Batman x Jason

Sexta-Feira 13 em Gotham City

Terça-Feira 10


Manhattan, Nova York, 11:10 p.m.

A cidade que nunca dorme, onde as estrelas no céu são ofuscadas pelas luzes que emergem do solo. Arranha-céus, outdoors animados, centenas de carros viajando de um lado para outro e uma variedade de pessoas como em nenhum outro lugar. É a maior cidade do mundo, graças a toda a atenção que esbanja em sua superfície. Mas esta noite, embora muitos não saibam, há algo sob ela que chama mais atenção. No ponto mais escuro, abaixo das ruas de Manhattan, estão os estranhos esgotos, berço de muitas lendas urbanas. Aqui não há crocodilos, mas existem outras criaturas perigosas que vagam por esta escuridão.

O departamento de saneamento havia enviado trabalhadores para limpar um setor dos esgotos onde houve um derramamento de ácido, o motivo não havia sido esclarecido nem tampouco os responsáveis por esse incidente. A essa hora da noite só restava um trabalhador, que já sem máscara de oxigênio checa o nível de contaminação com um aparelho, e tudo parecia bem, o trabalho já estava praticamente terminado.

- Hã? - um som podia ser ouvido, e ia aumentando. Era um som esganiçado, proveniente de algo vivo que vinha em sua direção deslizando com suas garras sobre o solo. Os ruídos aumentavam, e uma centena de olhos vermelhos brilharam quando o trabalhador usou sua lanterna averiguar de onde vinha o som - Ah, droga! - dizia sobressaltado ao ver dezenas de ratos passarem por baixo de seus pés. Os roedores fugiam apavorados, pelo que parecia, saindo da escuridão. O homem não pode conter sua curiosidade e vai até o local de onde os ratos saíam, guiado apenas por sua lanterna.

Nisso a luz começa a enfraquecer, pisca alguns momentos para depois apagar. O trabalhador está cercado pela escuridão, sem ver um palmo diante de seu nariz, e tenta fazer a lanterna acender como qualquer um faria nessa situação: batendo nela. A luz volta a se acender e ele prossegue iluminando seu caminho mas algo cai em seu braço roçando em sua pele, era um rato morto. O susto ao vê-lo e tentar tirá-lo faz com que solte a lanterna. O trabalhador segue a luz da lanterna para apanhá-la, mas a um passo de alcançá-la tropeça em algo e cai de cara no chão.

- Auch! Maldita... te peguei... o que é isto? - ao pegar a lanterna ilumina imediatamente o objeto a seu lado no qual tropeçou. A luz revela a imagem de um rosto roído pelos vermes, ossos à mostra, a pele queimada, podre, cortada e cheia de feridas, era um enorme cadáver que estava morto há vários dias, talvez meses. A surpresa faz com que o trabalhador se sobressalte e rapidamente se arraste para se afastar tentando se levantar. Ao iluminar melhor, vê o grande cadáver com uma roupa velha e rasgada. A poucos centímetros dele, uma velha máscara de hóquei. Chega a sentir náuseas ao ver como os vermes caminham por seu rosto e não se atreve a levá-lo, além do enorme peso seria repulsivo demais, sem falar que já estava no fim de seu turno, portanto não era sua responsabilidade, outra pessoa cuidaria disso. Decide deixar o corpo ali e voltar, mas ao dar a volta sua lanterna ilumina outro sujeito, com uma roupa roxa, e ao levantar a luz encontra a figura de um palhaço com um sorriso malicioso e olhos de demente. - Aaahh! Mas... que diabos faz aqui!?

-Bom... só estava dando um passeio por esta belíssima paisagem de Nova York. - respira profundamente - Ah, sinta só o aroma, que delícia.

-Do que está falando, por acaso está louco? - o homem pálido se vira para ele, o trabalhador não pode evitar se sentir intimidado diante desses olhos de psicopata.

-Exatamente... e estou feliz de ser. Ha ha ha ha! - o homem pálido levanta sua mão, a vista do trabalhador se escurece. O trabalhador cai momentos depois com seu rosto deformado por um tétrico sorriso.

