O que se segue é parte da batalha de Charles Spurgeon contra "escorregão,
ladeira abaixo" da doutrina
em seu dia. Foi retiradoo da secção de "Notas" que foi adicionado ao seu artigo
“Restoration of Truth and Revival,” ("Restauração da Verdade, e Reavivamento"),
do jornal "Sword and the Trowel" ("A Espada e a Colher de Pedreiro"), dezembro
de 1887:
"A descarada forma com que certas pessoas afirmam que separarmo-nos de homens que se enredam em grave erro [de doutrina e/ou prática] é contrário ao espírito de Cristo, seria cômica se não fosse trágica. Eles escrevem como se um tal Livro como o Novo Testamento não estivesse em existência: eles obviamente decidem o que a mente de Cristo deveria ser, sem se referir a tais pobres criaturas como os apóstolos. Quanto a nós, temos [infinitamente] mais em conta Paulo e João do que todo o corpo de pensadores modernos. Que diz as Escrituras?
“10 ¶ Se alguém vem ter convosco, e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis. 11 Porque quem o saúda tem parte nas suas más obras.” (2Jo 1:10-11 ACF)
“8 Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. 9 Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema.” (Gl 1:8-9 ACF)
O espírito da Escritura é um [só], e por isso podemos estar certo de que decidirmo-nos pela verdade e separarmo-nos daquele que se enreda em erro, isto está em plena coerência com o amor de 1 Coríntios 13, do qual somos tão continuamente [censurados como se não o tivéssemos, e] ordenados irmos para ele. É verdadeiro amor para com aqueles que se enredam em erro que recusemos ajudá-los e apoiá-los em seus erros [antes combatamos seus erros e nos separemos de tais adeptos do erro]. "Amor" soa muito agradavelmente na boca daqueles que pretendem projetar-se a si mesmos, mas, se eles tivessem exercido o mesmo no passado, eles não poderiam ter-nos expulsado de dentro do povo, a quem eles pertencem naturalmente." [Neste última frase, Spurgeon se refere a sua expulsão da União das Igrejas Batistas (da Inglaterra) por não ter ele aceito a transigência doutrinária da mesma.]
C.H. Spurgeon
traduzido por Valdenira N.M. Silva