Luciano Moraes
Musa dos Cânticos - setembro/2000
Introdução às musasSintam , ó Musas ! O Amor. Quando o poeta se inspira em sua deidade, assim foi desde os tempos primordiais, se inspirou em sua figura erótica e sagrada, a qual tem enlevado seus sonhos mais íntimos ...
Poder sentir na vida um amor de todo puro, que enaltecesse a compaixão, a dedicação, a simpatia e a suprema adoração ao ser amado, que isso seja possível ! Ó Musas inefáveis ! A mulher sagrada e, ao mesmo tempo, uma sacerdotisa do amor; e o guerreiro místico e iniciático, que é capaz de dor sua própria vida para que sua amada vida, devem se encontrar formando o idílio perfeito, retornando a edênica origem da humanidade.
Na Era de Ouro o homem e a mulher se complementavam por toda um vida, cheio de amor, romantismo, sublime adoração, o amor é profundamente sagrado, e combina o corpo com a alma.
Salomão toma a palavra no seu Cânticos dos Cânticos, onde louva o conúbio secreto entre o esposo e a esposa, os quais vão se comparando as partes inefáveis da natureza, inspirado no grande Salomão temos o primeiro e mais grandioso poema desta coletânea, o Cântico dos Cânticos para os amores sublimes e inefáveis que ainda existem hoje em dia.
Na Índia, o erótico e o sagrado se misturavam, nas esculturas, nas poesias, em tudo, misturaremos também o erótico e o sagrado, transformando o corpo em muito mais do que simples matéria revestida de energia, muito além do desejo que só vê a forma , o transformaremos no veículo do amor divino, no próprio deleite dos deuses.
Enfim, ó Musas que me inspiram nesta Nova Era que se principia, o sexo é algo sagrado e ponte para o divino, , o poeta vê, em sua poesia amorosa que a mulher é um misto maravilhoso de musa, deusa e sacerdotisa e também um Ser plenamente consciente de suas possibilidades, ela é reflexo da própria criação divina, pois, se o homem foi criado a semelhança de Deus, naquele momento ele não era somente homem, mas sim homem-mulher, já que os dois ainda não tinham se separado, era um ser andrógino, o ser original...
Por isso, ó Musas que invoco ! Eu lhes digo. Sempre ansiamos achar a metade que nos falta, nós ansiamos retornar, do fundo do nosso coração, ao Adão-Eva paradisíacos, puros, virtuosos, integrados com a natureza e com o Cosmos, e amando e se complementando intensamente um ao outro.
Brasil
Janeiro/2000Luciano Moraes
Número de Poesias 84 (9 + 75) Período da Obra 1999 (37 EA) Nome Cantico dos En Cantos Autor Luciano Moraes Formato da Obra word rtf - zipado Tamanho da Obra 57,7 Kb