Minutos depois outros dois homens com jaquetas de couro desciam e estavam cobrindo o corpo em plástico preto, enquanto o homem pálido, de lábios vermelhos e cabelo verde, vestindo um sobretudo roxo e um chapéu da mesma cor, os vigiava enquanto passava algumas cartas de uma mão para outra.

-Senhor Coringa, o que pretende fazer com isto? - os olhos maníacos do palhaço se dirigem a seu ajudante mais alto. O sorriso do Coringa se torna maior e mais aterrorizante enquanto responde.

-Coringa: Oh Randy, o tamanho de sua cabeça é inversamente proporcional ao tamanho de seu cérebro, por isso apenas mantenha a boca fechada.

-Hã... sim senhor... - os ajudantes do Coringa erguem o corpo e começam a dirigir-se à saída, o Coringa avança e os empurra para chegar primeiro à superfície. As nuvens e relâmpagos cobriam o céu, anunciando chuva. O palhaço observa como seus subordinados tiravam o corpo com alguns problemas sem pensar em ajudá-los.

-Coringa: Vamos rapazes, se se apressarem passaremos num McDonalds.

-Posso pedir um lanche feliz?! - dizia Randy, o ajudante grande e idiota empurrando o cadáver com tanta força que este acaba caindo em cima de seu companheiro.

-Idiota! Tire isto de cima de mim. - Randy o ajuda erguendo o corpo, seu companheiro se levanta encharcado e xingando-o. Mas Randy não o escuta, pois se distrai com algo que cai do céu.

-Chefinho, quando foi que chegamos em Gotham City?

-Coringa: Paul, pode traduzir as besteiras que ele diz? - Paul segue o olhar de seu companheiro e arregala os olhos assustado pelo que via.

-Senhor, é o Bat... Aaaagh! - não termina de falar, um objeto em forma de morcego acerta sua cabeça violentamente, deixando-o inconsciente no solo. Coringa se vira já sabendo o que encontraria. Uma criatura descia, com suas asas cobrindo seu corpo, ao tocar o piso se levanta lentamente de forma ameaçadora e atemorizante com seus olhos totalmente brancos. Era o homem morcego, o cavaleiro das trevas.

-BATMAN! - dizia impressionado o ajudante que ainda restava ao Coringa.

-Coringa: Batman! O que o traz aqui?

-Batman: Tenho seguido seu rastro há vários dias Coringa, ultimamente seus movimentos não tem sido os de costume e seja lá o que estiver fazendo aqui terminou. Vai voltar para Arkham! - a enorme figura do morcego com sua capa cobrindo seu corpo se aproxima lentamente do Coringa não dando nenhuma saída.

-Coringa: Sinto muito Batman, mas a verdade é que não tenho tempo de brincar com você. HA, HA, HA, HA! - de sua manga o Coringa lança uma esfera que ao bater no chão libera uma densa cortina de fumaça, Batman cobre a boca com sua capa ao mesmo tempo em que usa a outra ponta dela para dividir a cortina de fumaça, então avança correndo para persegui-lo, depois de rapidamente amarrar o capanga desmaiado a um cano. Coringa e seu ajudante mais alto levam o corpo coberto até um carro já preparado. - Jogue-o no banco de trás, eu irei enquanto você se encarrega do morcego.

-Depois você volta para me buscar, chefe? - pergunta inocentemente.

-Coringa: Mas é claro! "Que idiota." - no momento que Coringa sobe no carro vê o Batman na sua frente, ele não perde a oportunidade e arranca com tudo, Batman faz um movimento com seu braço para depois saltar para o lado antes de ser atingido, Coringa perdeu a chance de atropelá-lo mas não dá importância e vai embora. O vigilante mascarado aciona um controle em seu cinturão enquanto acompanha o carro do Coringa com os olhos, aparentemente sem perceber que o outro capanga está atrás dele prestes a golpeá-lo, porém Batman salta dando um giro para trás, para cair e chutar a parte de trás de seu joelho derrubando-o.

-Batman: Fique aí! - Batman dá um forte golpe na nuca do capanga estúpido fazendo sua cara bater no asfalto, mas o brutamontes parece não ter se ferido e volta a se levantar, no entanto Batman não espera que se recupere e usando seu calcanhar volta a golpear no mesmo lugar deixando-o inconsciente desta vez.

