Lábios: bem ajustados, secos, de bordas livres, pigmentados de preto. (Exige-se o lábio curto, para que, quando o cão estiver fazendo a presa, possa respirar também pela comissura labial. Se os lábios fossem pendentes, apesar do maxilar ser bastante longo, fariam o papel de válvula, impedindo a inspiração suplementar pelas comissuras labiais, fechando a comissura e obrigando-o a soltar a presa, por insuficiência respiratória, como acontece nas raças de lábios pendentes).

Occipital: completamente oculto pelos potentes músculos da nuca, não pode ser marcado, sendo a inserção de cabeça e pescoço em forma de arco.(Confunde-se com a curva da linha superior do crânio).

Pescoço: grosso, arqueado, elegante, com a pele da garganta muito grossa, formando rugas como no Mastim, Dogue de Bordeaux, Bulldogue e não esticada como no Bull Terrier. (A elasticidade da pele no pescoço se deve à grande flacidez do tecido desta região, possibilitando o deslizamento da pele sobre a aponeurose superficial, de tal maneira que os caninos ou as garras inimigas não consigam atingir os músculos, apenas, o couro. Por exemplo: no caso de um Puma tentar segurá-lo pelo pescoço, a pele elástica esticar-se-ia muito, permitindo-lhe, também, fazer a presa).

Peito: amplo, profundo, dando a sensação de possuir pulmões grandes. Visto de frente, o esterno deve atingir um nível abaixo dos cotovelos. (Sendo o Dogue Argentino um cão de trabalho e luta, óbvio destacar a necessidade de um peito profundo e amplo, pela importância da respiração).

Cernelha: alta, muito forte, de grandes relevos musculares.

Tórax: amplo, visto de perfil, a linha inferior atinge o nível dos cotovelos.

Linha superior: mais alta na cernelha, inclinada em direção à garupa, em suave declive. (nos adultos quando o desenvolvimento muscular do dorso e dos rins é bom, visto de perfil, nota-se relevo dos músculos espinhais, formando um canal mediano ao longo da coluna).

Anteriores: retos, bem aprumados. As patas têm dedos curtos e bem compactos. (O comprimento dos dedos guarda uma proporção com a da pata. Têm almofadas plantares altas, bem carnudas com uma sola muito áspera ao tato, como calosidades que permitam correr muito, por terreno áspero e pedregoso, sem ferir-se).

Lombo: oculto pelos músculos do dorso(2).

Posteriores: coxas muito musculosas, com jarretes curtos e dedos bem fechados, sem ergôs. (Com boa angulação lembrando sempre que são os responsáveis pela propulsão, velocidade e sustentação na luta corpo a corpo, portanto, nunca será demasiado insistir quanto à importância da força na musculatura da coxa. Os dedos de lobo (ergôs) tão fácil de serem suprimidos nos primeiros meses, descontam pontos, como característica recessiva do Dogue dos Pirineus, porém não ocorrendo em desqualificação)

Cauda: grossa e longa, sem ultrapassar as jarretes, portada naturalmente caída. Durante a luta, a mantém levantada, em contínuo movimento lateral, como quando faz festa ao dono. (Deve ter-se presente que a cauda constitui uma grande ajuda, tanto na mudança de direção durante a corrida, atuando como leme, em ação compensatória, como na luta, servindo de sustentação ou ponto de apoio, colaborando no trabalho dos membros posteriores).

Peso: de 40 a 45 quilos.

Altura: de 60 a 65 centímetros. (Tanto na altura como no peso, o juiz deve ser inflexível, pois sendo o Dogue Argentino um cão de luta, entre as raças de caça maior, a redução do tamanho lhe tira eficiência. Entre vários exemplares bons prefere-se o de maior altura. Os criadores da raça ensinaram que o Dogue Argentino é um normotipo e dentro disso um macrotálico, quer dizer, que deve existir uma harmonia na proporção, que sob o ponto de vista funcional, é eurritmia ou seja normal correlação orgânica, que se traduz por uma maior altura e peso, naturalmente, sem chegar ao gigantismo).

Cor: completamente branco. Toda e qualquer mancha de cor deve desqualificar o exemplar por ser uma característica atóvica. (Os brancos com a pele muito pigmentada de preto, devem ser considerados como exemplares inaptos para a criação, pelo caráter recessivo que demonstram e que pode passar a ser dominante nos filhos, se forem acasalados com exemplares que, potencialmente, tenham este defeito. As manchas pequenas na cabeça não são motivo de desqualificação, mas entre dois exemplares equivalentes, o desempate será pelo exemplar que mais se aproxime do completamente branco. Por outro lado, qualquer mancha no tronco é motivo de desqualificação).
Faltas: qualquer desvio dos termos deste padrão deverá ser considerado como falta e penalizado na exata proporção de sua gravidade.
Desqualificações:
1. Olhos de cores desiguais.
2. Surdez.
3. Manchas no corpo.
4. Pêlo longo.
5. Trufa branca ou muito manchada (despigmentada).
6. Prognatismo inferior ou superior.
7. Lábio muito pendente.
8. Cabeça afilada
9. Orelhas inteiras (não operadas).
10. Altura inferior a 60 centímetros
11. Mais de uma mancha na cabeça.
12. Toda e qualquer desproporção física.
Referência: Revista Cães & Cia
PADRÃO DA RAÇA (CONT)