Biografia |
|||
1883 ~ 1961
|
Caninha
José
Luiz de Morais, compositor e cavaquista, nasceu em Jacarepaguá, RJ no
dia 6/7/1883 e morreu em Olaria, RJ no dia 16/6/61, aos 78 anos
incompletos. “‘Olha
a caninha! Caninha doce!’ – Assim apregoava pelas ruas do Rio de
Janeiro, em fins do século XIX, um menino franzino vendedor de roletes
de cana. Por esse motivo, ele ficou conhecido por Caninha”.1 Filho
de Gregório de Morais e Adelina Silva e irmão de Claudionor Correia de
Sá, aos 8 anos ficou órfão. Aos
12 anos, residindo no bairro da Cidade Nova, começou a perambular nas
ruas com seu tabuleiro de roletes de cana. Foi por esta época e imediações
que passou a conviver com outros garotos menores, futuros músicos, tais
como: Sinhô, João da Baiana, Donga e Pixinguinha. Foi
um dos fundadores do Rancho Dois de Ouro. Passou ainda por vários
ranchos até ser diretor de canto do Recreio das Flores. Participou
de vários grupos musicais tais como: Grupo de Caxangá, Grupo Cidade
Nova, e o Sou Brasileiro. Em
1918, na famosa festa da Penha, lança o seu primeiro sucesso: Gripe
Espanhola. Na
década de 20, Caninha divide com seu “adversário” Sinhô a honra
de ter os maiores sucessos populares: São
dois Josés perigosos São
dois cabras infernais José
Barbosa da Silva E
José Luiz de Morais (Visconde de Bicoíba) No
início dos anos 30, com o aparecimento de novos compositores de
gabarito, tais como Noel Rosa e Ismael Silva, começaram a chamá-lo de
ultrapassado. Em resposta, em 1933 compõe É batucada, com o
qual vence, na interpretação de Moreira da Silva, o primeiro concurso
de sambas e marchas carnavalescas promovido pela prefeitura do então
Distrito Federal, e por tal condecorado oficialmente pelo prefeito com o
Diploma de Sambista. Afinal, vencera 63 compositores. Depois
deste fato, Caninha afasta-se da vida artística, só retornando em
1954, no Festival da Velha Guarda, organizado por Almirante para a
comemoração do IV Centenário de São Paulo. Em
1942 Caninha casa-se com Edméia Franco e em 1945 aposenta-se como
funcionário público. Caninha
compôs no total 49 músicas. Principais
sucessos: Até
parece coisa feita, Caninha (1919)
1. JR. MUNIZ, J. Sambistas imortais – Volume I (1850 ~ 1914). São Paulo, IMPRES, p. 19.
|