Depois de amarrá-lo o Batmóvel chega e pára ao lado de seu dono, o veículo chegara por controle remoto. Batman aciona um controle no painel e numa tela de cristal líquido aparece o mapa da cidade com um ponto vermelho piscante se movendo, era o carro do Coringa. Momentos depois o Coringa cruzava tranqüilamente por Times Square, passando de faixa em faixa e tocando o tema de "La cucaracha" em sua buzina. De repente olha pelo retrovisor por acaso e não vê nenhum carro exceto os que bateram por sua causa, mas logo depois o Batmóvel aparece, o Coringa fica furioso e arranca o retrovisor para jogá-lo no Batmóvel sem fazer nenhum arranhão.

-Coringa: Não gostava do que via e acho que você também, não é? - Coringa acelera acertando alguns carros que perdem o controle e batem entre si, bloqueando o caminho de Batman, que dá a volta e entra na contramão. Batman evita os carros esquivando com grande habilidade ao volante, embora chegue muito perto de bater. Volta a olhar o Coringa que o observa divertido enquanto saca uma pistola, o semáforo está vermelho para ele e um trailer cruza o caminho, o palhaço atira na cabeça do motorista de um carro a sua frente e depois bate nele fazendo-o avançar e se chocar com o trailer, ficando no caminho do herói. - HA HA HA HA HA HA! - Coringa dá a volta e segue seu caminho, Batman rapidamente ativa um foguete atrás do carro e outro abaixo dele que o ergue fazendo-o saltar por cima do trailer virado, não consegue saltá-lo totalmente mas cai de lado com suas rodas do lado esquerdo viradas pra cima, permitindo-lhe cair no asfalto corretamente e continuar a perseguição.

O palhaço se vira e vê o Batmóvel ainda atrás dele, rapidamente se coloca a seu lado, Batman tenta fechar seu caminho, Coringa não teria como escapar, nesse momento o céu estremece e uma chuva cai, o que o Coringa vê com bons olhos e dá a volta entrando por um café e atravessando-o até sair por uma loja de roupas. Ele faz uma curva e entra na ponte do Brooklyn. Prontamente o Batmóvel aparece a seu lado e abre a cabine, Batman sai e salta no carro de seu inimigo enfiando sua mão para controlar o volante, o palhaço aperta sua flor que espirra ácido queimando o antebraço do Batman, este golpeia seu rosto e vira o volante para bater o carro num poste. O carro bate e o Coringa sai disparado pelo pára-brisa junto com Batman do teto, mas o herói consegue agarrá-lo pelas roupas e com a mão esquerda saca um aparelho que dispara um cabo que envolve uma das vigas da ponte e depois de uma manobra ele desce junto com o Coringa que estava atordoado. Batman o segura pela gola, o barulho das viaturas e das ambulâncias se misturava com o cair da chuva e os trovões no céu.

-Batman: Diga logo que diabos fazia aqui!

-Coringa: Hahaha... vai descobrir agora mesmo... - Coringa aponta seu carro para onde Batman olha, de repente um relâmpago cai sobre o carro, porém ele não explode, mas se cobre de relâmpagos que surgem a seu redor como raízes, para depois formar uma onda elétrica que se expande tão rápido quanto some. O Coringa começa a gargalhar e Batman o golpeia deixando-o inconsciente para se dirigir ao carro com cautela, esse estranho fenômeno que presenciara o deixava na expectativa de que poderia ocorrer algo mais. Ao se aproximar nota uma estranha forma, parecia um corpo coberto por plástico preto e que apenas tinha fumaça saindo dele, sem ter se queimado por causa do relâmpago.

-Batman: "Esse louco está tramando algo..." - Batman olha para o Coringa que continua desmaiado. As ambulâncias chegavam junto com os policiais, os quais por não conhecerem o cavaleiro noturno apontam suas armas para ele.

-Policial: Mãos pra cima, aberração! - o policial se aproxima de Batman, que o olha por cima do ombro. Seu olhar intimida mais ainda o policial ficando prestes a disparar, mas de repente se dá conta de que não tinha mais sua arma, Batman a pegara.

