CURIOSIDADES__________________

Saiba Mais

* A HISTÓRIA DO FORRÓ

O forró teve sua origem em meados de 1.900, nas festas oferecidas pelos ingleses aos seus empregados que construiam estradas de ferro por esse Brasil a fora. Sua origem é um tanto quanto controversa. Alguns historiadores atribuem o nome "forró" a um lugar onde se dançava e que vem da expressão inglesa "For all", que quer dizer: "Para todos". Acredita-se que os ingleses ofereciam bailes para os operários que trabalhavam na construção das estradas de ferro do nordeste e os convidavam usando esse termo. Outra versão sobre sua origem é a de significar um baile comum, que o povo chamava de "forrobodó" e com o tempo passou a chamar forró.

Seja qual for sua origem, o "forró" passou a ser um gênero típico dos festejos juninos de todo o Nordeste, perdendo, apenas, para o nosso carnaval.

Sua formação é fruto de uma mesclagem do rítimo europeu misturado com o batuque, ou seja, dança de roda com que os africanos mostravam sua cultura. Isto, foi o marco inicial e serviu de base para nascer a música popular brasileira, de tal forma, que com o passar dos anos, surgiu vários rítmos, dentre as quais, o forró do norte, o forró da bahia, o forró de Minas Gerais, o forró-pé-de-calçada, o coco, o coco-de-roda, a ciranda, o xote, o xaxado, o baião, bem como o puro e autêntico forró de raiz, ou seja, o forró-pé-de-serra, dentre tantos outros ultimamente voltados à mais nova tendência, como exemplos, o forrógode, o forróreggae e o forró vaneirão.

O forró de raiz popularmente conhecido como forró-pé-de-serra, tem, como seus melhores representantes, indiscutivelmente, o grande Luiz Gonzaga, os Três do Nordeste e o Trio Nordestino.

O forró pé-de-calçada, muito bem representado por Cascabulho e o precurssor Mestre Ambrósio juntamente com Chico Science, é, senão, uma mescla dos mais variados rítmos e misturas de sons regionais com rap, música eletrônica, maracatú, o próprio forró-pé-de-serra, dentre outros.

O forrógode e forróvaneirão, são fusões de rítimos, respectivamente, de pagode e ou samba e de músicas regionais dos pampas lá das bandas do Sul, num verdadeiro entrosamento com o forró, diga-se de passagem, muito bem aceito pela comunidade forrozeira.

Quatro parágrafos atrás, observe que, relatando, eu, sobre as diversas ramificações do forró, nesse parágrafo e nos posteriores, fui feliz em não citar, dentre àquelas, essa que se diz e se intitula como mais uma ramificação desse planeta chamado forró, o "forró universitário", bandeira muito mal levantada logo no início do século XXI, inclusive, pelo Grupo Falamansa, que nessa página, reservo-me no direito de silêncio para não prejudicar minha sequência de raciocínio. Peço desculpas ao leitor internauta, orientando-o, no sentido de acessar na página "Curiosidades", o subtítulo: "Diferença: Forró-pé-serra X "forró universitário".

A vã filosofia popular, é, sem sombra de dúvida, um verdadeiro Cartório de marcas e patentes, de direitos autorais e de Domínio Público, corroborado por todo um trabalho, árduo e demorado, que ao longo dos anos, flora sua autenticidade. Eu estou falando do forró, forrobodó, do arrasta-pé, da farra, da música nortista, do baile popular. Não importando uma dessas designações, o importante é que, o nordestino, já vem de berço com sangue de forró circulando em suas veias. Êta que coisa boa arretada da peste, "home seu menino", eu, particularmente, sinto arrepíos só em pensar naquele "rela-bucho" a noite inteira, "inté" o dia "amaincê", "ochent" !

______________________________________________________________________

Texto: Candeeirinho Aceso

* RÍTMOS DO FORRÓ

O BAIÃO:

Sua origem remonta ao século XIX, no nordeste do Brasil e, segundo alguns historiadores, a palavra vem de "baiano". Sua popularização se deu com mais consistência a partir da década de 40, com Luiz Gonzaga, apresentando diferenças regionais e de época. Existe o tradicional baião de Pernanbuco, tocado com sanfona, triângulo e zabumba imortalizados por Luiz Gonzaga e Dominguinhos e o baião do Ceará, idealizado pelo Grupo Mastruz com leite, o qual incorporou instrumentos mais modernos como a guitarra, os teclados e a bateria.

O XOTE:

Rítmo de origem européia surgido nos salões aristocráticos da época da Regência, no final do século XIX. Conhecido originalmente com o nome de "schottisch", a filosofia popular passou a pronunciar "chotis" e, finalmente a palavra "xote" foi incorporada à nossa língua pelo "Aurélio".

O XAXADO:

Derivado do som que as alpargatas feitas de pneus de carros fazem no chão ao se dançar; É uma dança típica do agreste e sertão pernanbucano, bailada apenas e tão somente por homens, um rítimo ligeiro, agressivo popularizado na década de 20 por Virgulino Ferreira, "O Lampião" e seu bando de cangaçeiros.

O COCO:

É uma fusão da música negra e cabocla que consiste numa dança de roda muito apreciada no Nordeste do Brasil. Alguns historiadores arriscam que o rítimo nasceu e surgiu nas orlas marítimas, dada a grande concentração do cultivo e plantio do coco, daí a sua designação. Jackson do Pandeiro foi um dos que aderiu ao rítmo, popularizando-o.

O VANEIRÃO:

É o forró dançado no sul do país, notadamente no Estado do Rio Grande do Sul, dada à sua forte influência cultural germânica e alemã, que usavam o acordeon como principal instrumento, caracterizando-se por ser uma dança em que seus pares giram pelo salão com certa mobilidade e rapidez. A Banda forrozeira do Ceará "Os Brasas" tem popularizado esse rítmo com certa intimidade e precisão.

AS QUADRILHAS JUNINAS:

De tradição européia, tem natureza rural, com o culto ao fogo, incorporando-se à Igreja Católica Apostólica Romana Brasileira nos festejos de Santo Antonio, São Pedro e São João no mês de Junho, daí o nome "festas juninas", acompanhada de muito forró e comidas típicas do nordeste.

______________________________________________________________________

 

COLABORE, SEJA BEM - VINDO !

Se você souber de algum fato curioso

e gostaria de vê-lo publicado aqui, envie

um e-mail para: candeeirinhoaceso@yahoo.com.br