.700 toneladas, o que corresponde, portanto, a um
crescimento de 33% em quantidade.
"A taxa alcançada
em 1998 representa a consolidação definitiva da reciclagem de latas de alumínio
como um hábito moderno, civilizado e que reflete um alto grau de consciência
ambiental alcançado pela população", explica José Roberto Giosa,
Coordenador da Comissão de Reciclagem da ABAL. "Trata-se da junção de
esforços de todos os segmentos da sociedade, das indústrias de alumíno até o
consumidor, passando pelos fabricantes de bebidas. Os reflexos da atividade
contribuem de várias maneiras para elevar o nível de qualidade de vida das
cidades brasileiras", ressalta Giosa.
Um dos principais
efeitos do programa de reciclagem é a geração de renda permanente para as
pessoas envolvidas na coleta das latas vazias. Cooperativas de catadores,
aposentados, desempregados e subempregados encontram na coleta de latas
destinadas à reciclagem um fonte de renda ou a complementação de outras
fontes. Além disso, a reciclagem das 82.300 toneladas em 1998 representou
enorme economia de espaço nos aterros sanitários das cidades, equivalente a
mais de 16.000 viagens de caminhões de lixo.
A ABAL estima que mais
de 100 mil pessoas vivam exclusivamente de coletar latas para reciclagem,
recebendo, em média, três salários mínimos por mês.
A Latasa também
desenvolve com sucesso o Programa Permanente de Reciclagem da Lata de Alumínio
no Chile e na Argentina, países da América Latina onde a empresa também tem fabricas.
Reciclagem 1.
Biodegradação: Pequenos
detritos que se jogam na rua podem se acumular por décadas e vencer os
micróbios cujo trabalho evita que o planeta seja soterrado pelo lixo. Graças
ao processo natural de biodegradação, bactérias, fungos e outros micróbios
se alimentam da matéria orgânica do lixo, transformando-a em compostos
mais simples, que são devolvidos ao ambiente.
A
matéria orgânica é formada de extensas cadeias de carbono à qual se
penduram outros átomos. Os microorganismos quebram a cadeia junto ao
carbono e aproveitam a energia encerrada na ligação química. Os micróbios
tendem a quebrar o maior número de ligações e arrancar do composto
original a maior quantidade de energia possível. Por isso é que no final
restam materiais extremamente simples. Mas isso depende do tipo de degradação:
quando ela é aeróbia o processo é muito eficiente. Seus restos são
elementos como o nitrogênio e o enxofre, anteriormente pendurados às
cadeias de carbono. Na decomposição anaeróbia, sem oxigênio e menos
eficiente, os restos são mais complexos, como o gás metano e sulfídrico. Esse
trabalho pode demorar um século ou mais. O tempo depende de vários
fatores. O calor e a umidade do solo, por exemplo, estimulam o crescimento
e a atividade de microorganismos aeróbios. Assim, quanto mais quente e úmido
for o local, mais rápida será a decomposição. Por outro lado, as águas
e os terrenos ácidos limitam a capacidade de desenvolvimento de
microorganismos. Os ácidos, metais pesados e substâncias tóxicas
prejudicam as bactérias, podendo chegar a matá-las.
Outro
problema: a gastronomia dos microorganismos. Certas colônias de bactérias
de um determinado terreno não são capazes de decompor resíduos -
facilmente devorados por outro tipo de micróbio. Por exemplo, se o
terreno não dispuser de uma quantidade razoável de oxigênio, diversas
substâncias, como o azeite e alguns pesticidas, não sofrem degradação.
É difícil determinar as preferências e localizações das incontáveis
espécies de bactérias. As mais conhecidas são as anaeróbias e entre
estas as mais comuns pertencem a um grande grupo chamado de metanogênenico,
pois produzem metano. Em
vista de tudo isso, é claro que sempre vale a pena procurar uma lata de
lixo - mesmo assim persiste o risco de o planeta se converter num autêntico
lixão. Basta ver os dados do Plano Nacional de Limpeza Urbana (Planurb),
do Ministério da Ação Social. Aí se estima que o Brasil produz uma
montanha de mais de 80.000 toneladas de lixo por dia, das quais só metade
é coletada. Da parte que é coletada, o Planurb indica que 34% vai para
lixões a céu aberto e 63% termina em beiras de rios e áreas alagáveis.
