Capítulo 11

Ange andou até o quarto de sua mãe, levando um susto.

Ange> MÃE!!!!!!!!!!!!

A mãe de Ange estava caída no chão, imóvel. Ela se ajoelhou no chão, mexendo em sua mãe, Taylor havia dito a ela que não tinha feito nada.. será que mentira?

Ange>> Mãe?! Fala comigo.. por favor..?

A mãe de Ange se virou, olhando para sua filha. Ela estava um pouco pálida, mas abriu os olhos, sorrindo de leve.

Ange>> O que aconteceu?

Sra. Millus>> Filha.. minha pressão caiu muito. Muito mesmo. Eu fiquei tentando ligar pro seu amigo, o Taylor. Graças a Deus você me deu o celular dele. Mas, você chegou antes.. liga pra ele e avisa que já vou ficar bem.

Ange>> E o que ele disse?

Sra. Millus>> Que já estava vindo.

Ange gelou na hora, o que poderia acontecer??

Ange>> Vou pegar um pouco de sal. - Ajudando sua mãe a se levantar. - Deita aqui. - Foi o que ela fez. - A gente tem que sair daqui.. - Pensou alto.

Sra. Millus>> Por que, filha? - Ange olhou para sua mãe, sem saber o que responder.

Ange>> Porque eu estou chateada com o Taylor, não queria encontrar com ele.

Sra. Millus>> Mas ele é tão bom rapaz. - Ange só concordou com a cabeça.

Ange>> Já volto, mãe! - Foi para a cozinha.

Ange estava mexendo no armário da cozinha, quando se virou e deu de cara com Taylor. O saleiro foi ao chão, ela ficou parada olhando para ele.

Ange>> Taylor?

Taylor>> Sim, Ange. - Encarando-a.

Ange>> Como você entrou?

Taylor>> A janela tava aberta.

Ange olhou para a direção da janela, onde as cortinas balançavam, trazendo um vento frio e seco.

Taylor>> E como sua mãe disse que estava passando mal, imaginei que você ainda não tivesse chegado. - Ange fez que sim com a cabeça, ainda o olhando, assustada.

Ange>> Obrigada por ter vindo ajudar minha mãe.

Taylor>> Eu te prometi que ela estaria bem, certo?

Ange>> Uhum. - Sorrindo de leve.

Taylor>> Prometi outras coisas também.. - Sorrindo de leve também.

Ange>> Que me deixaria te ajudar. - Sem encará-lo, abriu a gaveta e botou a mão dentro da mesma, segurando uma faca.

Taylor>> Sim.

Ange>> É, mas com essa você infelizmente não vai poder cumprir, né? - Com um sorriso desanimado.

Taylor>> O que eu tenho que fazer para você me ajudar? - Ela o encarou, pasma. Acabou largando a faca dentro da gaveta. Ele riu, pegando o saleiro do chão. - Primeiro vamos ajudar sua mãe! - Ela acabou rindo também, os dois seguiram para o quarto.

Quando a mãe de Ange já estava um pouco melhor, eles foram até o quarto que era de Ange. Ele estava sentado, cabisbaixo, esperando que ela falasse alguma coisa. Estava envergonhado de seus atos.

Ange>> Taylor.. eu estou muito assustada.. mas tudo o que eu falei naquele banco é verdade. Eu perdôo você, por tudo o que você fez. Ok? - Ele a olhou, fez que sim, mas perdeu seu olhar pelo quarto.

Taylor>> Eu só tenho medo que não dê certo, entende? Eu não queria te machucar.. mesmo. - A encarou. - Ange, você é muito especial pra mim. Mas, entenda que meu passado me desperta sentimentos que saem do meu controle. É como se fossem dois caras. Eu e mais alguém. E eu me lembro vagamente do meu outro 'eu'.

Ange>> Eu sei, Tay.. eu sei. Mas, a única forma deu te ajudar é você indo num psicólogo comigo. A única. Não vou mais insistir nisso.. se você quiser, você mesmo se ajuda. Mas se você não quiser, eu não posso fazer nada e é melhor a gente se afastar.

