Expressões populares
Casa da mãe Joana:
No Brasil Império, os homens que mandavam no país costumavam
se encontrar num prostíbulo no Rio de Janeiro, cuja proprietária
chamava-se Joana.
Como esses homens mandavam no país, a frase ficou conhecida como sinônimo
de lugar que ninguém manda.
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Ficar a ver navios:
O rei de Portugal havia morrido numa batalha em alto mar, mas seu corpo nunca
foi encontrado. O povo português se recusava a acreditar. Era comum
as pessoas visitarem a ecosta a espera do rei. Como ele não voltou,
o povo ficou a ver navios.
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Chegar de mãos abanando:
Há muito tempo era comum exigir que os imigrantes chegassem nas terras
para trabalhar com suas próprias ferramentas. Se viessem de mãos
vazias, era sinal que não estavam dispostos a trabalhar. Portanto chegar
de mãos abanando é chegar de mãos vazias.
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Sem eira nem beira:
Os telhados antigos possuíam eira e beira, que significava riqueza
de cultura. Quem não tinha eira nem beira significava que a pessoa
era pobre, sem grana.
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Lágrimas de crocodilo:
Refere-se ao choro fingido. O crocodilo, ao ingerir aliment, faz forte pressão
contra o céu da boca, comprimindo as glândulas lacrimais. Assim
ele chora enquanto devora a vítima.
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Memória de elefante:
O elefante lembra de tudo que aprende. Diz-se que as pessoas que recordam
de tudo tem memória de elefante.
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Encrenca:
Expressão originária dos prostíbulos do RJ que é
o português fonético alemão “eine kanke” e
significa “uma doente” que era usado para qualificar as prostitutas
portadoras de doença venérea.