Não transmissíveis pela água. Cada cidade tem seu sistema de
reciclagem, que reduz os resíduos e também economiza recursos, pois
aquilo que se recupera do lixo volta à fábrica como matéria-prima. É
uma pena que, em São Paulo, das 12.000 toneladas diárias de lixo, apenas
0,8% sejam recicladas. 2.
o tempo de decomposição dependerá do tipo de lixo: O lenço de papel: 3 meses.
A
lignina, substância que dá rigidez às células vegetais é o componente
mais importante do papel. Ela não se decompõe facilmente pois suas moléculas
são maiores do que as bactérias que as destroem. Num lugar úmido, o
papel leva 3 meses para sumir e ainda mais do que isso em local seco. Além
disso, um papel absorvente dura vários meses. Jornais podem permanecer
intactos por décadas. O
palito de fósforo: 6 meses.
Começa
com a invasão da lignina - seu principal ingrediente - por hordas de
fungos e insetos xilófagos, os que comem madeira. O processo é lento e,
em um ambiente úmido demora em média 6 meses. A
maçã: 6 a 12 meses.
Os
microorganismos, insetos e outros seres invertebrados transformam a matéria
orgânica de forma eficaz. No entanto, o miolo se decompõe em 6 meses num
clima quente e pode-se conservar por 1 ano num lugar mais ameno. Isso
porque o orvalho (ou a neve) dificultam a proliferação dos micróbios e
diminuem sua capacidade devoradora. A
bituca de cigarro: 1 a 2 anos.
Tempo
em que as bactérias e fungos digerem o acetato de celulose existente no
filtro. Jogar um cigarro sem filtro é menos nocivo uma vez que o tabaco e
a celulose levam 4 meses para sumir. Contudo, se jogado no asfalto, o
tempo de vida da bituca é maior. O
chiclete: 5 anos. Começa
a ser destruído pela luz e pelo oxigênio do ar, que fazem perder a
elasticidade e a viscosidade. A goma contem resinas naturais e
artificiais, além de açúcar e outros ingredientes, o processo pode
durar até 5 anos. A pulverização do chiclete é mais rápida se ele
gruda no sapato de algum distraído. A
lata de metal: 10 anos.
Metais,
em princípio não são biodegradáveis. Se desintegra em 10 anos
transformando-se em óxido de ferro. Em 2 verões chuvosos, o oxigênio da
água começa a oxidar as latas de aço recoberto de estanho e verniz. Uma
lata de alumínio não se corrói nunca. A
garrafa de plástico: mais de 100 anos.
Sua
durabilidade e resistência à umidade e aos produtos químicos - impedem
sua decomposição. Como existe há apenas 1 século não é possível
determinar seu grau de biodegradação, mas estima-se que demoraria
centenas de anos para desaparecer. A
garrafa de vidro: 4.000 anos.
Não
se biodegradará jamais. Sua resistência é tamanha que arqueólogos
encontraram utensílios de vidro do ano 2.000 a.C. Por ser composto de
areia, sódio, cal e vários aditivos, os microorganismos não conseguem
comê-lo. O vidro levaria 4000 anos para se desintegrar pela erosão e ação
de agentes químicos. 3.
Reciclagem do Lixo orgânico: O
lixo orgânico é atacado por microorganismos decompositores, como bactérias
e fungos. Ele causa mau cheiro e atrai ratos e insetos, veículos de
muitas doenças que são transmitidas ao homem.
Utilização
do lixo como adubo. O aumento populacional traz graves conseqüências
para os moradores das grandes cidades. O consumo de alimentos aumenta cada
vez mais, tendo como resultado o acúmulo de restos e embalagens nos depósitos
de lixo. Esses restos devem ser convenientemente tratados, para benefício
da higiene pública. Quando
o lixo orgânico é queimado em incineradores, restam apenas 10% em forma
de cinzas, quando esfriam podem ser usadas na construção de estradas. O
calor proveniente da queima do lixo no incinerador pode, entre outras
coisas, gerar eletrecidade. 4.
