Discografia:
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"Genocídio" (EP - 1988)
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"Depression" (1990)
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"Hoctaedrom" (1993)
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"Posthumous" (1996)
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"One of them..." (1998)
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"Rebellion" (2002)
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Formação (2002):
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W.Perna (guitarra)
Marcão (baixo/vocal)
Alex (bateria)
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Contatos:
e-mail: genocidio_ufo@uol.com.br 

     O Genocídio é uma das grandes 'pequenas' bandas que o Brasil possui, ao mesmo tempo que possui um tremendo respeito quando o assunto é Metal e Underground, porém não possui o reconhecimento necessário perante a tal mídia organizada ou o tal "mainstream" metálico que o Krisiun penou anos e anos para ser reconhecido e o Angra é lambido e lambuzado! Porém devemos esquecer isto ou como o bom brasileiro, fingir que não viu e apenas olhar em direção à esta banda e perceber o quanto é bom o novo cd e a nova cara do Genocídio, eles estão de volta e cada vez mais forte!!! Hailz!!!   

por Vinícius Botti Vidal


B.O.H.M.) O Genocídio é uma banda brasileira que já tem o seu certo status pois não é novata e já tem um bom tempo de batalha com cinco trabalhos lançados, como é para vocês terem lançar este CD “Rebellion”, o quinto disco da banda, já com certo responsabilidade de ser um bom material, pois a banda tem com certeza o seu público e tem de fazer um bom material?

RES: Na verdade esse álbum nós fizemos o que Genocídio deveria ter feito no álbum anterior, o que sabemos fazer........Death Metal.......a responsabilidade não existe pois somos uma banda brasileira sem apoio nenhum, quando não se tem apoio não se tem responsabilidade.

B.O.H.M.) Como é estar defendendo a cena nacional à mais de uma década e ainda ter que batalhar pelo respeito e mais dignidade com qualidade?

RES: A cena brasileira cresceu muito mas ainda existe muitas pessoas incompetentes nesta cena tanto em bandas como em revistas, zines, etc. enquanto uns tentam melhorar outros aproveitam para tirar proveito, infelizmente o brasileiro ainda é muito pobre culturalmente e espiritualmente.

B.O.H.M.) Vocês estão sendo apontados por uma parte da mídia especializada como um dos melhores lançamentos de metal extremo do ano, como eu não ouvi, fica uma certa curiosidade no ar, porém mesmo assim, eu gostaria de saber se para fazer o chamado “O Álbum” e ser reconhecido é preciso o quê? Qual seria a fórmula básica e fundamental para que seu disco seja no mínimo respeitado e não ser olhado como uma piada como é visto muitas vezes pela mídia não especializada?

RES: Hoje nem a cena especializada e confiável para não ser piada, pois muitas pessoas que trabalham nessa cena “especializada” não são dignas, pois acho que se você faz o que gosta não importa o estilo deve ser respeitado, com ou sem grana deve ser respeitado, o importante é saber respeitar todos os estilos.

B.O.H.M.) Neste CD lançado pela Destroyer Records o som seguido foi o sempre trash/death metal e a temática aplicada foi a ufologia. Por tratar de ser um assunto curioso e não muito comum no mundo heavy e muito menos no extreme metal, chama a atenção, “Rebellion” é um disco conceitual ou segue apenas idéias concluídas diretamente da própria cabeça de quem compôs sem obrigação de uma música ter ligação com a outra?

RES: Não é um disco conceitual, apenas as letras trazem a tona uma questão. Deus e o Diabo existe mesmo? Somos criação desse Deus não aparece, só aparece quando o homem era uma criatura sem conhecimento básico, pois está claro que algo muito mais avançado que nossa tecnologia esteve presente num passado remoto da terra e muitas teorias existem, mas ninguém aceita o fato de termos sido criados por seres mais avançados, e o fato de certos espertos criarem a teoria de Deus e sua proteção contra o Demônio, já pensou no tamanho da furtuna que isso gerou, e quantos milhares de pessoas vivem presas ao medo do inferno deixando de pensar e dando suas vidas a pessoas sem o mínimo interesse a não ser em poder.

B.O.H.M.) Ainda sobre este tema, é curioso também que as bandas de metal extremo meio que ignorem assuntos que fogem um pouco da morte, diabo, deus, necrofilia, vampirismo, terror, etc, etc. Porém vocês encararam e usaram está temática mesmo mostrando a quem for e quem quiser falar! Que outra banda que logicamente inspira a banda vocês usa também temáticas diferentes e que segue outro estereótipo? E a cargo de quem fica a composição das letras na banda?

