BOB MARLEY · A VIDA, A MÚSICA, OS DREADS
DISCOGRAFIA
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Catch A Fire

º Catch A Fire (1972)
º Deluxe Edition (2001)

Disco crucial, não apenas por ter sido o primeiro lançamento do reggae com vistas à conquista de outros mercados, mas porque é excepcionalmente bom. Aqui estão clássicos como Stir It Up, Slave Driver e Kinky Reggae. O guitarrista americano Wayne Perkins, do Muscle Shoals, apareceu no estúdio e deu uma canja em Concrete Jungle (que tem ainda Robbie Shakespeare no baixo) e Baby We've Got A Date. Sem querer, Perkins acabou dando pistas para toda uma geração de guitarristas do reggae. A Deluxe Edition saiu em 27 de Março de 2001, regravada e liberada previamente apenas para a Jamaica.



Burnin'

º Burnin' (1973)

Ainda mais gordo e pesado do que Catch A Fire, este disco é, ao mesmo tempo, uma elegia à cultura rasta e às experiências "rudeboy" dos Wailers. Entram Burnin' and Lootin', Small Axe e pelo menos um standart do gênero, Get Up, Stand Up. Os duetos de Marley e Tosh, as harmonias de Bunny Wailer, as linhas de baixo e bateria de Barrett, tudo aqui colabora para uma experiência muito boa.



Natty Dread

º Natty Dread (1974)

Bob Marley é agora um artista solo. Na verdade, um general da banda, atrás de quem seguia uma trupe de batutas, responsáveis por novissímas leituras do reggae. É só conferir: Lively Up Yourself, Them Belly Full, Rebel Music e, claro, No Woman, No Cry, canção que no Brasil ganhou uma bem inspirada versão de Gilberto Gil, anos depois.



Live

º Live (1975)

Foram dois shows no Lyceum, em Londres, apresentando músicas de Catch A Fire e Burnin'. O clima da festa, muito bem registrado no disco, dá idéia do frenesi que Bob andava causando por lá. Sua poesia livre, fácil de entender, mostrava que podia emocionar iletrados e intelectuais, ricos e pobres, brancos e negros. Mais do que um emergente popstar jamaicano, Marley surgia como herói, um libertador, um Robin Hood poeta e bom de chinfra.



Rastaman Vibration

º Rastaman Vibration (1976)

Aqui, outra ruptura: este é o disco que leva Bob além dos mercados jamaicanos e londrino, primeirp num avanço europeu, depois rumo aos Estados Unidos. Na Jamaica, com popularidade e poder comparáveis aos de bicheiros cariocas nos bons tempos, ele recebe a imprensa internacional a bordo de uma mansão na área chique de Kingston, entre um e outro jogo de bola no imenso quintal. E tome reggae: Roots, Rock, Reggae - Positive Vibration - Rat Race - Crazy Baldheads - War...



Exodus

º Exodus (1977)

A faixa-título, bíblica por excelência, é uma exaltação as back-to-africa, um movimento antigo na história da Jamaica, que pregava a volta dos escravos (e seus descendentes) à África. Este é um álbum sofisticado, tanto na embalagem quanto no conteúdo. O baixo de Aston Barrett atinge o ponto máximo de maturidade. Natural Mystic, The Heaven, Jammin' e One Love / People Get Ready falam por si mesmas.



Kaya

º Kaya (1978)

Para muitos, este disco foi uma resposta de Bob ao atentado que sofreu na Jamaica, em 1976. De fato, na música Running Away ele debocha de si mesmo, cantando algo como "Você pode fugir e fugir, mas não pode fugir de si mesmo". Bem mais do que nos discos anteriores, este traz metais incendiários, que por fim dão também em arranjos redondos, capazes de agradar ao grande público. Não por acaso, Is This Love é im sucesso até hoje. Mas há outros instantes de glória por aqui: Misty Morning, Time Will Tell (que traz até som de cítara), Crisis e Satisfy My Soul.



Babylon By Bus

º Babylon By Bus (1978)

Álbum duplo gravado em temporada de shows em Paris. Bob e seu combo estavam a mil por hora, em plena turnê mundial, passando por Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão. Na europa, a viagem aconteceu num ônibus exclusivo - daí o nome do disco e a capa. As Live Versions de Positive Vibration, Jammin', Rat Race, Lively Up Yourself, No More Trouble e War são as pedradas do disco. Fora as outras.



Survival

º Survival (1979)

Baixou a África no jamaicano e ele mais uma vez superou-se. Este disco serviu como cala-boca para quem vivia dizendo que Bob tinha afinado ou se vendido para a Babilônia. E, realmente, as palavras de Marley aqui são incendiárias. Para alguns tendenciosos, são mesmo um chamamento às armas. Músicas como Wake Up And Live, Zimbabwe, Ride Natty Ride, Ambush In The Night, One Drop, Africa Unite e So Much Trouble In The World marcaram a entrada definitiva do reggae em vários países, inclusive no Brasil.



