Músicas

Nessa sessão você poderá conhecer algumas músicas do Grupo de Capoeira Raça e de outros grupos também. Caso você conheça alguma música diferente, envie-a para nós, assim, enriqueceremos nossa página, tornando-a um meio para divulgação dessas músicas.

Hino do Grupo Raça

Começou lá em São Félix e por cachoeira se expandiu Depois foi pra Muritiba e exalou o seu carinho Geolândia e Cruz das Almas, brevemente por todo o Brasil Olha eu falo do Grupo Raça, e falo com muito carinho No Raça tem, tem capoeira Tem todo dia e vai Ter a vida inteira (2x) No Raça tem o Magrelo, tem a Soninha Tem o Folha, Luizinho, o Macaco, o Rogério e o Boquinha Tem o Pinaúna, Pão de Milho, Geladeira e o Robô Tem o Mestre Medicina, que a todos nós capoeira ensinou No Raça tem, tem capoeira Tem todo dia e vai Ter a vida inteira (2x) Berimbau está tocando, que é pra todos avisar Hoje é festa do Grupo Raça, e isso não pode acabar Vem gente de muito longe, que é pra nos prestigiar O meu corpo se arrepia só de no Raça estar No Raça tem, tem capoeira Tem todo dia e vai Ter a vida inteira (2x) História do Grupo Raça Oi, de Itabuna foi morar em Salvador Logo se mudou pra ilha muitos grupos ele criou Graças a Deus, foi morar em Muritiba E com toda a sua mandinga Grupo Raça ele fundou Quando ele canta faz meu corpo arrepiar Todo mundo se levanta de vontade de jogar Quando ele canta faz meu corpo arrepiar Sobre a luz do candeeiro sobre a luz do luar Toca pandeiro, atabaque e berimbau Grupo Raça abre a roda e responde esse coral Raça, Raça Quero ver você jogar Raça, Raça Quero ver gunga tocar Raça, Raça Tem meia-lua, rasteira com mão no chão Tem martelo, tem ponteira, galopante e tem pisão Oi tem macaco, dobre S, reversão Tem relógio, helicóptero e também tem pião de mão Eu falo dele falo com muita estima Ele é mestre dos mestres é meu Mestre Medicina Raça, Raça Todo mundo vai jogar Raça, Raça Jogue daí que eu jogo de cá Raça, raça O meu mestre vai jogar Ginga, ginga capoeira Ginga, ginga capoeira Ginga, ginga vamo vê Ginga, ginga capoeira Esse jogo é pra valer Ginga, ginga capoeira Ginga, ginga vamo vê Esse jogo é pra valer Esse jogo é pra valer Capoeira é brasileira É pra homem é pra mulher Foi assim que eu aprendi No meu grupo salve axé Ginga, ginga capoeira Ginga, ginga vamo vê Ginga, ginga capoeira Esse jogo é pra valer Nunca jogue com desprezo Você tem que ter mandinga Você tem que ter molejo Ginga, ginga capoeira Ginga, ginga vamo vê Ginga, ginga capoeira Esse jogo é pra valer Dizem que é uma luta Dizem que é uma dança Não se iluda meu amigo Capoeira não amansa Ginga, ginga capoeira Ginga, ginga vamo vê Ginga, ginga capoeira Esse jogo é pra valer Camarada entra na roda Mas não venha com ameaça É melhor tomar cuidado Com a turma do Grupo Raça Ginga, ginga capoeira Ginga, ginga vamo vê Ginga, ginga capoeira Esse jogo é pra valer Meu amigo tenha calma Não vá se precipitar Não mexa com Medicina Você vai se machucar Ginga, ginga capoeira Ginga, ginga vamo vê Ginga, ginga capoeira Esse jogo é pra valer Pega esse menino Pega esse menino que ele é bom demais Pega esse menino que ele é bom demais Pega esse menino que ele é bom demais Pega esse menino que ele é bom demais Chora viola Chora viola êêê, chora viola ááá, chora viola, faz essa viola chorar Chora viola êêê, chora viola ááá, chora viola, faz essa viola chorar Camarada