Em muitas famílias, maridos
ficam parecidos com as mulheres e vice-versa... e seus gostos pessoais
também vão se assemelhando.
Isso aconteceu entre meus pais.
Minha mãe desde cedo contava histórias engraçadas de nossos
ancestrais. Meu pai __que por si só competia
com a própria sombra__ inventava "jogos de
conhecimento", que, além de averiguar se os
filhos e sobrinhos sabiam as capitais dos Estados do Brasil e
de uns 50 países, incluía perguntas sobre nome completo dos pais,
de todos os tios e tias, de avós e
bisavós.
Assim, quando entrei no ginásio, aos 10
anos, já aprendera que Colombo era a capital do Sri Lanka,
ex-Ceilão, bem como sabia enunciar o nome completo de meus quatro
avós e oito bisavós. Confesso, com sinceridade,
que as histórias da família eram divertidas. E, para mim,
era bem mais fácil entender a formação do meu nome a partir dos
antepassados do que deduzir por que cargas d'água Cristóvão Colombo
__ que partira do Porto de Palos com três
naus: Santa Maria Pinta e Niña __ ao invés
de cumprir com a sua obrigação e descobrir a América, descuidou-se e
foi parar no Ceilão.
Conte-se ainda que meu mapa astral tem Sol em Câncer,
Ascendente em Libra e Lua em Libra, fui criada com gente que tem
aspectos cancerianos fortíssimos __ com a devida licença aos
parentes que não acreditam num pingo de astrologia e (sei
disso!!!), com o apoio total dos que me ensinam sobre o
assunto.
Além desse aspecto cósmico, tenho uma
tia especialíssima: a Bebel. Ela nos ensinou
a amar a arte da preservação da memória da família. Claro que nenhum
de seus sobrinhos faz isso com a perfeição dela. Mas foi ela
que começou a nos empurrar a passar a árvore a limpo, "agora no
computador", e __ por que não?
__ completá-la com o nome de todo mundo que
nasceu, com os respectivos nascimentos, as datas de casamento e
falecimento.
E quem deu a idéia de colocar tudo isso na Grande Rede foi o Paulo... e
poderia deixar de ser???
Bem, com isso, tivemos de contatar
todos os parentes, primos de segundo, terceiro e quarto graus;
gente de quem pouco tínhamos notícia. Grande surpresa!
Parece que todos agora estão contagiados com "o germe" da
genealogia. Todo mundo abrindo gavetas, descendo baús e velhos
álbuns; indo aos cartórios e e às igrejas para conferir uma data de
casamento ou para anotar com fidelidade o nome daquele bebê que
morreu com menos de um ano __ mas que
é tão importante para a nossa árvore como a bisavó que faleceu aos
90.
Os números de telefone foram atualizados e
e-mails são trocados com presteza. Viva a Internet!!!
Melhor ainda. Os primos Márcia
Regina Silviano Brandão, José Armelim Bernardo Guimarães e sua neta
Juliana (Juju), Levy (de Oliveira Guimarães) Ferreira, o Olympio
Fonseca de Souza Leal __ cada um de lado, e cada qual pelo seu ramo __
trabalharam e ainda trabalham duramente na atualização da árvore.
O Francisco de Andrade Machado
Filho (o Chico) e o Protógenes Fonseca Guimarães (meu padrinho, o tio
Pegê) já trabalham na compilação de dados daqueles parentes que não
lidam com um PC.
Bem... o Padrinho dá um show de bola em termos de computador. Na
geração dele, é a pessoa que conheço que mais domina a máquina. Há
dois anos, ele telefonava para o Cláudio, o Carlos, o Sílvio, o Paulo ou
para mim (não lhe interessava a hora!) para perguntar como
fazia para "salvar" um arquivo em Word. Agora, a gente é
que liga para ele para se informar sobre o "dernier cri"
(porque paradoxalmente ele fala assim) dos programas
passíveis de download. E ele sabe de software para tudo.
Aliás, ele está esnobando com um
Pentium V, quase 2 gigabytes em megahertz... com Windows XP,
gravador de CD, monitor de 17 polegadas, escaner sei-lá-o-quê e
tudo... Meu tio Pegê-Geninho-Padrinho comprou toda essa
parafernália na primeira semana de 2002, para que sua
máquina "suportasse" o novo hobby: trabalho em
genealogia!!! Isso que é dar um banho em gente de trinta anos que ainda
tem medo de apertar a tecla "Enter" no caixa automático.
Mas e os que lidam? E bem!!! O primo Luiz Fernando (Machado)
Mendes __ que deve ser internauta de primeira grandeza,
só pela conversa __ sugeriu que eu colocasse as
fichas para download no próprio site. A idéia, claro, era
óbvia... mas precisou que ele pusesse em pé esse ovo de Colombo. (Olha o
Colombo aqui de novo!)
Além disso o Cláudio e o Carlos (Guimarães Ferreira), __que
"estraçalham" em informática __ estão
se dedicando à captação de imagens, de modo que no futuro este website
terá muitas surpresas.
E já que
estávamos montando a árvore, por que não fazer uma Genealogia
contemporânea, que prioriza destacar a ação de cada ancestral em seu
tempo. E por que não organizar uma pequena página, conforme
orientação da Associação Brasileira de Genealogia, a ABG? Ora,
e se estamos criando uma página, porque não se filiar a
A.B.G.? Bem, não seria melhor transformar aquela
primeira pagineta num verdadeiro website, com links,
música, documentos, notícias, um toque de humor e boas
informações?
Por tudo isso aqui
chegamos.
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