-Batman: Mantenha a calma oficial, não lhe farei nada se não provocar nenhum incidente. - Batman devolve sua arma, nisso outro oficial mais graduado que reconhece o vigilante acalma os outros policiais que apontavam para ele como se fosse um monstro.

-Oficial: Todos baixem as armas! Desculpe senhor, a Liga da Justiça é bem-vinda aqui mas você não é muito visto com eles, felizmente lembro que há alguns anos nos ajudou num caso... Este é o tal Coringa? - pergunta ao ver o palhaço inconsciente.

-Batman: Sim, vou pedir que uma viatura o leve e esperem até que o pessoal de Arkham venha buscá-lo. - Batman vai até o carro do Coringa, o oficial vê como ele puxa com algum esforço o vulto coberto de plástico e depois o coloca no chão devido a seu peso, ao fazê-lo por uma das aberturas sai uma mão escura e cheia de verrugas e feridas.

-Oficial: Mãe de Deus! O que é essa coisa?

-Batman: Ao que parece, um cadáver decomposto. Sei que é assunto das autoridades cuidar disso, mas considerando que era o Coringa quem o trazia eu o levarei para analisá-lo e descobrir o que esse louco estava tramando. - nisso o Batmóvel chega esquivando todos os carros que haviam batido. Batman levanta o corpo e o coloca no veículo. - Espere que não tente me deter.

-Oficial: Suponho que deveríamos, mas quando chegamos você já havia partido. - diz piscando para dar a entender que ia encobri-lo.

-Batman: Ótimo. - Batman sobe no Batmóvel deixando o local. Os policiais põem o Coringa algemado numa viatura. Ele parece estar inconsciente, mas assim que o Batman se afasta, o palhaço abre os olhos e sorri.

No banco do carona ia amarrado com o cinto de segurança o corpo tirado dos esgotos de Nova York, sua mão esquerda estava ligeiramente fora do plástico. Batman estava concentrado no caminho para chegar o mais rápido possível a Gotham City. De alguma estranha forma, sua pele transpira uma gota de suor se forma em seu rosto, ele estranha e dá uma olhada no corpo, não sabe por que de repente tem esta sensação de que o perigo o espreita mais perto que nunca. Seus olhos voltam ao caminho. Minutos depois tudo transcorre normalmente, até que, sem que Batman notasse, a mão começa a mover um de seus dedos, e depois ela se abre e fecha, o corpo parecia estar vivo, era algo impossível, Batman vê e pode sentir mas não pode se mover, era como se uma estranha força se apoderasse dele e o paralisasse. Nisso, com um rápido movimento que o pega desprevenido, a mão vai direto a seu pescoço e começa a estrangulá-lo com uma força bestial, Batman vê como o vulto envolto no plástico começa a se mover, havia revivido. O monstro tira o plástico de sua face mostrando um horrível e putrefato rosto, com olhos cheios de uma fúria psicopata e assassina que ele jamais vira em sua vida. O Batmóvel perde o controle e vai por uma colina, Batman não pode fazer mas nada e o veículo termina explodindo ao bater.

-Batman: Ah! - Batman abre os olhos exaltado e vê como continuava dirigindo, o corpo permanecia como o deixara. Foi uma estranha ilusão a que teve. Mas como isso pôde acontecer? Essa visão foi estranha e logo agora, então começa a se perguntar mais a fundo o que está por trás desse corpo que o Coringa levava.

 

Hospital Universitário de Gotham City, necrotério.

O médico legista, que trazia em seu crachá o nome Harold, estava para terminar seu turno e começava a guardar suas coisas. Realizara algumas autópsias, bem poucas considerando que o Coringa estava solto, podia-se ver que ele não estava na cidade. Recolhe suas chaves sobre a mesa para trancar a porta, mas ao se voltar à saída encontra uma grande sombra em forma de morcego parada a sua frente dando-lhe um pequeno susto, mas apenas isso, já que sabe quem é ele e que não lhe faria mal.

-Harold: Caramba, homem! Quase me provoca um ataque do coração.