Reciclagem do lixo inorgânico: O
lixo inorgânico ou mineral, por sua vez, deixa resíduos no solo e no ar,
sendo responsável pela poluição. As partículas deixadas podem atacar a
visão do homem, e quando aspiradas, podem ser tóxicas. A paisagem perde
sua beleza e os terrenos que poderiam ser aproveitados são ocupados.
4.1
Metais: Nem
todo lixo metálico é levado para o aterro, algumas sucatas maiores são
deixadas em terrenos vazios que são chamados "ferro-velho".
Isso deteriora o ambiente, além de ser perigoso para saúde com o risco
do tétano. Alguns contém substâncias químicas tóxicas ou perigosas, e
até produtos radioativos, que vazam ao enferrujar ou quebrar seu
recipiente como freezers, aparelhos de raio - X, carros, etc.
4.2
Aço: É
separado facilmente quando passado por uma máquina que possui um enorme
eletroímã na parte superior que atrai os objetos de aço. Nas fábricas
ele é derretido e reciclado para originar novos produtos. Todo aço que
usamos possui um quarto de aço reciclado em sua composição, inclusive
em produtos como carros.
4.3
Alumínio:
4.4
vidro:
4.5
plástico:
4.6
plástico biodegradável: Os
plásticos são polímeros, material feito a partir da união de pequenas
moléculas que formam uma grande. Cada molécula de plástico tem centenas
de milhares de átomos, principalmente carbono e hidrogênio, formando o
polietileno. Pode ainda haver átomos de oxigênio, no caso do poliéster,
de nitrogênio do nylon e de flúor no teflon. A molécula resultante
dessa mistura é muito estável, ou seja, é difícil de ser destruída.
Quando o material é jogado fora, resiste muito tempo às intempéries e não
se decompõem (não é destruído pelas bactérias), formando acúmulos
indesejáveis. Uma
das principais formas de fazer plástico biodegradável, aquele que pode
ser transformado em moléculas pequenas e destruído pela ação de bactérias,
é inserir grãos de amido no material. O amido é um polímero de origem
vegetal, resultado da união de moléculas de açúcar. Ele é obtido a
partir do milho, mandioca, batata e cereais. Quando o plástico é
misturado com amido e abandonado, sofre um processo de decomposição
natural, porque as bactérias transformam o amido em moléculas menores,
desmanchando todo o conjunto. Além disso, se o plástico for colocado no
solo, os grãos de amido absorvem água e se expandem, quebrando o polímero
em pequenos fragmentos que podem ser facilmente digeridos pelas bactérias.
4.7
Papel:
5.
Coleta seletiva: É
na realidade uma forma complementar do modelo convencional. Trata-se da
separação, pelos próprios moradores, de materiais passíveis de serem
reciclados (papéis, vidros, plásticos etc.) e que são posteriormente
classificados, preparados para comercialização e vendidos, ficando,
algumas vezes, o produto da venda com a própria comunidade. O que não é
separado, entretanto, necessita ser coletado pelo sistema convencional. Em
vários países da Europa onde a coleta seletiva é realizada graças à
colaboração efetiva da população, é obtido um máximo de 20% de
material coletado seletivamente, em relação ao total de resíduos
domiciliares produzidos.
Em
São Paulo, a população leva o material separado até os Postos de
Entrega Voluntária - PEV’s - espalhados pela cidade. 6.
USP fará reciclagem de lixo hospitalar:
O
Hospital Universitário transformará resíduos em material para construção.
A máquina recebe 100 litros de material de alto risco (seringas usadas,
curativos e até órgãos humanos etc.) que serão usados como matéria-prima
na construção civil e são transformados em 1 quilo de inofensivos
blocos de pedra. A partir de novembro, o Hospital Universitário da USP
tornará real esse projeto de 2,6 milhões de reais, desenvolvido pelo
Instituto de Pesquisas Tecnológicas.
