Férias do ano de 2005

POLÓNIA

(1ª parte)

Escolhemos o mês de Junho por  pensarmos ser a melhor altura para viajar, os dias são maiores e normalmente há menos turismo.

Como habitualmente apontámos para o destino e assim fizemos o trajecto até Berlim sem outras paragens que não para dormir. Claro que haveria locais que mereceriam visita mais demorada mas quando se tem data marcada para o regresso e se queremos dedicar o mais tempo possível ao destino não há outra hipotese.

Desta vez usamos o Autoroutes para planear a viagem e o PDA/GPS para nos guiar. O mapa com o trajecto fica dividido em dois - um para a Polonia e o outro para o trajecto que fizemos em França (rota dos vinhos da Alsácia).

Se acharem útil tenho ficheiros que podem ser descarregados: O trajecto em Autoroutes, Vilas Francesas Classificadas, locais classificados pela Unesco como património Mundial e Coordenadas em formato ov2. (Ir à zona Ficheiros)

Chegamos a área para Autocaravanas Wohumobilpark em Berlim sem dificuldade uma vez que tinhamos indicação da localização no GPS. Está bem situada: em 5 minutos a pé chegamos ao metro e 15 minutos depois estamos no centro.

Como tinhamos estado em Berlim em 2000, desta vez optamos por fazer um passeio pela cidade sem visitas a museus uma vez que ainda temos muito presente o que tinhamos visto.

Se já em 2000 havia muitas obras, então agora parece que toda a Berlim é um estaleiro e pelo andar da carruagem dá ideia que irão ter obras durante muitos anos.

A 1ª foto é do monumento aos mortos judeus e que tem sido objecto de polémica, depois,  a incontornável porta de Brandeburgo e a última é a zona do Checkpoint Charlie. Estava a decorrer recolha de assinaturas para obrigar à construção de um monumento neste local. 

     

 

Saimos de Berlim com pouco gasoleo uma vez que na Polónia é mais barato. Este foi o trajecto que fizemos entre Berlim e Praga.

E começamos a ter contacto com o país. Muito rural e muita construção como a foto ilustra.

No segundo dia e com bastante chuva continuámos a fazer a costa em direcção a Leba - é uma faixa de terra de 30 Km com algumas vilas viradas para o turismo, muitas praias, venda de muita quinquilharia, muitos hoteis de construção baixa e também muitos parques de campismo.

   

Dirigimo-nos para Gdansk tentando encontrar um parque de campismo. Depois de horas em bichas desistimos e voltamos para Sopot. O parque está muito perto da estação de comboios e são 20 minutos até ao centrode Gdansk. Foi aqui, quando estava a entrar para o comboio para regressar que apanhei um grande susto. De repente vi-me rodeado por 4 tipos que se estavam a preparar para me sacar a bolsa que levava a tiracolo. Reagi abrindo os braços e forçando a entrada - de repente o comboio arranca e eles ficaram em terra e por essa vez de mãos a abanar. Só depois é que me dei conta de ter cometido o erro de entrar para o comboio na altura deste partir, quando a atenção está toda centrada no entrar e nos distraimos com o resto. Ver se serve de lição!

 

Ao fim da tarde passeamos em Sopot onde havia festa e fizemos um passeio à beira mar 

    

No dia seguinte fomos visitar Malbork - uma imponente construção, melhor dizendo reconstrução, dado que no final da II guerra pouco restava dos edificios. A 2ª foto é disso bastante elucidativa. Bilhetes relativamente caros para o nivel de vida, principalmente se atendermos que além de pagar o bilhete de visita há que pagar o estacionamento.

 


Começamos a dirigirmo-nos para Torum mas fizemos um pequeno desvio para ir até Jelonki ver uma das rampas para passagem a seco dos barcos. Tivemos sorte porque pouco tempo depois de lá chegar começamos a avistar um barco a descer a rampa ao mesmo tempo que o carro de transporte subia.
Ainda não percebi o funcionamento mas li que a energia para fazer movimentar os barcos é obtida pela água a circular no canal.