Taylor ficou pensativo, confuso. Respirou fundo e a olhou, com um sorriso doce.

Taylor>> Vamos sim. - Ela sorriu, dando um pulinho.

Ange>> Eu estou tão feliz por você, Tay!

Ele não estava tanto, não queria que ela soubesse de um passado que ele não tinha coragem de revelar. Mas, pesando tudo numa balança, era o melhor a se fazer. Ele queria morrer tentando.

Taylor>> Mas se eu te machucar?

Ange>> Taylor! - Sorrindo. - O que importa é que você tente se curar! Eu sei todos os riscos, sempre soube! E sempre quis te ajudar mesmo correndo esses riscos.

Taylor>> Ok.

Ange>> Então.. eu quero que você deite aqui, descanse bem, amanhã nós vamos num amigo meu, ok?

Taylor>> Tá..

Ange arrumou a cama onde Taylor dormiria, e fez uma cama no chão, para ela dormir. Esperou que ele tomasse banho para ela fazer o mesmo, quando estava prestes a se deitar, ele a puxou pelo braço, trazendo-a bem perto de si.

Ele a encarou fundo nos olhos, com o rosto bem próximo do dela, que não compreendia porque estava tão envolvida com o homem que quase a matou tempos atrás. Provavelmente, aquilo a excitava ainda mais.

Tudo mexia com ela, os segredos, o jeito que ele falava, as conversas que os dois já tiveram. Todo aquele mistério era um charme.

Taylor>> Ange..

Ange o olhou, já estava saturada de tantas as vezes que ele começava uma frase assim e não terminava.

Taylor>> Eu preciso... te dizer uma coisa.

Ange>> Sim?

Taylor>> Me perdoa.. - Não era aquilo, era óbvio que não era aquilo. Mas, ela também não podia ter totalmente certeza do que era.

Ange>> Eu também. - Sorrindo de leve, quis arriscar. Ele não entendeu.

Taylor>> Você também o que?

Ela sorriu. Levou aquele ' Me perdoa ' como um eu te amo.

Ange>> Sei que não é isso que você precisa me dizer. - Ele franziu a sobrancelha.

Taylor>> Como você sabe?

Ange>> Aprendi a enxergar além dos seus olhos. - Encarando-o. - Vai, Taylor. Me beija. - Ele engoliu em seco. Ela quis ir com tudo.

Taylor>> An.. - Taylor respirou fundo e fitou seus lábios. Era aquilo mesmo que ele queria.

Taylor segurou o rosto de Ange e a beijou. Um beijo delicado, profundo e doce. O coração dos dois batia rápido, forte, parecia que ia explodir. Ele não estava acostumado a lidar com aquilo, por um momento, estava aterrorizado. Lembrou de sua mãe, como sempre, teve vontade de jogar Ange para o outro lado do quarto, porém abriu os olhos. Era Ange. Sua mãe não estava ali. Taylor sentiu medo, de tudo o que estava sentindo, de se entregar.. que medo!

Ele levantou sua blusa e tocou seus seios, ela gemeu no seu ouvido. Não agüentava mais esperar por isso! Ele a segurou no colo e a jogou na cama, olhando-a por inteira. Era linda!

Ange>> Posso confiar em você? Você não vai me machucar? - Ele a encarou, a imagem de sua mãe não cansava de aparecer. As palavras de sua mãe, tudo o atormentava. Taylor respirou fundo, olhou para Ange mais uma vez. - Eu não quero que você faça forçado, ok? Quero que esteja tudo bem com você! - Ange disse, ele a observou novamente. Ela era diferente. Ela não era uma borboleta. Não possuía nem merecia possuir uma.

Taylor>> Você é diferente, Ange.. você é única. - Ela sorriu.

'Quando a gente conversa
Contando casos besteiras
Tanta coisa em comum
Deixando escapar segredos

E eu nem sei que hora dizer
Me da um medo ( que medo )
É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano

É eu preciso dizer que eu te amo
Tanto
E ate o tempo passa arrastado
Só pra eu ficar do teu lado

Preciso dizer que te amo, Cássia Eller'