É
uma usina de tratamento de resíduos hospitalar via plasma - terá
capacidade para processar 70 toneladas de lixo produzidas diariamente
pelos hospitais de São Paulo (cerca de 1/3 da produção da cidade). A
verba para o desenvolvimento da tecnologia foi conseguida por meio de convênio
com a construtora Heleno & Fonseca. Tem prioridade para o Hospital das
Clínicas, ligado a Faculdade de Medicina da USP e os demais poderão se
utilizar da usina, com custo a ser definido.
O
tratamento via plasma transforma a maior parte do lixo em gases, por meio
da tecnologia do plasma térmico. O material é processado em uma tocha,
alimentada principalmente por energia elétrica, a uma temperatura
superior a 1.500°C. A parte que não se gaseifica é transformada em vítreo,
uma espécie de pedra de vidro com várias aplicações em especial a
construção civil. Outra vantagem da tecnologia do plasma térmico é que
os gases após passarem em uma turbina poderão gerar eletrecidade. E a
quantidade de energia produzida é suficiente para suprir o próprio
Hospital Universitário.
Custos 1.
Sujeira recorde: A
produção do lixo dobrou nos últimos 15 anos, tornando-se um grande
problema para as cidades. Sendo que, a cada 24 horas o Brasil produz
240.000 toneladas de lixo. O
volume do lixo doméstico também duplicou nestes últimos 15 anos em
conseqüência do aumento de nosso poder aquisitivo e também da mudança
em nossa forma de consumo. Esta mudança esta relacionada com o aumento do
consumo de produtos industrializados como: refrigerantes descartáveis,
leites com embalagem longa - vida etc.
O
problema maior é que, enquanto nossos hábitos mudaram nos levando a
consumir produtos de melhor qualidade, a forma de tratar o lixo não
mudou. Hoje, 95% do lixo não é tratado parando em lixões. Neste lugar,
os ratos e urubus se alimentam desse lixo e o solo e as águas subterrâneas
são poluídas. Em
1.982, cada brasileiro jogava fora em média 500 gramas de lixo. Em 1.996,
cada brasileiro jogou fora 750 gramas de lixo. Comparado aos japoneses que
jogam fora 2 quilos de lixo por dia, o brasileiro joga pouco. A diferença
é que o Japão esconde seu lixo nos países vizinhos, pagando a estes por
esse tipo de serviço. No Brasil, o lixo fica a céu aberto, levando até
400 anos para se decompor. A
superprodução de lixo também está relacionada a mudança de hábitos
dos brasileiros. Produtos com a maionese; eram feitos em casa nos anos 60,
além de outros. Hoje tudo se compra feito.
Um
único hipermercado gera 10 toneladas de lixo por dia. Outro tipo de lixo
perigoso é o lixo tecnológico, os computadores e televisores, são
exemplos que formam este tipo de lixo. As pilhas usadas liberam cádmio e
a tela dos televisores deixa vazar chumbo. Essas duas substâncias se
infiltram na terra, contaminam o lençol freático e podem entrar na
cadeia alimentar. Outro
fator que contribui na superprodução do lixo é o desperdício de
alimento. Nos Estados Unidos, 30% do lixo é orgânico. Em Curitiba onde o
lixo em nosso país é melhor tratado, esse tipo de lixo chega a 66%.
Hoje
menos de 3% do lixo passa por processos de compostagem (transforma o lixo
em adubo), ou incineração (queima do lixo). Apenas 2% é reciclado. Reciclar
é 15 vezes mais caro do que jogar o lixo no aterro sanitário.
Países
como França e Alemanha deixam esse tipo de problema para a iniciativa
privada. Nestes países quem fabrica embalagens e produtos poluentes, são
responsáveis também pela reciclagem junto ao consumidor.
2.
consórcios intermunicipais entre as prefeituras:
Com
a finalidade de resolver os problemas financeiros e melhorar a prestação
de serviços públicos os prefeitos estão se unindo em Consórcios
Intermunicipais para dividir os custos sem ter que mexer no cofre do
Estado. "O Consórcio é um ótimo caminho porque está cada vez mais
caro oferecer serviços públicos de boa qualidade", diz o sociólogo
Marcos Coimbra. "Simplesmente não há soluções técnicas de baixo
custo para os municípios que contam com mais de 3.000 habitantes". Onde
o lixo entra nesta história? Seguindo
o exemplo, dos Consórcios Intermunicipais, a prefeitura de Três Passos
(cidade gaúcha), procurou se unir as cidades vizinhas, para juntas
construírem uma usina de reciclagem que desse conta do lixo da região.
