A  ROSA  BRANCA
 
 
                        

A insana ousadia de apoderar-se do poder, do partido político, do país, dos vizinhos e do mundo, atrelou-se o sonho nazista aos de outros loucos e criminosos que macularam a história da humanidade.
                        

Experimentou-se um sem fim de atrocidades, barbaridades contra a liberdade,  contra o maior patrimônio dos homens: A vida!
                        

Os facínoras, covardemente, sempre buscam os motivos mais torpes que possam isentá-los dos seus crimes ignóbeis.
                        

Muitos foram contaminados por essa epidemia. Robotizaram as crianças germânicas que nada conheciam além daquele fanatismo que lhes impunham a propaganda oficial.
                        

Lamentavelmente muitos foram levados, ou obrigados, ao sonho do surgimento do grande Reich. Mas, o que ou quem há de ser grande à custa das misérias impostas à civilização?      
                        

Nesse agosto de 1998, alvoroçou-se na cidade de São Paulo, Brasil,  a população mais esclarecida, pois circularam manifestos de profundo teor discriminatório contra as minorias raciais e sociais. 

Descobriu-se que no vértice de tal movimento está um jovem cujo sobrenome abriga o peso “Amaral Gurgel”-família tradicional local.
                        

Indagado pelo radialista que abria espaço democrático na programação vesperal, o jovem justificou a paternidade dos panfletos e proclamou-se “marqueteiro”. Disse que não era um qualquer. Afirmou, com orgulho, ser “branco”,  “universitário”, com grande admiração por Hitler.  

E, ainda, continuou, que a história fora escrita, como sempre, pelos vencedores, necessitando assim ser revista.
                        

Obviamente ficamos atônitos com as ponderações vesânicas.
                        

Pois bem. Ao “universitário” é bom esclarecer que houve na Alemanha uma revolta estudantil iniciada na Universidade de Munique contra o nazismo, espalhando-se para outras universidades por  meio das chamadas Cartas da Rosa Branca.
                        

Tal propaganda antinazista obteve seu ápice após a derrota da Alemanha em Stalingrado, em fevereiro de 1943, pela então  União Soviética.
                        

O derradeiro e mais célebre protesto dos estudantes de Munique começava:
                        

“Colegas Combatentes da Resistência
                        

Abalado e despedaçado, o nosso povo contempla a perda de homens em Stalingrado... insensata e irresponsavelmente conduzidos à morte e à destruição pela estratégia inspirada do nosso cabo da I Guerra Mundial...”
                        

Denunciados à Gestapo, seus líderes Hans Scholl, aluno de Medicina, 25 anos; sua irmã Sophie Scholl, 21 anos, e Kurt Huber, professor de Filosofia, foram presos, “julgados” e condenados à morte. Cabe salientar que os interrogatórios foram tão brutais que Sophie compareceu ao Tribunal com a perna quebrada e de muletas dirigiu-se ao local de execução.
                        

As últimas palavras de Hans Scholl foram: “Viva a Liberdade!”
                        

Dias depois foram executados o Prof. Huber e outros estudantes envolvidos.
                        

Nota-se assim que o povo alemão é distinto  e foi  vítima da sociedade alucinada, nazista-hitlerista, da mesma forma como os “brancos  universitários  gurgéis”.
                        

A esses  a  Rosa Branca.
                        

Viva a Liberdade!
                        

Viva a Liberdade de existir, coexistir entre todas as etnias e expressões religiosas, pois só assim o homem poderá fazer evoluir sua “consciência humana e universal”.
 
 
                         

N. do A.: Quando se vive numa democracia que está ainda se firmando, como a brasileira, é bom lembrar as palavras de Winston Churchill: “...- nós temos de ter certeza que as finalidades honrosas e honestas pelas quais entramos na guerra não possam ser postas de lado nem descuidadas nos meses que se seguirão ao nosso êxito, e que as palavras ‘liberdade’, ‘democracia’ e ‘libertação’ não sejam desviadas do significado verdadeiro como nós as conhecemos. Não há nenhuma vantagem em punirmos os hitleristas por seus crimes se as leis e a justiça não forem estabelecidas, e se o governo ou uma polícia totalitária tomarem o lugar dos invasores alemães...” 
 

 
Ateliê da Alma
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