B.O.H.M.)
Como foi o início da horda Agaures?
RES
- Azper/DiazM. – A banda surgiu em 1998 (no
falso calendário) por iniciativa de Azper e Völker
e logo após, foi necessário a integração de
DiazM. para constituir a base sólida que até
hoje se mantém. Várias mudanças ocorreram.
Muitos outros membros passaram pela horda, sendo
hoje conquistada a estabilidade necessária com
Tenebrae, Carnagium e Demogorgon para a propagação
do Black Metal em sua totalidade.
B.O.H.M.)
Á que princípios inspiradores foi tirado o nome
da horda?
RES
- Azper/DiazM. – A gênese nominal provem de uma
pesquisa conceitual relacionada a antigas civilizações
não teístas. O motivo desta apologia expressa o
caráter extemporâneo da nossa ideologia musical.
B.O.H.M.)
A horda já lançou dois materiais, a demo ensaio
“Obscure Shades” e o CD promo ao vivo
“Living Forms of Obscure Shades”, como foi ter
lançado estes dois materiais, e por que a escolha
de fazer um cd promocional ao vivo?
RES
- Azper/DiazM. – “Obscure Shades” teve
inicialmente o objetivo de ser um registro
restrito para a banda e os interessados que nos
acompanham desde o início de nossa jornada.
Devido à grande dimensão alcançada pela divulgação
espontânea deste material, surgiu a necessidade
de lançar algo de melhor qualidade para uma
amplitude maior de reconhecimento. A escolha do
formato Promo Live CD, apresenta além das músicas
anteriormente encontradas na Demo, mas também
toda a capacidade de reprodução “real” da
pura agressividade sonora/ideológica em torno da
lasciva obscura arte.
B.O.H.M.)
Estará sendo lançado pela Demise Records o debut
álbum “Unvirtue Vitae”, como está sendo
preparado este lançamento e quais são as
principais expectativas da banda quanto à isso?
RES
- Azper/DiazM. – Todo o processo (criação,
execução e produção) já está concluído e o
plano de divulgação também está traçado.
Seguramente este material será item essencial de
qualquer apreciador da música extrema underground
B.O.H.M.)
Como foi a gravação deste CD e eu gostaria que
dessem uma explicação do tema, composições,
quantidade de faixas, a escolha delas, etc. Enfim
falem sobre este álbum ainda desconhecido à
nossos olhos e ouvidos à qual aguardamos com
muita expectativa...
RES
- Azper/DiazM. – O processo de gravação de
nosso primeiro material oficial “Unvirtue Vitae”
ocorreu durante o inverno de 2001 (no falso calendário),
e possui em seu tracklist
nossas antigas músicas com diferentes arranjos e
cadência, buscando a devida exposição das
mesmas. As novas composições inseridas o
complementam musical e ideologicamente, apontando
para o futuro da evolução. As músicas se
entrelaçam em um só conceito: a negação
completa da virtude e seu moralismo deformado,
tendo como principal objetivo de ofensa o filho
primogênito da decadência humana, o tão odiado
(por nós), cristianismo. Este é o nosso primeiro
passo para a colaboração da reconstrução
arquitetural da nova transvalorização e o
triunfo individual na plenitude dionisíaca de
expressão de potência.
B.O.H.M.)
Como foi que chegaram até à Demise Records?
RES
- Azper/DiazM. – O contato inicial foi originado
por parte da gravadora. A Demise Recods veio até
nós. Estamos satisfeitos com a parceria formada.
B.O.H.M.)
Sobre a mesma label, suponho que vocês assinaram
com eles por acreditarem no metal real que a mesma
apóia, distribui e divulga, porém a Demise
divulga todos os seus lançamentos em revistas
especializadas de metal/rock como a polêmica R.Brigade,
porém como uma amiga minha diz à respeito do
tipo de divulgação, “qualquer surfistinha
revoltado pode comprar e adquirir o material” e
como vocês são fiéis representantes do real
black metal extremista, gostaria de saber qual é
o pensamento de vocês à respeito:
RES
- Azper/DiazM. – Todo meio de divulgação do
nosso conceito baseado no ANTI-CRISTIANISMO
RACIONAL traz benefícios para o AGAURES, para a
gravadora, para o público e enriquecimento do
sentimento de elevação potencial. Acreditamos
que “surfistinhas acéfalos” não tenham
capacidade de assimilar a carga musical/conceitual
que propomos. Dessa forma, colocamos em pratos
limpos a questão: o meio de divulgação
(revistas polêmicas ou o que for) não interferirá
na tríade que nos impulsiona: honestidade,
agressividade e racionalidade.