Três Passos produz 10 toneladas diárias de lixo e transporta esse lixo
para a usina de Palmeira das Missões (cidade distante 170 Km). As cidades
vizinhas geram diariamente 20 toneladas de lixo. Como todas essas cidades
não podem fazer como o Japão (depositar seu lixo em outro país), por
falta de dinheiro o jeito é despejar todo esse lixo em lixões. Todas
essas cidades chegaram a um senso comum: "construir uma usina
comum". Esta usina sairá por 350.000 reais e 70% desse valor será
pago pela Fundação Nacional de Saúde (o que corresponde a 245.000
Reais) e o restante, 30%, será dividido entre as cidades (o que
corresponde a 105.000 Reais), de acordo com o lixo produzido em cada uma.
Os
países industrializados produzem 500 milhões de toneladas de lixo urbano
por ano. O Brasil produz 260 quilogramas per capita por ano.
3.
plano real eleva descarte nas capitais:
Após
o plano real, em 1.994, a produção de lixo aumentou. Esse resultado, é
mostrado pela Abrelp (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública).
Em
1.992, na Grande São Paulo, o lixo era de 763 gramas por dia por pessoa.
Em 1995, houve um aumento de 12,88%, o lixo passou a ser de 824 gramas por
dia por pessoa. Esse índice chegou a 920 gramas em 1.997.
Na
cidade de Curitiba em 1.991, o índice médio de lixo era de 454 gramas
por dia por pessoa, após o real em 1.996, chegou ao índice de 642 gramas
por dia por pessoa, houve um aumento de 22,56%.
No
Rio de Janeiro, a produção era de 639 gramas por dia por pessoa. Hoje
esse índice, chega a 791 gramas por dia por pessoa, houve um aumento de
22,56%. Em
Salvador produzem hoje em média 39,44% mais lixo do que em 1.994.
Descartam hoje 786 gramas por dia por pessoa.
4.
serviços privados - custam menos: O
lixo das grandes cidades pode se tornar importante para indústrias de
reciclagem de novos produtos. Os serviços de limpeza pública sendo feito
por empresas privadas reduz seu custo e melhora a qualidade do serviço.
Em países como Canadá e Estados Unidos os serviços públicos custam 35%
mais caro do que os serviços contratados podendo chegar a uma diferença
de 80%. Cidades como São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba, já vem
privatizando o seu lixo. Segundo
a Comissão Econômica para América Latina e Caribe da ONU, os lixões
representam uma das principais causas de doenças em países pobres.
Nestas regiões, muitas pessoas sobrevivem da coleta de lixo. A melhor
maneira de combater os efeitos negativos que os lixões produzem, é criar
usinas de compostagem e reciclar o lixo familiar. Entre 5 e 10% desse
lixo, é separado e reaproveitado como matéria-prima para novos produtos
(latas, vidros, plásticos etc.) que quando reciclados, economiza e polui
menos. No
Brasil existe 10 usinas de reciclagem e compostagem. A melhor é a de
Jacarepaguá no Rio de Janeiro. Lá se produz 200 toneladas de adubo orgânico
e 60 toneladas de materiais recicláveis por dia. 5.
Produtividade e Qualidade na Varrição e Coleta: A
varrição foi privatizada para diminuir os custos, e contribui para
modernização do serviço. Varrição tem produtividade média de 180 a
200 metros por homem por hora. Varrer as calçadas e as ruas são coisas
diferentes mas algumas prefeituras sugerem que sejam tratadas como se
fossem iguais. Os funcionários devem usar uniformes de cor viva e os veículos
com sinalização luminosa e sirene.
6.
