Brusica
Página pessoal de Bruno Perez
O músico
Abaixo transcrevo toda a minha
história musical. É uma síntese do que é a música na minha vida. Vocês poderão
conferir os trabalhos que venho fazendo e minhas preferências musicais.
Se quiserem me contratar para tocar em
seu bar, festa, shopping ou até mesmo em sua casa, favor entrar em contato. Terei o maior prazer em atendê-lo.
Bruno Perez –
Curriculum Musical
Meu primeiro contato com a música
ocorreu na infância, por volta dos 6 anos de idade. Meus pais são do interior
do estado de São Paulo, onde a música sertaneja de raiz era muito valorizada.
Minha mãe, do lar, cantarolava o tempo todo as canções que tocavam no rádio na
época, enquanto eu decorava todas as músicas para cantar para os parentes nas
férias de verão.
Quando completei 8 anos de idade,
ganhei um violão de um tio (que além de tocar violão, também tocava viola e
sanfona). Junto deste violão ele me deu também um método para que eu seguisse
os estudos. Não passei do segundo dia; as posições eram muito distantes, minha
mão doía e o que eu gostava mesmo era de cantar. Assim desisti.
Quando completei 12 anos de idade
comecei a me interessar por música internacional, me afastando um pouco do
sertanejo. Não sei porque, mas aquelas harmonias me fascinavam. Até mesmo as
músicas mais dançantes (os chamados House) não me atraiam pelas batidas
rítmicas, mas pelos acordes (naquela época não sabia o que era um) bem trabalhados.
Eu não gostava daquele “putz putz” e sim do que estava por trás daquilo.
Na adolescência eu não sabia o que era música brasileira
além do sertanejo que ouvia e cantava na infância. Foi quando um colega de
trabalho me perguntou se não gostava de samba. E eu o repudiei. Disse a ele que
aquilo não era música boa. Ele ouvia uma rádio que só tocava samba o dia todo.
E eu comecei a perceber que não gostava de samba porque nunca tinha parado para
prestar atenção.
Comecei a mudar minha postura em
relação a música nacional. Aquilo que eu não conhecia começou a me conquistar aos poucos. Comecei a comprar alguns
discos e, depois, alguns CD´s já que este começou a se popularizar com o plano
Real. Meu gosto pela música já estava se diversificando. Na minha discoteca já
podia de encontrar bons discos desde o instrumental (Kenny G) até o samba de
raíz (Fundo de Quintal).
Nesta época havia um vizinho meu que
tinha uma timba e um pandeiro. Certo dia ele me chamou para cantar alguns
sambas enquanto eles tocavam. À partir deste dia eu descobri que poderia
cantar. Eu adorava tanto as músicas que eu ouvia mas nunca tinha me metido a
interpretá-las. Estava voltando a minha infância, quando subia numa cadeira (o
palco) segurando uma colher (o microfone) e arrancava aplausos de toda a
família cantando aquelas canções sertanejas.
Gostei tanto da idéia que comprei um
repique de mão e comecei a acompanhar os discos em casa; tentava fazer igual.
Convidava alguns amigos para fazer um samba e de uma dessas reuniões surgiu a idéia
de formarmos um grupo e levar a coisa um pouco mais a sério. E foi aí que
surgiu uma grande dúvida: Quem tocaria os instrumentos harmônicos
(cavaquinho/violão)? Um deles se prontificou e disse que compraria um
cavaquinho. Comprou, mas não aprendeu. Perdemos tempo e a motivação de evoluir.
Mas eu não perdi, pois não me importava muito com a situação. Eu gostava mesmo
é de música e ponto. Supliquei para que meu pai me ajudasse a comprar um
cavaquinho. Quando completei 18 anos, consegui! Matriculei-me numa escola.
Chorei na primeira aula. Achei que seria muito diferente. Minha mão doía muito
ao pressionar as cordas. Mas não desisti. Com um mês já saía uma música. Com
dois meses já conhecia todos os principais acordes e já conseguia tocar mais
músicas. Com três meses percebi que poderia seguir com meus próprios passos,
parei de freqüentar a escola e passei a estudar sozinho. Conheci outras pessoas
na escola e formamos outro grupo. E este era um belo grupo.
