OBESIDADE: O CAMINHO DA PREVENÇÃO
A obesidade é um processo que está
associado,
quase sempre, a múltiplas causas simultaneamente.
Podemos classificar essas causas em
fatores internos (biológicos) e externos (ambientais).
Os fatores internos são divididos em genéticos e
metabólicos:
Estudos populacionais mostram que 80% das crianças que têm pai e mãe obesos tornam-se obesas. Quando só um dos pais é obeso, a chance é de 40%. Se nenhum dos pais apresenta obesidade, o risco é de apenas 7%.
Algumas crianças engordam mais do que as outras porque o "metabolismo" isto é, como o organismo de cada um funciona, é mais lento, facilitando o aumento de peso. Já outras têm mais dificuldade para ganhar peso em função do seu metabolismo.
Já os fatores externos são aqueles que fazem parte do ambiente em que a criança vive. São divididos em psicológicos, alimentares e atividade física.
A criança pode buscar no alimento a "solução" de seus problemas. Pode-se alimentar em excesso, como um mecanismo de compensação ou de defesa; isto pode ocorrer, por exemplo, em situações de problemas familiares.
As preferências alimentares, a quantidade e a forma de preparo da alimentação da criança podem levar à ingestão de calorias e nutrientes acima de suas necessidades, levando ao excesso de peso ou a obesidade.
É de grande importância a conduta dos pais nesse processo em
que está sendo definido a preferência alimentar da criança.
Mães que oferecem, vários lanches ao dia e que, no simples
preparo de uma vitamina ou suco de frutas ou mesmo no consumo de
frutas "in natura", acrescentam um pouco mais de
açúcar ou, ainda excedem nos cereais, para deixar o lanche
"mais nutritivo", podem estar criando um hábito de
super alimentação.
O conhecimento do valor nutricional dos alimentos é uma medida
preventiva importante no combate da obesidade. Para os bebês,
mais uma vez, nada melhor que o leite materno, como o único
alimento até os seis meses, para prevenir a obesidade, e
desenvolver no recém-nascido o controle da fome e saciedade.
O estilo de vida da criança se reflete diretamente no seu peso. Crianças que preferem atividades mais sedentárias, gastam menos energia em relação as mais ativas, potencializando o surgimento de depósitos de gordura. A criança menos ativa, mesmo que não coma em excesso, têm maior risco de se tornar obesa. É muito importante estimulá-las a fazer atividade em ambientes ao ar livre, a passear a pé, ir a parques e participar dos serviços domésticos.
É fundamental saber que se o ambiente for favorável, ou seja, se houver bons hábitos alimentares e prática regular da atividade física, a obesidade dificilmente será desenvolvida, mesmo que haja predisposição genética.
O excesso de peso na infância pode levar ao aumento dos níveis de gordura no sangue, à hipertensão, a problemas ortopédicos, musculares e dermatológicos, a diabete e doenças cardiovasculares.
Vamos pensar com carinho sobre o "assunto", garantindo aos nossos filhos uma boa qualidade de vida = alimentação saudável + atividade física.
Fonte: Dra. Maria Cristina Elias (CRN 2299)
Nutricionista