HOMEM GOSTA DE SER PEÃO?

 

Parece piada o senso brasileiro, que fala que em Salvador tem mais mulheres do que homens, mesmo quando homens comuns não conseguem conquistar sequer uma dessas fêmeas.

Alguns mitos são até engraçados, porque vão de encontro ao cotidiano normal de nosso povo. Por exemplo, até parece que grandes contingentes de mulheres, inclusive adolescentes, saem do interior do país para irem trabalhar e viver sozinhas nas capitais, enquanto os homens, que há tantos anos deixaram a zona rural para irem às grandes cidades, gostam de ganhar em média R$ 50,00 ao mês para trabalharem como peões na roça.

Na verdade, enquanto as mulheres do interior, em sua educação tradicional, só em uma pequena minoria migram para capitais como Salvador, os homens das mesmas áreas chegam aos montes para arriscar trabalho na terra de Castro Alves, e não é preciso recorrer a referências bibliográficas para comprovar isso. É só verificar os ônibus e mesmo os "paus de arara" que chegam a Salvador, que, com a maioria de passageiros sendo homens, acrescenta diariamente grandes contingentes masculinos à população da capital baiana.

Esses dados oficiais (ou oficiosos) só podem ser brincadeira. Agora o censo quer caipirizar o macho brasileiro? Não bastasse o presidente do IBGE ser irmão do comediante Bussunda, agora se diz que no interior há mais homens, só que nossa equipe, em várias viagens a cidades do interior do país, percebeu que lá as mulheres são bem mais disponíveis do que as das capitais, como Salvador.

E cadê os grandes contingentes de mulheres nas capitais? Elas vivem trancadas em suas casas? Se elas existem em abundância, por que não é fácil para um homem comum conquistar esse contingente feminino? Na verdade esse contingente "gigantesco" é somente mito, ou então mais da metade das mulheres de Salvador vive trancada em casa, como freiras autistas, o que seria um absurdo.

Realmente o turismo quer espalhar uma lorota dessas para enganar os solitários e deixá-los tristes à mesa de bar, chorando e bebendo cachaça porque as "mulheres disponíveis" acabaram de se casar.

 

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