Começamos a ensaiar juntos e arrumamos
bares de alguns conhecidos para tocar e praticar aquilo que ensaiávamos. Era
muito divertido. Discutíamos muito sobre o que deveria ser melhorado e eu,
particularmente, era muito crítico, principalmente comigo mesmo. Gostava do som
do todo, de ouvir os instrumentos, um a um, formando aquele maravilhoso
batuque. Chegamos a tocar em algumas casas noturnas, abrindo shows de outros
grupos. Pena que durou pouco. Alguns problemas pessoais acabaram por findar
aquele grupo. Depois deste vieram outros. Alguns mais sérios, outros menos.
Muitas formações. Em um deles comecei a me interessar por choro, mas não fui
muito longe.
Quando fiz 19 anos comprei um violão.
Queria aumentar meus conhecimentos musicais e estudar um instrumento mais
completo. Neste caso fui autodidata desde o início. Comece pelo samba, que era
uma praia que eu conhecia.
Nesta época já trabalhava na empresa
em que estou hoje e, em uma festa descobri que meu chefe também tocava violão.
E, além dele, um outro rapaz que trabalhava em um outro setor também tocava
(este tocava muito bem, já tinha sido dono de bar e conhecia bem a noite). Foi
paixão à primeira vista quando ele apareceu com duas pastas de músicas cifradas
com mais de 100 canções em cada uma.
De lá para cá, foi uma revolução.
Comecei a me interessar pela MPB em geral, tirei cópias de músicas e virei um
apaixonado pela música brasileira. Começamos a tocar em todas as festas da
empresa e eu sempre levava uma novidade.
Durante todo este tempo a música
esteve presente na minha vida como um “hobby”. Um prazeroso “hobby”. Mas sempre
foi algo sem muitas regras. Uma coisa instintiva. Nunca me interessei muito a
estudar o lado teórico e a música como uma matéria, pois sempre tive muita
facilidade em tirar as canções de ouvido. Sempre foi uma coisa muito sentimental.
Em 2001 parei para repensar minha vida
como um todo e concluí que a música é uma das coisas que levarei comigo para
sempre; e que uma coisa tão importante deveria ter um tratamento mais especial.
Foi aí que decidi começar a fazer um curso e entender a música pelo seu lado
mais teórico e matemático. Percebi que isto me ajudaria muito e que poderia
começar a pensar até mesmo numa coisa mais profissional. Afinal é maravilhoso
quando se consegue viver fazendo as coisas que mais gosta.
Escolhi como instrumento o piano, por
se tratar do mais completo, e o método popular, já que gosto muito deste
estilo. Faço este curso a três anos e, além das aulas práticas, tenho aulas
teóricas e de prática de conjunto, o que desenvolve tanto a parte individual quanto
a inserção desta em um contexto.
Acredito que com o passar dos anos fui
mudando meu gosto musical. Consegui acrescentar muitos estilos e formas
musicais ao meu gosto atual. Tenho uma coleção de 600 CD´s e 150 LP´s, todos
eles muito procurados e ouvidos. Tenho como principais influências Ivan Lins,
Toninho Horta, Milton Nascimento, Joyce, César Camargo Mariano, 14 Bis, Boca
Livre, Flávio Venturini, Lô Borges, João Bosco e Gonzaguinha.
Ultimamente tenho ouvido muita música
instrumental. Acompanho a evolução da Orquestra Popular de Câmara e acredito
muito no trabalho deles. Tenho como ídolo o guitarrista Pat Metheny e seu
pianista Lyle Mays por tudo o que fizeram pela música instrumental e por seus
ritmos alucinantes.
No lado prático, já consegui desenvolver
alguns trabalhos. Na área solo, ao mais tradicional estilo “voz e violão”, já
toquei em shoppings e bares com música ao vivo. Estou com um projeto de fazer
um CD Demonstração, o que certamente abrirá ainda mais portas. Toco um
repertório de mais ou menos 300 músicas, ao gosto do ouvinte, e estou sempre me
atualizando com atuais e “novas velhas canções”.
Na área de bandas e conjuntos,
participei do CD de uma amiga cantora, tocando violão/guitarra e emprestando a
voz em alguns momentos. Além disso, ensaio um quarteto de samba/MPB, tocando
violão e cantando, e logo estaremos vendendo também este trabalho. Participo
ativamente das atividades do Conservatório Beethoven, tocando piano, que é o
instrumento de estudo atual.
Formação e Cursos
Núcleo EdMarte de Música
Aulas particulares de cavaquinho –
Maio a Julho/1995
Conservatório Musical Beethoven
Aulas de Piano Popular, Percussão,
Teoria Musical e Prática de Conjunto.
Desde Maio/2001