Os manuscritos originais (autógrafos) não existem mais, e foram
reconstituídos a partir de cópias produzidas pelos primeiros pais
da Igreja primitiva, ainda sem denominação. Também foram
utilizados nesta reconstituição os livros apócrifos, documentos
não bíblicos e comentários documentais dos mesmos pais
da Igreja que produziram as cópias. Os originais desapareceram principalmente
devido à fragilidade do material utilizado para escrever os livros, e
pela ilegalidade do movimento, em seu início, o que implicava em perseguição
à Igreja.
A veracidade dos escritos, no entanto, pode ser comprovada historicamente pelos
motivos abaixo:
- Os Escritos de Marcos datam de 50 a 70 d.C.;
- Vários papiros contendo fragmentos do Evangelho de João foram
encontrados no Egito, datando do século II, apenas uma geração
após os autógrafos;
- Os escritos foram redigidos num momento muito próximo aos acontecimentos
que os geraram;
- Existem cerca de 5400 escritos do Novo Testamento;
- O estilo dos escritos confere com aqueles utilizados no século I
(grego coiné)
- Inscrições e gravações em paredes, pilares,
moedas e outros lugares são testemunhos do Novo Testamento;
- Lecionários, que eram livros muito utilizados nos cultos da Igreja,
continham textos selecionados da Bíblia para leitura, incluindo o Novo
Testamento (Séc. IV - VI);
- Os livros apócrifos, apesar de não canônicos, apresentam
dependência literária dos textos canônicos, chegando a
imitá-los no conteúdo e forma literária, e citam vários
livros que compõem o Novo Testamento;
- Os primeiros pais da Igreja comentam e fazem citações de praticamente
todo o Novo Testamento.
Vale lembrar que os Evangelhos, que inauguram o Novo Testamento e contém
os ensinamentos de Jesus, o Cristo, foram escritos por testemunhas oculares,
à exceção do Evangelho de Lucas.