-Batman: Preciso de sua ajuda. - ao dizer isto Batman mostra o corpo que trazia embrulhado.

-Harold: Que? O que me trouxe desta vez?

-Batman: Preciso saber como morreu... e ver se pode identificar o corpo. - Harold olha o cadáver abrindo o plástico, a hedionda imagem lhe causa certa repugnância apesar de seus anos como legista.

-Harold: Uff, à primeira vista calcularia algumas semanas, mas é como ver uma múmia da era moderna que poderia ter meses nesse estado. Bem, coloque-o sobre a mesa, vamos começar a trabalhar. - Batman põe o corpo sobre a mesa de operações e ao fazê-lo algo cai do plástico, uma máscara de hóquei, que o médico recolhe. - Mmmmh... creio já ter visto alguém usando uma máscara assim.

-Batman: Eu também. - minutos depois de tentar cortar a pele do cadáver que estava realmente dura, ele decide tirar uma chapa de raio-X para analisar algo que encontrou na sua cabeça. Um estranho retângulo incrustado nela chama a atenção de Batman.

-Harold: Acho que você pode ir tranqüilo, darei os resultados amanhã à noite.

-Batman: Não sei se deveria ir até ter certeza.

-Harold: Não há perigo aqui, mas precisam de você lá fora. - Batman olha pela janela, o sinal do morcego iluminava o céu.

-Batman: Então voltarei mais tarde.

-Harold: Está bem. Olhe, também poderia procurar na base de dados... já foi...  - o legista olha a sua volta, o homem morcego havia desaparecido como se nunca estivesse ali. Entretanto já o havia ajudado em outras ocasiões e se acostumara aos desaparecimentos de Batman como um fantasma que se move através das sombras.

O corpo permanecia estirado com seu macacão desabotoado no peito, os instrumentos para abrir o cadáver estavam numa bandeja do seu lado. Harold estava mais interessado em descobrir a identidade deste ser, já que com sua experiência havia definido a causa da morte e isso era o que mais o motivava a investigar. O corpo apresentava grande quantidade de feridas e queimaduras que não faziam mais que provocar aversão à primeira vista.

-Harold: Aha! Sabia que já tinha visto... - nos arquivos do computador estavam alguns artigos de jornais de anos anteriores. Encontrara uma reportagem sobre um serial-killer que usava máscara de hóquei e havia aterrorizado alguns acampamentos num lugar chamado Crystal Lake, transformando-se num mito do terror. Porém havia sido dado como morto por várias vezes e em todas retornou, nunca foi encontrado ou preso. Outra reportagem fala sobre um estranho homem com máscara de hóquei provocando pânico num local de Manhattan. - Mmmmh... parece interessante, será por acaso este... seja quem for de quem falam, o mesmo que tenho na mesa de operações? Por falar nisso, não diz o nome... Ah sim, aqui está... Jason... Ora, maldito Jason, recebeu o que merec... MMHHFF!!

De repente Harold sente uma lâmina atravessar suas costas, não pode gritar pois uma mão tapa sua boca. A dor aumenta quando é levantado pelo objeto perfurante. O médico se debate tentando se soltar inutilmente, não pode se virar para ver quem o ataca, então olha para o reflexo de um vidro, o reflexo da mesa de operações mostra que está vazia. Olha em outro vidro o reflexo dele mesmo sendo atacado pelas costas e o agressor é o cadáver, o enorme ser havia se levantado apesar de morto. O monstro tira o bisturi das costas e a mão da boca de Harold permitindo-lhe gritar uma palavra.

-Harold: JASON!!... AAAHH! - o monstro atravessa o bisturi por completo na testa do médico, o corpo sem vida de Harold cai espalhando seu sangue pelo piso, a criatura se vira ao ver a máscara sobre a mesa, então pega e lentamente a coloca em seu rosto, agora era a própria face da morte. Jason voltou.

Um porteiro próximo dali ouve os gritos e se aproxima para averiguar, o velho quase tem um infarto quando vê o corpo do médico caído no chão com seu sangue cobrindo-o, está para ir correndo chamar ajuda quando uma mão o agarra pelo rosto. O velho porteiro fita os olhos de Jason pela última vez sem poder gritar, Jason esmaga seu crânio com as duas mãos. Depois de largar o corpo do porteiro Jason sai pelo corredor para em seguida apanhar uma vassoura e parti-la ao meio levando apenas o cabo.

