Biografia |
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1898 ~ 1966 |
Heitor dos Prazeres Heitor dos Prazeres, cavaquinista, compositor, e pintor, Y 23/9/1898, Rio de Janeiro – V 4/10/1966, Rio de Janeiro. Filho do marceneiro Eduardo Alexandre dos Prazeres que tocava clarinete e caixa na banda da Polícia Militar e Guarda Nacional, e de Celestina Gonçalves Martins dos Prazeres. Heitor seguiu o ofício do pai tornando-se marceneiro, carpinteiro e um ótimo polidor de madeira. Certa fase da vida chegou também a ser tipógrafo e sapateiro. Estudou nos Colégio Benjamim Constant, colégio de padres de Sant’Ana e no Externato Sousa Aguiar. Por não ser bom aluno foi expulso de todos estes colégios, chegando a concluir apenas o quarto ano primário. Em sua vida aprendeu mais com sua avó do que com professores. Embora trabalhasse desde os 7 anos, aos 13 foi preso por vadiagem, passando dois meses na Colônia Correcional da Ilha Grande. Desde os sete anos tocou cavaquinho, instrumento que chegou a dominar com maestria. Com 14 anos já animava festas tocando em conjuntos de choro. Chegou também a tocar banjo em conjuntos instrumentais. Suas primeiras composições datam de 1912: O limoeiro, limão e Adeus, óculo. Em
1927 iniciou um atrito com o compositor Sinhô. Heitor reclamou a
autoria de dois sambas: Ora vejam só e Cassino maxixe
(primeira versão de Gosto que me enrosco), ambas gravadas por Francisco
Alves. O conflito originou outros dois sambas: Segura o boi, de Sinhô e
Olha ele, cuidado, de Heitor dos Prazeres. Um ano depois, com a nova
versão de Cassino maxixe, a definitiva Gosto que me enrosco
gravada por Mário Reis, Heitor não se conformando compõe O rei dos
meus sambas, alfinetando novamente Sinhô. Eis a letra: Eu lhe direi com franqueza Tu demonstras fraqueza Tenho razão de viver descontente És conhecido por bamba Sendo rei dos meus sambas Que malandro inteligente! Assim é que se vê A tua fama, Sinhô Desta maneira és rei Eu também sou Mais tarde Heitor recebeu trinta e oito mil-réis, pagos em prestação, por sua parte na. parceria de Gosto que me enrosco, acordo que lhe valeu também o reconhecimento da autoria. Em 1931 Heitor casou-se com Glória, que lhe deu três filhas; Ivete, Ionete e Iliete. Sua mulher veio a falecer em 1936. Em 1940 casou-se novamente, agora com Nativa. Esta lhe deu mais dois filhos; Idrolete e Heitor dos Prazeres Filho ( que também tornou-se músico e conhecido como Heitorzinho) Participou ativamente na formação de escolas de samba, tais como, Deixa Falar, De Mim Ninguém se Lembra, Portela e Mangueira, todas em 1928. Em 1931 ingressou no rádio apresentando-se com um coro feminino, conjunto intitulado Heitor e Sua Gente. Inicialmente na Educadora e mais tarde nas Sociedade, Clube e Philips (no programa Casé) e na década de 50 na Nacional (como ritmista). Em 1937, começou a pintar como amador, usando como temas o samba, malandros e mulatas, se tornando mais tarde um pintor famoso. Com seu quadro Moenda, participou da I Bienal de Arte de São Paulo, voltando a expor em 1953 e 1961. Chegou a expor seus quadros inclusive no exterior. Principais
obras:
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