B.O.H.M.)
Acredito eu que atualmente no cenário black metal
brasileiro esteja bem representante no mundial,
porém sem expressar grandes expectativas,
gostaria de pedir de vocês a opinião sobre a
cena no Brasil atualmente.
RES
- Azper/DiazM. – Existem bandas que fazem um
trabalho digno de reconhecimento e respeito,
outras NÃO. Bandas que demonstram honestidade
conosco e com o meio underground (independente do
estilo- Black, Death, Heavy, Thrash ou Doom -),
merecem nosso total apoio. Já as que não possuem
dignidade suficiente e necessitam de meios
indiretos de impotente ataque (releases, zines e
etc), merecem então nosso desprezo. Isso
infelizmente ocorre com regularidade e corrói
nossa cena.
B.O.H.M.)
De Minas Gerais vem ótimas bandas do metal
extremo nacional, o que vocês acham do cenário
underground mineiro, quem vocês citariam como
exemplo?
RES
- Azper/DiazM. – O cenário mineiro está
inserido no contexto nacional. Na resposta
anterior, fazemos maior referência ao que ocorre
em Minas Gerais, pois não podemos fazer menção
ou dar declarações sobre algo que não
conhecemos com absoluta certeza. Por aqui citamos
nossos irmãos Lord Paymon, Mircalla, Unholy
Flames, Black Empire, Funeral Christ, Armillus,
Intelectual Moment, Astrum Aurora e Sarcasmo.
B.O.H.M.)
E do cenário brasileiro, quem vocês citariam?
RES
- Azper/DiazM. – In the profund Abyss, Holder,
Great Vast Forest, Insane Devotion, Alocer,
Miasthenia, Arum e poucas outras.
B.O.H.M.)
Quais são as bandas inspiradoras e com grande
influência no som e estilo do Agaures?
RES
- Azper/DiazM. – Cada membro possui um gosto
particular que não interfere na postura única da
banda: Black Metal.
B.O.H.M.)
E temas ideológicos, quais são os temas
propostos na letra e música do Agaures?
RES
- Azper/DiazM. – Ao longo da entrevista, é possível
perceber e constatar a nossa posição ideológica.
As letras possuem um caráter subjetivo que geram
diferentes interpretações que sinuosamente
transitam entre aforismos, relatos pessoais e
filosofia propriamente dita.
B.O.H.M.)
Vocês possuem em seu casting uma presença
feminina e que não é como vocal lírico ou algo
parecido e sim uma integrante mesmo da banda. Como
vocês vêem este ato na banda e o que acham da
presença feminina no metal extremo sem que ela
represente algo realmente feminina, tipo sopranos
e outros?
RES
- Azper/DiazM. – Não vemos impedimento algum da
presença feminina no metal extremo, desde que
exerça com competência sua função como
integrante de uma banda. Por esse motivo não há
por que separar a sua condição feminina de seu
papel efetivo. Julgar sua capacidade de expressão
artística a partir de seu gênero sexual é
limitar e depreciar o indivíduo. Possuímos em
nosso cenário provas concretas, vide a horda
Valhalla, os vocais/teclados de S. Hecate no
Miasthenia e até mesmo as guitarras de Countess
Beliart dos nosso conterrâneos mineiros
Intelectual Moment.
B.O.H.M.)
O web zine B.O.H.M. representa mais ou menos o
underground do metal nacional na web, porém é
apenas um modo de dizer, pois se trata de um zine
como os outros, como vocês vêem este tipo de
trabalho que existem muitos, porém são poucos os
reais?
RES
- Azper/DiazM.
– A divulgação virtual quando real, é
eficiente, facilitando o contato entre bandas,
zines e público.
B.O.H.M.)
Agradeço à vocês por terem concedido esta
entrevista, abro o espaço para deixarem aí vossa
mensagem aos reais seguidores do metal no Brasil.
Até mais, obrigado!
RES
- Azper/DiazM. – Muito obrigado pelo espaço e
oportunidade fornecidos. Desejamos sucesso em
vossos objetivos. Mantenham o extremismo vivo! FUCK
THE FALLACY.
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