- E depois lhe disse que fosse para aquele lugar, ha, ha. - dizia uma das enfermeiras que conversava com outras duas, estavam num dos andares de cima, não havia muito movimento nesse andar. Outra das enfermeiras se distrai da conversa de sua amiga devido a um som que percebe, talvez fosse seu sexto sentido que a advertiu que fosse rumo à sala da maternidade, pois de alguma forma sentia que havia algo errado. Ao passar pelo berçário se assusta ao ver um homem de costas, então bate na vidraça para chamar sua atenção.

-Senhor! Você não deveria estar aí! - mas o homem a ignora, a enfermeira dá a volta pela porta que está aberta para entrar no berçário. A mulher estaca bruscamente ao ver o corpo de um médico a seus pés com um cabo de vassoura atravessando sua garganta. O pranto de todos os bebês se ouve em uníssono, a enfermeira dá um grito ao ver como Jason ergue pelo pé um deles que se agita chorando sem consolo. - Não... NÃOOO! - ela vê horrorizada que na outra mão Jason tem uma faca de cozinha e se lança com um movimento rápido impulsionado pela adrenalina conseguindo tirar o bebê das mãos do monstro e o abraça com todas as forças para protegê-lo. Jason assiste essa cena por alguns momentos, seu olhar sem emoção contrastando com os olhos da enfermeira. Jason a puxa pelos cabelos e desce violentamente sua outra mão com a faca.

Momentos depois Jason sai, as crianças continuam chorando, salpicadas de sangue, o bebê protegido pela enfermeira também chorava e continuava envolto nos braços desta, mas a enfermeira estava sem cabeça. As outras duas enfermeiras caminham até a maternidade procurando sua amiga que não voltara a um bom tempo apesar de seu turno já ter terminado. Ao virar para a sala da maternidade só se vê a parede branca salpicar com seu sangue. Jason sai com sua faca ensangüentada dirigindo-se até uma janela onde olha para o céu, o sinal do morcego iluminava a noite junto com as estrelas. Jason permanece contemplando essa figura, uma estranha exaltação o invade ao ver o símbolo do morcego.

 

Manhattan.

Na chefatura de polícia, o Coringa amarrado numa camisa de força era escoltado por dois policiais e dois enfermeiros que haviam chegado na ambulância do Asilo Arkham. Os policiais notam intrigados os cartões com um número nos gorros dos enfermeiros, mas não dão importância, desde que levem esse palhaço psicopata de sua cidade o mais rápido possível. Já dentro do veículo os enfermeiros não se despedem, seus olhos pareciam hipnotizados. Quando o veículo arranca, o enfermeiro que ia na parte de trás junto ao Coringa o livra da camisa de força.

-Coringa: Obrigado. Agora vão o mais rápido possível para Gotham City. - o enfermeiro que ia dirigindo responde com um "Sim, senhor", Coringa sorri e tira de suas mangas cartas e começa a brincar com elas, essas cartas tinham números e eram como as que estavam nos gorros dos enfermeiros. - Hahahaha! Que ótimo presente do Chapeleiro, não acham? O morceguinho não sabe que Jason tem uma destas cartas dentro de sua cabeça HAHAHA! Mas que piada incrível será esta, mal posso esperar até chegar a Gotham e ver o festival de sangue que nosso convidado especial nos dará! HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!!

Fim do primeiro dia.


***Notas do autor: Bem-vindos a este primeiro capítulo de um fic que já planejava há tempos, espero que gostem desta combinação Batman e Jason, como podem ver os capítulos não tem nome, só marcam o dia em que transcorre a história e tudo terminará, obviamente, na Sexta-Feira 13. Caso se perguntem sobre esses cartões do Coringa, são os usados pelo Chapeleiro Maluco para controlar suas vítimas, será explicado melhor no segundo capítulo, onde se dará o primeiro encontro entre Jason e Batman, esperem sangue.

Capítulo 2

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