Luciano Moraes
flores- maio/1998
"TODO SER HUMANO É POETA, MESMO QUE NÃO SAIBA"
Willian Blake
INTRODUÇÃO
A BuscaEstas poesias são guiadas pelo sentido de busca, sentimos essa busca na linguagem simbólica com que estão escritas , e esta resgata, a partir de imagens e da própria musicalidade das palavras um significado oculto e íntimo dentro das poesias .Entre essas buscas se destacam os temas :
Primeiros poemas e as Marteladas
- a busca CONHECIMENTO ; e de transmiti-lo com todas as forças.
- a busca da NATUREZA , de amá-la e se integrar a ela;
- do AMOR que, combinado a um erotismo sagrado; domina o poeta.
- a busca de si mesmo (universo interior) e de comungar com o todo o Universo.
“Tenho receio quando lêem meus primeiros poemas, me sinto como cortado ao meio, escrevi o que sentia quando tinha meus quinze anos, e muitas vezes não é o que sinto hoje, ou como faria hoje, mas não posso destruí-los, são a memória de minha juventude”. Essa afirmação mostra a metamorfose que sofre a obra, “primeiro queria chocar, chamar atenção, depois me tornei mais complicado e misterioso, e por fim, vi meu verdadeiro objetivo, que não era nem criticar nem esconder o mistério, mas sim dar “marteladas”.
Muitos acham a poesia como algo suave, bem ... é e não é , é melhor não compreender com o intelecto as coisas; a poesia é como dar marteladas na cabeça ou flechadas no coração, ela não quer resolver e sim abrir inquietudes dentro de nós, assim se mistura a morte e o nascimento, destruição e criação ...não temos que compreender a poesia, e sim vivenciá-la , sentir por si mesmo, ser o próprio poeta, pois a poesia não tem limites, é infinita, e todo ser humano é poeta, mesmo que não saiba.”
Nos primeiros poemas já trata do tema do que é o amor :
O que é o Amor?
Que estranho passageiro ?
De onde vem? Ninguém sabe
Mas desconfio que é do mais puro
e alto canto da alma.
e da busca do conhecimento e de si mesmo
Realmente, não conheço a mim mesmo
e não compreendo o mundo em si
De onde vim e para onde vou
Me ensine, que aprenderei
mas não tenho nada para dar.
Não observa muito a rima e busca uma forma livre de se expressar.O Erotismo e o Amor
Uma marca destas poesias é um erotismo crescente, que se alia a um sabor de sagrado, pois “O Sexo é sagrado, e o corpo deve expressar a alma”. Assim as mulheres se transformam ou em deusas ou em musas, e o poeta tenta fugir de toda a luxúria.
Vem meu amor... Sentir o aroma das \flores ...
Vem... mas vem logo, para poder dar a ti
o ósculo amado em tua boca
e ser como a abelha que suga todo o néctar delicioso
vem gozar na vida um amor
que é ditoso e divino.
A Crítica do MundoO Mundo está cheio de opressão e dor, e o poeta se vê obrigado a criticar todas essas injustiças e destruição
Onde o ódio é supremoA Natureza
e a luxúria. É a ordem !
Para as mulheres violentadas
e para os homens estripadosA Natureza é a nossa grande mãe, o poeta anseia viver nos campos, rodeado das árvores e da beleza da natureza, antes que o homem a destrua.
E lá existe árvores num bosque
num belo dia de primavera
porém ao luar ...
Quem nós somosO poeta indaga qual é a nossa verdadeira natureza, somos egoístas e cheios de defeitos, porém existe a possibilidade do trabalho sobre nós mesmos, de mudar os nossos erros, de buscar A Revolução da Consciência, o poeta se arrepende de seus erros.
Mas me arrependi de meus atos
das falhas cometidas
dos meus pecados
de tantas vidas perdidas.
Assim, além desta busca , muitos poemas contam sonhos simbólicos, parábolas , práticas como o desdobramento astral (quando vamos para o mundo dos sonhos de forma consciente) ou a concentração no coração (imaginando nele a própria natureza) e tudo que tenha a ver com esse entusiasmo: DENTRO DE CADA UM DE NÓS EXISTE TODO UM UNIVERSO, MAIS VASTO QUE TODAS AS ESTRELAS E GALAXIAS DO CÉU JUNTAS , ESPERANDO SER DESCOBERTO.Araras, 27 de janeiro de 1999
Luciano Moraes
Número de Poesias 108 + 1 (109) Período da Obra jan/1990 (27 EA) a jan/1998 (36 EA) Nome Poética do Íntimo Autor Luciano Moraes Formato da Obra word rtf - zipado Tamanho da Obra 52 Kb