Apesar de comprovado que o Veadeiro Pampeano, existe há muito tempo e que seus criadores sempre mantiveram suas características inalteradas, só em 1950 tentou-se, sem sucesso o registro da raça.

A origem do Veadeiro ainda não é conclusiva, mas duas hipóteses são as mais prováveis. A primeira é de que este cão descenda do grupo dos primitivos, como os podengos ou ibisencos. A segunda é de que ele seria um cão nativo da América do Sul, hipótese que é apoiada no fato deste cão poder ser encontrado em várias regiões do Brasil e também em diversos outros países da América do Sul.

Mesmo com as pesquisas sobre sua origem em andamento, a maioria dos exemplares que se encaixam dentro do padrão definido como ideal estão sendo identificados por meio de microchips. Espera-se com isso conseguir criar linhas de sangue formadas por casais não aparentados o que permitirá a constituição da árvore genealógica da raça.

A principal função do Veadeiro é o levante e apresamento de animais de pêlo, mas é sabido que apesar de seu porte, ele é também utilizado com razoável sucesso como auxiliar no pastoreio de bovinos e ovinos.

Graças ao aguçado faro, ele pode ser treinado como cão farejador em investigações policiais.

O Veadeiro Pampeano é um ótimo cão de companhia, sendo muito dócil e amistoso com seu dono e apesar de arredio com estranhos, convive bem com crianças.

A pelagem é simples, com pêlo curto, reto, denso e áspero.

A cor pode variar do branco ao amarelo (baio escuro), podendo ser sólida ou apresentando placas dessas duas cores. A presença de mancha branca no peito ou nas patas e de coleira branca é permitida.

Na aparência geral o Veadeiro Pampeano é um cão de porte médio, longilínio, com boa musculatura denotando força e rusticidade. As orelhas são pontiagudas, dobradas para trás (em rosa) e eretas quando em alerta.A cauda é portada baixa, com comprimento que não deve ultrapassar os jarretes. Alguns exemplares podem apresentar uma pequena franja.

PADRÃO

FINALIDADE: são utilizados para o levante e o apresamento de animais de pêlo. O trabalho destes cães exige que tenham um comportamento grupal tranqüilo, pois caçam em duplas, trios ou matilhas.

BREVE RESUMO HISTÓRICO: presente no Brasil, constatadamente, desde o início do século XX. É encontrado em diversas regiões geográficas do país e, mais abundantemente, no Rio Grande do Sul, onde até auxilia a sobrevivência dos moradores pobres isolados em fundões.

APARÊNCIA GERAL: rústica; de porte mediano, retangular, não sendo desejada a quadratura por ser inadequada ao desempenho de sua função.

COMPORTAMENTO E CARÁTER: obediente ao dono. É independente na sua função de levante e apresamento de animais de pêlo, tarefa que executa fora da vista de seu dono ou de seu condutor. É arredio com estranhos, mas permite a aproximação sem se mostrar medroso ou agressivo. De fácil convívio com crianças.

CABEÇA: de forma graióide, sendo o comprimento maior que a largura do crânio.

FOCINHO: de comprimento igual ao do crânio; retilíneo; sendo admissível o nariz romano.

STOP: não muito pronunciado, mas sempre presente.

MORDEDURA: em tesoura, arcada dentária completa, devendo ser penalizada a falta de incisivos, caninos ou molares. A mordedura em torquês é admissível. O prognatismo, inferior ou superior, é indesejável.

OLHOS: amendoados, de cor avelã em qualquer matiz, admitindo-se a cor esverdeada. Olhos azuis são indesejáveis.

ORELHAS: pontiagudas, íntegras, inseridas lateralmente, portadas em rosa e eretas quando em atenção.

TRUFA: preta ou marrom, sendo admissível a cor de carne.

MAXILARES: fortes, podendo o inferior ser um pouco retraído.

Contornos: ocular, nasal e labial devem apresentar a mesma cor.

PESCOÇO: forte, de comprimento igual ao da cabeça. É indesejável a presença de barbelas.

TRONCO: de aparência forte, adequada ao trabalho a que se propõe.

TÓRAX: longo, com dorso firme.

COSTELAS: de arqueamento discreto.

PEITO: profundo e largo, para abrigar pulmões que o capacitem à função. Esterno não proeminente.

LINHA SUPERIOR: ligeiramente inclinada da cernelha à garupa. Admissível exemplares com linha superior nivelada.

LINHA INFERIOR: levemente esgalgada.

ANTERIORES: ombros angulados a mais de 90°; paralelos; patas de lebre; unhas escuras ou brancas; almofadas plantares espessas e fortes; a presença de ergôs é admissível.

POSTERIORES: musculosos e de boa angulação; jarretes curtos; patas bem definidas; dígitos bem arqueados; almofadas plantares espessas e fortes. A presença de ergôs, simples ou duplos, é admissível.

CAUDA: íntegra; de inserção mediana; o comprimento não deve ultrapassar a parte superior dos jarretes. Portada baixa; pelagem curta, sendo que alguns exemplares, conforme a linha de sangue, apresentam pequena franja na parte inferior. Quando muito excitado, podem portar a cauda levemente acima da linha do dorso.

PELAGEM

PÊLO: curto, simples, reto, denso e áspero.

COR: do branco ao amarelo leonino (baio escuro), sólidos ou apresentando placas dessas duas cores. É permitida a presença de coleira branca e mancha branca no peito e nas patas.

MOVIMENTAÇÃO: deve ser fluente, com passadas amplas e balanceadas. Ao trote, pode erguer a cauda acima da linha do dorso.

FALTAS: Qualquer desvio dos termos deste padrão deve ser considerado como falta e penalizado na exata proporção de sua gravidade.

NOTA: os machos devem apresentar os dois testículos, de aparência normal, bem desenvolvidos e acomodados na bolsa escrotal.

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