Fisiopatologia:
O
aspecto mais proeminente e usual é o de sinovite. A sinovial torna-se
edemaciada e avermelhada e as vilosidades aumentam em volume, ocupando grande
parte da cavidade articular. A articulação fica distendida porque, além da
sinovial estar inflamada e hipertrofiada, ultrapassando o espaço normalmente
existente, há um aumento do líquido sinovial, que fica turvo e com menor
viscosidade. As vilosidades sinoviais, de início, recobrem frouxamente a
cartilagem articular para, a seguir, aderirem firmemente margens cartilaginosas,
substituindo-as. Adotando um caráter circunferencial, o tecido sinovial cresce,
cobrindo a cartilagem, ligando-se de tal maneira que ela não pode ser
destacado.
Por
razões ainda não bem esclarecidas, logo de início os ligamentos ficam
frouxos, os músculos se atrofiam e a pele que recobre a articulação torna-se
tensa e atrófica. O osso torna-se osteoporótico e o tecido de granulação
sinovial pressiona-o: sob a ação do movimento articular há penetração do
pannus e do líquido sinovial, originando-se pseudocistos intra-ósseos.
A cavidade articular enche-se de fibrina, que se
organiza e oblitera a articulação, começando o processo de anquilose. Nessa
fase crônica o edema vai regredindo, as vilosidades tornam-se menos
proeminentes e pálidas e a grande efusão sinovial cede, como se estivesse
evitando a formação de aderências.