RES: Eu escrevo todas as letras, eu admiro muito as letras do Hipocrisy, mas não conheço muito da banda, também admiro muito o Bolt Thrower.

B.O.H.M.) Falando um pouco sobre o cd “Rebellion”, como foi o processo de composição das faixas, estrutura musical e gravação deste cd? 

RES: Foi tudo muito rápido, quando decidimos fazer o CD, eu já tinha algumas composições prontas, o resto foi conseqüência.

B.O.H.M.) Este cd foi lançado pela Destroyer Records. A Destroyer é uma gravadora que investe no som extremo, como foi mais este lançamento e geralmente qual é o plano de divulgação que existe num processo de divulgação quando é underground? 

RES: Não temos planos, pois no Brasil não há como fazer planos, só o governo faz planos para sua vida.

B.O.H.M.) A cena underground nacional está tem constante crescimento tanto que atualmente talvez possamos considerar como o melhor momento dela mesmo não tendo aquela paixão oitentista, como é está para vocês a cena, o que melhorou e o que piorou e qual seria a fórmula para crescer mais ainda?

RES: A cena cresceu em termos de banda, qualidade de equipamento, mas não há mais lugar descente para tocar como antes, hoje muitas casas viraram igrejas evangélicas, ou casas de forró e outras merdas, infelizmente no Brasil você não pode ser 100% feliz.

B.O.H.M.) Quando eu disse na questão anterior, crescer, não seria crescer em espaço na mídia normal e sim no quesito profissionalismo e mais espaço para shows decentes e com qualidade, como você vivem constantemente na cena como banda, quem vocês destacariam como grandes apoiadores da cena como mídia, selos, distros, promotores, etc?

RES: Existe um número grande de pessoas que são responsáveis pelo crescimento, mas existem muitas pessoas que são responsável por não deixar a cena crescer mais ainda, não gostaria de citar nomes apenas que as pessoas prestem mais atenção em quem quer trabalhar pela cena de verdade ou está no barco apenas para tirar vantagem.

B.O.H.M.) E bandas, que da nossa cena vocês citariam como grandes exemplos do “bom” som metálico (expressão um pouco ridícula, porém serve!!!)? 

RES: Hoje admiro muito o Torture Squad e o Funeratus.

B.O.H.M.) Shows... Vocês estão tocando, vão tocar, como está a agenda da banda e como está a situação de shows das bandas underground no Brasil?

RES: Não estamos tocando muito, pois como disse falta lugares e bom promotores de show.

B.O.H.M.) Ainda sobre shows... Atualmente na nossa cena foi feita três grandes festivais aclamados e citados em todos os veículos de comunicação especializada como o Extreme Metal Fest I, o DaTribo Rock Festival, o CarnaRock, etc.  Como vocês observam e procuram acompanhar este crescimento de festivais e shows com um pouco de estrutura profissional e o que é melhor, somente com bandas nacionais!!!?

RES: São pessoas que estão na cena a muito tempo e cansarem de esperar por alguém especializado para fazer eventos e com suas próprias mãos fizeram os festivais, você pode notar que os promotores desses festivais tem ou tiveram bandas.

B.O.H.M.) O B.O.H.M. é um web zine assim como vários outros na web nacional que tenta dar um pouco de espaço para a cena nacional underground na web e que tem praticamente o mesmo âmbito profissional (ou não) do zine tradicional, qual a opinião de vocês quanto ao trabalho deles e qual é a importância dos zines na cena?

RES: Os Zines e Webzines tem total responsabilidade pelo crescimento da cena metálica no país, pois as revistas apenas publicam o que eles querem e são pagos não abrem espaço a todos e muitas vezes não entendem de metal do mais melódico ao mais extremo são apenas fãs de Iron Maidem e Van Halen.

B.O.H.M.) Agradecendo à entrevista, fico por aqui desejando ao Genocídio muito mais fodidos anos de metal na veia e que nossa cena sempre progrida!!! Deixo este espaço para que vocês passem aí a sua mensagem aos banger em geral que apreciam o som do Genocídio! Hails!

RES: Obrigado ao zine por este espaço e espero ver suas páginas por muitos e muitos anos no ar.........obrigado a todos.

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