Na passarela, o Brasil
Com modelos de primeira linha capitaneadas pela número 1 Gisele Bündchen, o IX MorumbiFashion dá um show dentro e fora das passarelas

Foram 25 desfiles, 21 estilistas e, de novo, uma grande estrela. Gisele Bündchen. A gaúcha de Nova Horizontina, que há seis meses reina como top model número um do mundo, abriu na quarta-feira 28, o MorumbiFashion, o maior evento de moda do País, realizado em São Paulo. Num vestido metalizado da grife M.Officer, aberto na lateral, Gisele, com seu jeito único de andar, entrou, brincou com a platéia e sambou ao som de Carlinhos Brown. Recebeu R$ 40 mil para cada um dos dois desfiles de que participou. Na segunda-feira 3 esteve na Cia Marítima, na qual recusou-se a usar biquíni fio dental.

Dois dias de desfile, uma semana de comentários. Dentro e fora do evento, a musa era notícia. Uma das mais recentes é que Anna Wintour, editora-chefe da revista Vogue America, convidou Gisele para ser jurada no prêmio VH-1 – que a brasileira ganhou no ano passado confirmando a posição de número um. “Ela desculpou-se com Gisele porque as regras não permitem um bi-campeonato”, disse a empresária, Mônica Monteiro. A última novidade sobre a modelo aponta os rumos de sua carreira. Ela quer ser atriz.

Há cerca de um ano, Gisele Bündchen procurou o diretor Fábio Barreto. Ficara sabendo que seu mais novo filme, Jacobina, seria rodado no Rio Grande do Sul. Não perdeu tempo. “Já recebi convites para fazer cinema, mas gostaria de estrear numa produção brasileira”, disse a modelo na época em que procurou o cineasta. A produtora Lucy Barreto, mãe de Fábio, confirmou à Gente o interesse da modelo. Gisele recebeu o roteiro de Jacobina em seu apartamento em Nova York e, pouco depois, fez testes com Fábio Barreto. O resultado agradou o diretor. “Ela tem potencial”, diz Lucy. “Ainda precisa ser trabalhada, mas tem jeito.” O contrato ainda não foi assinado, mas as filmagens começam no início de 2001.

Capitã de um time de beldades brasileiras que conquista cada vez mais espaço nas passarelas internacionais, Gisele também foi responsável por arrastar boa parte delas para o MorumbiFashion. “Só no Brasil é possível fazer um desfile desse nível exclusivamente com modelos nacionais”, constatou Isabela Blow, editora de moda do Sunday Times. Se a número um do mundo aceita desfilar no evento, ninguém quer ficar de fora dele. Estiveram lá Mariana Weickert, cachê de 5 mil por desfile, Ana Cláudia Michels, a campeã de sensualidade e shows (fez 22 grifes), Gianne Albertoni, que despontou aos 13 anos e, aos 19, quer ser apresentadora de tevê, a badalada potiguar Fernanda Tavares, que passou 24 horas em São Paulo, e até a veterana Shirley Mallmann. Todas com agendas lotadas acharam uma brecha para dar o ar da graça. Foram aplaudidas num evento em que não só a beleza brasileira deu um show. Sob o slogan “O Brasil tem mais cara do Brasil”, estilistas exaltaram o ufanismo nas coleções, vistas por inúmeras celebridades.

O tenista Fernando Meligeni, que perdeu na primeira rodada do Torneio de Wimbledon, chegou direto da Inglaterra para a platéia do evento. “Vim para relaxar e ver mulher bonita”, disse. Foi com uma delas, Mariana Weickert, que ficou papeando na festa da grife Forum na noite da sexta-feira 30. “Já nos falávamos por telefone, temos amigos em comum”, despistou a modelo. Também direto das pistas para babar nos bastidores estava o piloto Rubens Barrichello. “Fui ao camarim e vi que Gisele Bündchen é realmente linda”, dizia ao lado da mulher, Silvana. Entre tantas curvas, um new face da ala masculina de modelos despontou. André Bankoff, 18 anos, fez dez desfiles. “É minha segunda vez no evento e agora, vou para Nova York”, contava.

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osângela Honor