As decisões mais sérias sobre a política diplomática de Campos Bastos são tomadas pela Chancelaria campinense depois de submetidas aos cidadãos. Somente as questões simples, como reconhecimento, troca de embaixadas e burocracia interna, podem ser tomadas sem consulta popular. O status diplomático das micronações é decidido pela Chancelaria, mediante critérios aprovados pelo povo, e passa periodicamente por revisão em lista aberta, sob os olhos dos embaixadores.

A classificação diplomática é uma peculiaridade adotada pela maioria das micronações lusófonas que praticamente não existe mais no mundo real. A diplomacia micronacional é muito parecida com a adotada na Europa antes da Primeira Guerra Mundial, com complexos sistemas de amizade e alianças. Campos Bastos adota um sistema próprio de classificação diplomática, estabelecido no início do primeiro mandato da ex-presidente Adriana Moura e já revisado duas vezes. A inclusão em cada uma das categorias obedece aos critérios da política diplomática, de acordo com o seguinte:

Aliadas - São aquelas com quem há um tratado ou compromisso, que pode ser verbal, estabelecendo uma aliança, que envolve colaboração e proteção mútua. Para que uma micronação seja aliada de Campos Bastos, deve ser democrática internamente e ter uma posição externa firme em defesa da liberdade, da autodeterminação dos povos e da democracia. A aliança precisa ser aprovada pelo povo e ratificada pelo Parlamento.

Relações Preferenciais - São aquelas que Campos Bastos prioriza em suas relações externas, devido a laços de afinidade muito fortes. São alvos preferenciais de futuras alianças ou tratados e as primeiras a ser lembradas nas trocas de embaixadas. Para se enquadrar neste status, a micronação precisa ter grandes afinidades políticas e históricas com Campos Bastos, além de, preferencialmente, defender a democracia e a liberdade.

Amigas - São as micronações que mantém relações diplomáticas fortes e positivas com Campos Bastos, com potencial troca de embaixadas, intercâmbio cultural e de idéias e eventuais tratados. Para atingir este status, a micronação deve oferecer a possibilidade de enriquecer, seja política ou culturalmente, as relações externas campinenses, com prioridade para as micronações democráticas ou que estejam implementando a democracia, embora sejam aceitas micronações absolutistas com quem haja grande afinidade.

Relações diplomáticas abertas - São micronações com quem Campos Bastos estabeleceu relações diplomáticas plenas, potencialmente com troca de embaixadas e acordos sobre pontos específicos, como turismo ou extradição, mas que no momento não obedecem aos critérios para nação amiga ou relações preferenciais.

Reconhecidas - Micronações que Campos Bastos apenas reconhece como entidades de Direito Intermicronacional da esfera pública, mas não tem relações diplomáticas de nenhuma espécie, resumindo-se a contatos entre Chancelarias e/ou cidadãos. Campos Bastos reconhece qualquer micronação que atenda a seus critérios de atividade e estruturação internas que são pré-requisitos para o reconhecimento e que se disponha à reciprocidade, ou seja, a nos reconhecer também. Entre os critérios exigidos estão: população, existência de Estado de Direito, existência de estrutura de governo e capacidade de se relacionar externamente e atividade interna.

Reconhecidas unilateralmente - Micronacões que Campos Bastos reconhece, mas que ainda não nos reconheceram. É reservada para casos específicos, em que haja um intercâmbio intenso entre cidadãos e/ou empresas de uma micronação que, por um motivo ou por outro, se recusa a nos reconhecer.

Governos beligerantes a nações aliadas ou amigas - Em micronações consideradas em guerra civil devido a disputas territoriais ou políticas, é possível aos governos estrangeiros reconhecer a beligerância, ou seja, a disputa entre as facções rivais. Campos Bastos pode reconhecer facções beligerantes no mesmo território de outra nação reconhecida quando elas estão bem estruturadas, contam com governo e legislação próprios e o governo reconhecido não se mostra capacitado a debelar o movimento.

Relações cortadas - Aquelas que Campos Bastos reconhece e com quem já manteve relações diplomáticas, mas as interrompeu por motivos graves de desrespeito às regras da política diplomática ou por agressão direta à nossa micronação. Há dois tipos de status de relações cortadas: non grata, quando as relações diplomáticas são suspensas, e inimiga. O status de inimiga só pode ser dado em caso de agressão gravíssima à soberania campinense, por decisão de maioria absoluta do Conselho Supremo mediante requisição da Presidência da República.

Tida como extinta - Micronação reconhecida por Campos Bastos que deixou de dar sinais de atividade interna ou externa por mais de três meses ou foi declarada anexada ou morta por seus cidadãos. Um eventual retorno à atividade implica novo reconhecimento. Este status exclui micronações extintas por fusão, caso em que são incluídas no Estado sucessor.

 
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