Uprising

º Uprising (1980)

Foi o último disco em vida. O pessoal dos Wailers conta que, durante as gravações, Marley estava envolto numa "estranha aura de sabedoria". Mas o disco buscava, mais uma vez, explorar novas sonoridades, ir adiante, levar mais longe. Isso fica claro em Coming In From The Cold e Pimper's Paradise, mas especialmente em Could You Be Loved. Bem, dizer que essas músicas soam diferente, hoje, parece piada. Mas quando o disco saiu, a papo era outro. A última faixa do lado B é Redemption Song, com Bob só voz e violão, dando seu adeus.



Confrontation

º Confrontation (1983)

Foi um álbum póstumo, que reuniu gravações preparadas entre 1978 e 1980 e que, por isso ou por aquilo, não foram lançadas antes. Algumas, inclusive, foram descobertas em velhas caixas, quase esquecidas - é o caso de Mix Up, Mix Up, que só tinha a voz de Bob, uma guitarra e uma bateria eletrônica, antes de ganhar a roupagem que se ouve neste disco. Estão aqui também Buffalo Soldier, Rastaman Live Up e Blackman Redemption. O cavalo da capa, sobre o qual Bob está encarnando São Jorge, vestia uma mitra papal. Mas os cartolas pediram para tirar.



Legend

º Legend (1984)

Uma coletânea de grandes sucessos de Bob, como Is This Love, I Shot The Sheriff e Get Up, Stand Up. Algumas foram especialmente remixadas para agradar ao mercado norte-americano, como No Woman, No Cry e Buffalo Soldier. Deu certo: Legend figura até hoje no panteão dos álbuns mais vendidos em todos os tempos, ao lado de Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band dos Beatles, e Dark Side Of The Moon do Pink Floyd. A capa traz Bob usando um anél de Selassié que ganhou do próprio filho do ex-imperador.



Rebel Music

º Rebel Music (1986)

Surgiu de repente, com ótimas músicas, mas nem esbarrou no sucesso de Legend, tornando-se uma coleção relativamente obscura na carreira de Bob. E tinha pelo menos uma pérola, Roots, até então só lançada em compacto. Mas, quando se trata de Bob Marley, nada se perde: Rebel Music, Rat Race, Them Belly Full, Slave Driver...



Talkin' Blues

º Talkin' Blues (1991)

Um disco original e único, que mistura gravações feitas nos Estados Unidos, durante uma sessão de rádio, com pequenos trechos de entrevistas de Bob. O som é rude, sem filtro, um discaço! Aparecem Talkin' Blues, Concrete Jungle e algumas bem pouco conhecidas, como Am A Do, Walk The Proud Land e até You Can't Blame The Youth, com Tosh nos vocais.



Songs Of Freedom

º Songs Of Freedom (1992)

Está tudo aqui - ou quase tudo. São 4 cd's mostrando a tragetória de Bob desde o início, com Judge Not e Simmer Down, até os últimos dias, como uma Redemption Song gravada ao vivo, com a voz do rei já por um fio. Há também versões dub e/ou remix de clássicos como Ride Natty Ride e One Love / People Get Ready e alguns registros históricos, como uma gravação voz-violão feita num quartinho de hotel, no início dos anos 70, durante uma breve passagem de Bob na Europa. Sem falar no libreto, que conta toda a história, com ótimas fotos e muita fumaça. Se você não tem nada de Bob em casa, reze 3 Ave-Marias, 2 Pai Nossos e invista nessa caixa!!



Natural Mystic

º Natural Mystic (1995)

Outra coletânea de muito sucesso que, assim como Legend, conquistou ouvintes que nem tinham nascido quando Bob morreu. Inclui Natural Mystic, Iron Lion Zion, Africa Unite, Who The Cap Fit, War e Easy Skanking, entre outras. Também conhecido como Legend II.



Dreams Of Freedom

º Dreams Of Freedom (1995)

Uma experiência dub, uma jornada ao mundo desconhecido do reggae (parece exagero, mas só para quem nunca ouviu o disco). Explico: o dub é uma variante instrumental do reggae, que é trabalhada na mesa de som, canal por canal, instrumento por instrumento. E na receita entram ainda muitos ecos, reverbs, mugidos, cacarejos e outros efeitos especiais e espaciais. Bill Laswell (que trabalhou com O Rappa no disco LadoBLadoA), que é um gênio dos estúdios, perpetrou esta obra-magna. É o disco certo para quem quer acessar o código genético do reggae.


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