Dinâmica da circulação: o batimento do coração
é iniciado e regulado pelo nódulo sinosal que se
encontra na parte superior da aurícula direita e do nascimento
automático deste nódulo passa o estímulo
para o resto do coração pelo tecido de Purkinge.
Quando o nódulo sinosal por qualquer doença não
produz o batimento automático, as outras zonas que constituem
a rede ou o tecido de Purkinje podem bater com ritmos de freqüências
inferiores. A aurícula direita recebe o sangue por intermédio
de duas importantes veias . A veia cava superior (sangue da cabeça,
braços e parte superior do corpo) e a veia cava inferior
( sangue de membros inferiores e parte inferior do corpo). A
aurícula direita se contrai abrindo a válvula tricúspide
( que é a que separa a aurícula do ventrículo
direito) que, permite a entrada do sangue ao ventrículo
direito. A contração do ventrículo direito
fecha a válvula tricúspide e abre a válvula
pulmonar semilunar desse lado impulsionando o sangue pela artéria
pulmonar em direção aos pulmões. Dos pulmões
o sangue volta para a aurícula esquerda pelas veias pulmonares.
Este é o último caso no qual uma veia leva sangue
oxigenado, já que normalmente o sangue oxigenado vai pelo
sistema arterial e o sangue com desperdícios, com menor
conteúdo de oxigênio, vai pela rede venosa. Mesmo
assim, neste caso existe uma exceção quando a artéria
pulmonar, que sai do ventrículo direito, leva sangue não
oxigenado ou resíduos para os pulmões, e dos pulmões
voltam às veias pulmonares com o sangue oxigenado para
a parte do coração esquerdo; a aurícula
esquerda se contrai abrindo a válvula mitral (que é
a que separa a aurícula do ventrículo esquerdo).
A contração do ventrículo esquerdo fecha
esta válvula, abre a válvula aorta semilunar e
envia o sangue através da aorta a todo o sistema, menos
aos pulmões. Toda a porção de sangue que
entra na aurícula direita deve dirigir-se para a circulação
pulmonar antes de alcançar o ventrículo esquerdo
e daí ser enviada aos tecidos. O tecido nodal regula o
batimento cardíaco que consta de uma contração
ou sístole, seguida de relaxamento ou diástole.
As aurículas e ventrículos não se contraem
simultaneamente; a sístole auricular aparece primeiro,
com duração aproximada de 0,15' seguida da sístole
ventricular, com duração aproximada de 0,30'. Durante
a fração restante de 0,40', todas as cavidades
se encontram num estado de relaxamento isovolumétrica
(situação onde não há mudança
de volumes em nenhuma das quatro câmaras do coração).
Ciclo cardíaco: A função impulsora de sangue
do coração segue uma sucessão cíclica
cujas faces, a partir da sístole auricular, são
as seguintes:
a) Sístole auricular: a onda de contração
se propaga ao longo de ambas as aurículas estimuladas
pelo nodo ou nódulo sinosal ou sinoauricular. O coração
tem a direção automática elétrica
mas por outro lado as válvulas e as câmaras se abrem
e fecham conforme as diferenças de pressão que
o sangue tem em cada uma delas. O ventrículo tem sangue
em seu interior que provem da diferença de pressão,
enquanto que há muito sangue nas aurículas e pouco
nos ventrículos, e isso faz com que as válvulas
se abram e passem o sangue das aurículas aos ventrículos,
logo ao final, para ajudar o pouco sangue que restou nas aurículas
a passar ao ventrículo, produzindo a chamada sístole
auricular.
b) Sístole ventricular : começa a contrair-se o
ventrículo, com aumento rápido de sua pressão;
nesse momento fecham-se as válvulas tricúspide
e mitral, para que o sangue não volte a fluir para as
aurículas e o aumento de pressão que sobrevem até
que se abram as válvulas semilunares, auríticas
e pulmonares e que passe o sangue rumo à aorta e também
à artéria pulmonar, produzindo-se o primeiro som
dos ruídos cardíacos.
c) Aumento da pressão dos ventrículos: as válvulas
semilunares se mantêm fechadas até que a pressão
dos ventrículos se equilibra com a das artérias.
d) Quando a pressão intraventricular ultrapassa a das
artérias, abrem-se as válvulas semilunares e o
sangue se dirige pelas artérias aorta e pulmonar.
e) Diástole ventricular: os ventrículos entram
em relaxamento, sua pressão interna é inferior
à arterial por isso as válvulas semilunares se
fecham, produzindo o segundo ruído cardíaco.
f) Diminuição da pressão com relaxamento
das paredes ventriculares, as válvulas tricúspide
e mitral continuam fechadas (a pressão ventricular é
maior que a auricular) pelo que não sai nem entra sangue
nos ventrículos; embora penetre sangue nas aurículas
ao mesmo tempo.
g) A pressão intraventricular é inferior à
auricular , porque a aurícula vai se enchendo de sangue,
o que produz uma diferença de pressão com a qual
se abrem novamente as válvulas tricúspides e mitral
e recomeça o ciclo.
Batimento cardíaco: o coração de uma pessoa
em repouso impulsiona aproximadamente 5000 ml de sangue por minuto,
que eqüivalem a 75 ml por batida. Isso significa que a cada
minuto passa pelo coração um volume de sangue equivalente
a todo aquele que o organismo humano contem. Durante um exercício
físico intenso o gasto cardíaco (volume de sangue
impulsado pelo coração) pode chegar até
30 l por minuto (30.000 ml/min). Pressão arterial ou pressão
sangüínea: a força da contração
cardíaca, o volume de sangue no sistema circulatório
e a resistência periférica (que é a resistência
que opõem as artérias e veias, já que estas
também se contraem, porque têm uma capa media que
produz essa contração com o relaxamento) determinam
a pressão arterial. Esta pressão aumenta com a
energia contrátil, com o maior volume de sangue e, com
a energia da constrição e relaxamento dos ventrículos
aumenta e diminui a pressão. A pressão sistólica
é a mais elevada e corresponde à sístole
ventricular. E a pressão distólica é menor
e corresponde a diástole ventricular. A diferença
entre as pressões sistólica e diastólica
se chama pressão diferencial.
|