 


De seguida fomos a Giertzwald ver mais um santuário do qual tinhamos referências mas que não vale o desvio e chegamos a Torum ao fim do dia.

De manhã fomos visitar a cidade, o centro é relativamente pequeno mas muito agradável.

Chegamos ao meio da tarde a Poznan e fomos ver a cidade antes do fim do dia. Gostámos da cidade. O tempo estava agradavel mas à saída do tram começou uma valente chuvada que se manteve durante 20 mn.
Valeu bem o desvio. O parque de campismo está situado num complexo desportivo e de lazer muito agradavel.

 

Rumamos a Varsóvia onde chegamos à hora de almoço. Demos bem com o parque graças ao programa de navegação porque indicações é coisa que se não vê.
Fomos ao centro dar uma volta mas foi uma cidade que não dá para demorar.

Uma constante em toda a viagem  é ver-se muita gente a vender. Em qualquer praça montam uma pequena caixa ou uma mala com meia duzia de coisas. Desde fruta, morangos principalmente, até quinquilharia e pequenos brinquedos para aproveitar as muitas excursões de jovens. Também se vê muita gente, 3ª idade na maior parte das vezes a vender arranjos de flores o que parece demontrativo das dificuldades que o país está a passar.

 

Saimos de Varsovia de manhã em direção a Zamosc.
primeira paragem em Kazimierz Dolny onde demos uma volta pela vila e compramos morangos - muitos e baratos.
Seguimos para Lublin, estacionamos no centro e o guarda do parque deu-nos indicações do que ver na cidade. Não seguimos todas as indicações porque algumas delas eram mais umas quantas igrejas.
E a meio da tarde estavamos em Zamosc, no parque de campismo. 10 mn a pé e estamos no centro da vila. Vila pequena, centro que se resume à praça de casas baixas e a Camara.

  

 

Uma pergunta: sabem que sinal é este? Não?! Também não o conheço, mas se eu disser que muitas das estradas por onde andámos tem autênticas valas na zona dos rodados já se percebe para que serve o sinal. As estradas são más mas as bermas estão limpas como eu gostaria que estivessem as nossas.

Rumamos em direcção às igrejas de madeira classificadas pela Unesco. Começamos por ver a Igreja de Blizne que apesar de estar fechada dava para ver o interior pelas portas gradeadas. Seguimos para Haczow, Binarowa e Sekowa onde chegamos debaixo de chuva.
Seguimos para Berest onde encontramos a igreja de madeira fechada. Quando estava a dar a volta pela igreja vi que 3 miudos que entretanto tinham chegado tinham ido buscar as chaves. Aproveitei e entramos enquanto preparavam a igreja para a missa.
Depois de mais uma quantas voltas entramos no parque de um hotel por volta das 20H30 em Nowy Sacz.

 

 

Saimos tarde pois precisámos de recuperar do cansaço da vespera.
Primeira paragem em Szczawnica. Vila virada ao turismo de inverno e a passeios pedestres. Entretanto a paisagem mudou completamente. Deixámos a planicie para começar a termos paisagens de montanha. Os rios caudalosos mas de cor barrenta proporcionam descidas rapidas em pequenas chatas que no fim da viagem são transportadas por camionetas para o inicio da descida.
Continuando a viagem parámos em Debno para visitar mais uma das igrejas de madeira classificads pela Unesco. Como estamos numa zona de mais turismo, tinha estacionamento pago e um sacerdote a tomar conta da proibição de fotografar o interior.
Chegamos cedo a Zakopane, entramos no parque de campismo e fomos até ao centro. Muito turismo, as ruas centrais pejadas de gente e muita banca de vendedores vendendo de tudo e mais alguma coisa. Comprámos queijo fumado(OSCYPEK) e mel da região.

 

 

 

Fomos a Lipnica Murowana para tentar ver mais uma igreja classificada pela Unesco mas estava fechada pelo que ficamos pelo exterior.
Seguimos para Wieliczka onde estacionámos e fomos ver as minas de sal num grupo com guia em inglês. Depois da visita regressa-se num elevador pequeno e às escuras. Apesar de ser em Junho há muitos visitantes pelo que não é fácil fazer fotografias. Aqui além de se pagar a entrada nas minas, o estacionamento, ainda há um pagamento extra para tirar fotos ou filmar.