Projetos de limpeza na cidade: Projeto
cidade limpa: Este
projeto foi uma campanha iniciada nas favelas de São Paulo, onde os
moradores trocavam lixo por alimentos. Esta campanha tinha por objetivo
evitar que os córregos fossem atingidos por poluentes que prejudicassem
sua vazão, evitando com isso as enchentes. São Paulo produz 14 mil
toneladas de lixo por dia e possui 2 usinas que tratam de 950 toneladas de
lixo. A capital tem 5 aterros e 2 incineradores.
O
trabalho junto as crianças com a "Maratona do Lixo" incentivo a
coleta de material reciclável com premiação para escola que se
destacasse. Além da instalação de 30 mil lixeiras na cidade.
7.
Aterro Sanitário: O
Aterro Sanitário é uma solução mais econômica que as usinas de
compostagem e incineradores, requer investimentos na ordem de 200 a 300
US$. Porém o tem que ser aprovado pela Secretaria Federal do Meio
Ambiente e órgãos fiscalizadores estaduais. O documento para aprovação
do projeto RIMA demanda gastos e muito tempo de tramitação nos órgãos
governamentais, a burocracia desestimula a instalação de aterros
predominando o lixão. 8.
Reciclagem e Biodigestores: Reciclar
os materiais do lixo como vidro, plástico, latas etc. custam em média 15
vezes mais caro do que a formação de aterros sanitários (o que daria um
custo de 3.000 a 4.500 US$). A
implantação de Biodigestores de Fluxo Ascendente (desenvolvido pela
Cetesb) para tratamento de esgoto com a Caixa de Areia e Gradeamento custa
de 13 a 30 US$ por habitante. Vantagens do sistema é que ocupa pequena área,
custo reduzido, baixo consumo energético, produz energia (metano),
simplicidade operacional etc. 9.
Incineradores: Não
é muito vantajoso do ponto de vista econômico. Um incinerador de melhor
tecnologia custa entre 150 e 350 milhões de reais. Os custos operacionais
são altos quando comparados com o custo de operação dos aterros sanitários.
Sem contar que a operação dos incineradores exige emprego de mão-de-obra
qualificada e tratamento específico dos gases emitidos durante o
processo, para evitar danos ao meio ambiente.
10.
estações de transbordo: A
operação de transporte dos resíduos, tanto os residenciais quanto os de
varrição, exigem que sejam transferidos dos veículos compactadores para
carretas de maior porte. Operação realizada nas estações de
transbordo, economizando assim tempo e combustível ao transportar de uma
única vez a quantidade de resíduos equivalente à capacidade de 3 veículos
compactadores. A LIMPURB opera estações de Vergueiro, Ponte Pequena e
Santo Amaro. 11.
Custos do lixo em osasco: Fonte:
Secretaria da Fazenda do Osasco. Os
gastos da Prefeitura com a coleta de lixo em Osasco é de valor total
igual a 17.000.000,00 R$. O
contribuinte: São todos os proprietários de prédios e terrenos vazios.
O
valor pago por esses contribuintes em relação a coleta de lixo, ou seja,
a taxa referente a limpeza pública:
Obs1:
Somente o imóvel industrial com área construída acima de 5.000 metros
quadrados tem um desconto de 40% no valor da taxa de limpeza pública.
Obs2:
Osasco possui uma população de 622.912 habitantes e produz 453,04
toneladas de lixo por dia por esses números podemos obter a média de
produção diária de uma pessoa que mora no município. Um morador do
município de Osasco produz 727 gramas de lixo por dia.
12.
custos da coleta seletiva: Coleta
seletiva custa aos cofres públicos 400 reais por tonelada de lixo
recolhido e vendido por cerca de 40 reais por tonelada para empresas de
reciclagem. Na cidade inteira custaria 100 milhões de reais por ano.
Querem adotar um programa de macroreciclagem (coleta seletiva
simultaneamente com lixo comum) os caminhões seriam adaptados com duas câmaras.
O programa só vai começar com a instalação de 2 incineradores, centros
de triagem e 1 usina de compostagem; um investimento de 800 milhões de dólares.