 


Depois fomos para Cracóvia com o GPs apontado para um camping indicado por um site italiano mas cujas indicações estão erradas. Fomos ter a um camping muito longe da cidade. Para lá chegar seria por autocarro. Não entrámos e fomos estacionar ao camping nº 171 cujas indicações para acesso à cidade correspondem ao que o site italiano indica.

Passámos o dia a visitar Cracovia.
Muito do tempo foi passado a visitar o Castelo Wawel. passeamos pela cidade que é muito agradável
Na praça central provámos as batatas assadas com molho que estavam a ser vendidas como especialidade e enfim... são batatas. Outra especialidade nesta zona são umas roscas de pão. E como era só o que havia era ver toda a gente a comer-las. É o que se pode dizer vendiam-se como pãozinhos quentes!


 

 

Saimos em direcção a Pieskowa Skala para ver um castelo mas estava fechado. Continuámos em direcção a Tokarnia pelo que dizem ser a zona dos castelos "ninho de águia". paisagem fraca, e os castelos são ruinas.
O museu ao ar livre Wsi Kieleckiel é uma reconstituição das casas de fim de sec XIX e aluns trabalhos de escultura de um habitante.Não vale a volta!
Chegada ao parque de Czesochowa e pequena visita à catedral.

Auchevitz e Birkenau. Não podiamos deixar de ir!

Para grande surpresa o estacionamento é gratuito, a visita é gratuita e o transporte entre os dois campos também é gratuito. Para ainda maior surpresa o parque de estacionamento é guardado 24 horas pelo que a dormida foi no campo de Auchevitz na companhia de uma AV francesa. Na conversa com esse companheiro e por força do entusiasmo com que falaram da rota do vinho de Alsácia e da linha Maginot decidimos fazer essa rota.

A ultima foto é de um dos fornos crematórios do campo de Birkenau que por opção não foi reconstruido.

 

 

 

Entrada a seguir ao almoço no parque de Wroclaw. A entrada é de fugir de tão degradada. No entanto o parque está muito bem situado, à beira do rio e a 15 minutos a pé do centro.

 

Saida de Wrovlaw com destino a Karpacz. passámos pelas 2 igrejas da paz - Jawor e Swidnica. A 1ª estava em restauro interior, deu para ver apesar dos andaimes. A 2ª tinha acabado de fechar quando conseguimos dar com ela pelo que ficamos só por a ver por fora.

 


Parámos em Klodzko, compramos cerejas e seguimos até Karpacz.
Vila simpática, muito virada ao turismo de inverno. Fomos ver a igreja Wang. Deu para aprender que as origens são nórdicas, tendo esta igreja sido comprada no sec 18 para ser instalada em Berlim e que após várias peripécias acabou por ser instalada em Karpacz.

Algumas fotos - os velhinhos Trabant, Fiat 126 (há muitos), caixas de correio e o ar decidido da menina para impor respeito aos automobilistas!

  

  
Seguimos para a fronteira e chegamos a Praga a meio da tarde. É uma cidade onde já tinhamos estado há uns anos e andámos de ver as diferenças. Continua uma cidade extremamente bonita mas claro muito diferente do que era na decada de 90 no que diz respeito a lojas, restaurantes. Na altura ainda se prestava homenagema Jan Palach- na avenida principal estavam flores e fotografias do jovem que se tinha imolado pelo fogo quando da invasão da então Checoslovaquia pelo exercito russo. Hoje há uma instalação feita com Trabants.

 

 


Na fronteira com a Alemanha, em Rosvadov, deparamos com o ASIA MARKT. Uma extensão enorme de lojas chinesas onde se vende de tudo - desde tabaco, ferramentas, bonecos e muita mais coisas de que não fazemos ideia para que servirão.

 

 

Ver o resto da viagem: Alemanha e França

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