A prefeitura gasta em média 108 milhões de reais por ano para subsidiar
a triagem e reciclagem do lixo. O
Cempre (Compromisso Empresarial para a Reciclagem) - fone: 852-5200 -
indica compradores de material reciclado.
|
Reciclagem do Metal
O metal é extraído da natureza na forma de minérios. Ouro, prata,
cobre, chumbo, zinco, latão, alumínio e ferro são
alguns metais encontrados na natureza. Lixo
de Metal Lixo
de alumínio |
||
|
|
|
|
Reciclagem
do Plástico
O
plástico foi inventado há cerca de 150 anos, mas foi nos últimos 60 anos que
se descobriu como produzi-lo de maneira prática e econômica. A matéria-prima
do plástico vem do petróleo e do carvão. Como o petróleo é um recurso
natural não-renovável é necessário saber usar o que dele deriva. Os
produtos extraídos do petróleo são transformados em resinas plásticas. As
resinas podem ter sua composição química alterada dando origem a diversos
tipos de plásticos.
Existem cerca de 50 tipos de plásticos,
mas usamos basicamente dois tipos, os termoplásticos e os termofixos.
Os termoplásticos são facilmente
modelados quando quentes, podem ser novamente aquecidos pois amolecem e
derretem.
Os termofixo adquirem forma ao serem
comprimidos sob alta pressão. Esse tipo de plástico não derrete quando
exposto ao calor, como as tomadas e cabos de panela.
Reciclagem
do Plástico
O plástico não se decompõe
ao ser enterrado. A maioria do lixo que produzimos é levado para aterros sanitários
onde podem durar centenas de anos. Por isso devem ser separados para serem
coletados pela Coleta Seletiva onde são levados para a Central de Triagem. Na
Central de Triagem são separados os diferentes tipos de plásticos e enviados
para as fábricas de reciclagem onde são novamente derretidos junto com resina
de petróleo para a fabricação de novos produtos.
Código
da Resina Plástica
Algumas industrias
brasileiras imprimem o código da resina plástica na embalagem para
ajudar na identificação . A codificação é feita com um triângulo com um número
dentro. Cada número significa um tipo de resina.
PET – polietileno
tereftalato: garrafas de refrigerantes, óleo comestível, água mineral e remédios.
PEAD- polietileno de alta
densidade : sacolas de supermercados, frascos de detergente e de produtos de
limpeza, baldes e potes de sorvete.
PVC- cloreto de polivinila:
filmes que cobrem bandejas de frutas e vegetais, garrafas de vinagre e água
mineral.
PEBD – polietileno de
baixa densidade: embalagens de alimentos como arroz, feijão, açúcar, etc,
sacos de lixo e lonas agrícolas.
PP- polipropileno:
embalagens de massas e biscoitos, potes para margarinas e copos de água
mineral.
PS- poliestireno: copos
descartáveis, copos de água mineral, potes para iogurte e material escolar.
OUTROS- plásticos especiais
usados na fabricação de eletrodomésticos e computadores.
O Que Separar
RECICLÁVEL |
NÃO
RECICLÁVEL |
Embalagens
de refrigerantes |
Cabo
de panela |
Embalagens
de material de limpeza |
Tomadas |
Potes
de margarina |
Fios
Elétricos |
Copinhos
de café e água |
Cds
Velhos |
Canos |
|
Tubos |
|
Sacos
de plástico em geral |
|
Reciclagem do Papel
O
papel é feito a partir de fibras de celulose encontradas em madeira de árvores
como eucalipto e pinus. A madeira é descascada e cortada em pequenos pedaços
que são misturados com água e soda cáustica em grandes tanques e
cozidos para a separação da pasta de celulose.
A
reciclagem do papel não exige processos químicos diminuindo a poluição dos
rios e do ar, além de gastar a metade da energia usada para fabricar o papel a
partir da madeira. Após coletados pela coleta seletiva os papéis são levados
para a central de triagem onde são separados em fardos e vendidos para as fábricas
de reciclagem de papel. Na fábrica de papel as aparas são misturadas com água
em um grande liqüidificador. A massa obtida segue para o setor de limpeza onde
são retirados materias como metais, plásticos e areia. A pasta de celulose
restante vai para a máquina de fazer papel para a retirada da água, prensagem
e secagem para depois ser feito o papel reciclado. Para fazer uma tonelada de
papel são derrubados 20 eucaliptos, que demoram 7 anos para crescer.
Lixo de papel
O papel é um material tão útil e necessário, mas é muito desperdiçado. Ao desperdiçarmos o papel estamos desperdiçando energia e matéria prima de que ele é feito, a madeira. Nas grandes cidades cada pessoa gasta em média 2 árvores por ano.
Podemos diminuir o lixo de papel: usando menos papel. Podemos usar pano ou esponja em lugar do papel toalha. Substituir pratos e copos de papel, nas festas, pelos de plástico. Revisar o trabalho feito no computador antes de imprimi-lo,etc.
Pode-se reciclar o papel fazendo papel-machê,(mistura de papel picado, água e cola) para fazer inúmeros objetos ou brinquedos ou papel reciclado.
O Que Pode ser Separado
Reciclável |
Não-Reciclável |
Jornais
e revistas |
Papel
Carbono |
Caixas
Longa Vida |
Etiqueta
adesiva |
Folhas
de caderno |
Fita
crepe |
Formulários
de computador e fax. |
Fotografias |
Envelopes |
Tocos
de cigarros |
Caixas
em Geral |
Papéis
sujos |
Aparas
de papel |
Papéis
sanitários |
|
Papéis
metalizados |
Reciclagem da madeira
A
madeira é usada pelo homem há milhares de anos. Construindo casas, móveis,
barcos, pontes, usada como combustível etc...
A madeira pode ser classificada
em madeira de lei e madeira comum. A madeira de lei é produzida por árvores
que crescem lentamente e possuem folhas largas e planas. O carvalho termina de
crescer em torno de 200 anos. A madeira de lei é resistente sendo empregada
para fazer móveis, entalhes, esculturas, etc...
A madeira comum tem folhas finas
e compridas, como o pinus e o eucalipto. Crescem rápido, em 5 anos já estão
no ponto de corte. É com esse tipo de madeira que se fabrica o papel.
Lixo
de madeira
Refugos de madeira
provém principalmente de construções e casas demolidas. Normalmente o
refugo é queimado ou levado para aterros sanitários. Apesar da
madeira ser biodegradável, sua decomposição demora anos para acontecer.
No aterro sanitário o lixo
é socado por máquinas pesadas o que impede a circulação do ar. As bactérias
não conseguem viver sem ar, por isso a madeira não apodrece. Como as madeiras
são grandes, elas atulham o aterro sanitário, exigindo mais espaço para
acomodar novos entulhos.
Queima
de madeira
Refugos de madeira não devem ser
queimados pois poluem o ar. O fogo necessita de oxigênio do ar para queimar,
enquanto queima, a madeira desprende um gás, o dióxido de carbono, mais
conhecido como gás carbônico . Esse gás na atmosfera ajuda a reter o calor
procedente da terra e evita que ele escape para o espaço causando o que se
chama efeito estufa. O efeito estufa ocorre também devido a queima de combustíveis
fósseis.
As árvores são importantes pois
absorvem gás carbônico do ar devolvendo oxigênio. Quando muitas árvores e
florestas são derrubadas vai menos oxigênio para a atmosfera. As árvores
protegem o solo, mantendo-o úmido e protegido do sol. Impedem a erosão através
de suas raízes que retém o solo no lugar.
As florestas estão sendo
devastadas em todo o mundo. Em muitos lugares queimam-se árvores para limpar o
terreno mais rapidamente, construir represas, cavar minas, plantações
e pastagens.
Há milhões de plantas
diferentes nas florestas tropicais. Existem muitas espécies ainda não
descobertas. E elas podem sumir para sempre se as florestas forem destruídas,
pois com as derrubadas destrói-se também o habitat de plantas, insetos, pássaros
e animais.
RECICLAGEM DO LIXO
|
||
|
|
|
A
Reciclagem é considerada o melhor destino para o lixo, pois trata o lixo
como matéria prima a ser reaproveitada para fazer novos produtos. Podemos
reciclar o vidro, o plástico, o metal e o papel, diminuindo a quantidade
de lixo dos aterros sanitários e ajudando a preservar o meio ambiente. |