essa viola é danada pra chorar Chora viola êêê, chora viola ááá, chora viola, faz essa viola chorar Chora viola êêê, chora viola ááá, chora viola, faz essa viola chorar É uma viola muito boa, e danada pra chorar Chora viola êêê, chora viola ááá, chora viola, faz essa viola chorar Chora viola êêê, chora viola ááá, chora viola, faz essa viola chorar Ô Sinhá quebrei meu pé Ô Sinhá, ô sinhá quebrei meu pé. Correndo da chibatada da colheita de café Ô Sinhá, ô sinhá quebrei meu pé. Correndo da chibatada da colheita de café Pele negra em carne viva, patrãozinho que bateu Maltratei cavalo dele, e o patrão se aborreceu Mandou até o feitor, na corrente me prender Eu careço de ajuda, peço ajuda a vóis mercê Se vóis mercê não me ajuda, então fala pra João Que eu vou aguentar no tronco, esperando abolição Ô Sinhá, ô sinhá quebrei meu pé. Correndo da chibatada da colheita de café Ô Sinhá, ô sinhá quebrei meu pé. Correndo da chibatada da colheita de café Ô Sinhá, ô sinhá quebrei meu pé. Correndo da chibatada da colheita de café Olha o coco Olha o coco menino êê. Olha o coco menino áá Olha o coco menino êê. Olha o coco menino áá Mulher casada que duvida do marido Mete a mão no pé do ouvido manda logo passear Mulher casada que duvida do marido Mete a mão no pé do ouvido manda logo passear Mulher casada que duvida do marido Mete a mão no pé do ouvido manda logo passear Aquela cobra que mordeu minha canela Dei um pulo em cima dela pois eu tive que matar Sou capoeira, não diz besteira Cabeçada e rasteira pra poderem respeitar Olha o coco menino êê. Olha o coco menino áá Olha o coco menino êê. Olha o coco menino áá Que navio é esse Que navio é esse, que chegou agora É o navio negreiro com os escravos de Angola Que navio é esse, que chegou agora É o navio negreiro com os escravos de Angola Veio de Banjo de Angola e Guiné Trouxe a macumba, capoeira e canbomblé Que navio é esse, que chegou agora É o navio negreiro com os escravos de Angola Corpo suado cansado de trabalhar Negro não sabia o que era descansar Que navio é esse, que chegou agora É o navio negreiro com os escravos de Angola Acorrentado no mercado da Bahia De lá saía, seu destino não sabia Que navio é esse, que chegou agora É o navio negreiro com os escravos de Angola Vinha criança, vinha homem e mulher Pra trabalhar na colheita do café Que navio é esse, que chegou agora É o navio negreiro com os escravos de angola Que navio é esse, que chegou agora É o navio negreiro com os escravos de angola Besouro eu não conhecia Iê, Besouro eu não conhecia, besouro eu não conhecia Alguma história eu ouvi contar Negro forte de corpo fechado, aquela jóia de falar E foi um grande lutador, e foi um cabra debochado Já desarmou cavalaria, com mais de trinta soldados Besouro cabra malvado, foi arisco desconfiado Ninguém sabia seu mistério, ninguém sabia seu segredo Besouro preto mangangá, ei cabra macho pra lutar Era Besouro, era Besouro, chamado Cordão de Ouro Era Besouro, era Besouro Ê Besouro Cordão de Ouro Era Besouro, era Besouro Olha o negro Ê olha lá o negro Olha o negro sinhá Ê olha lá o negro Olha o negro sinhá Lembrando de Bimba e Pastinha Oi começa o jogo agora, olha entra na roda e começa a gingar Oi lembrando de Bimba e Pastinha, jogando mansinho pra não se cansar Quando eu vejo aqueles dois mestres rodando uma perna pra nos ensinar Olha eu fico na roda pensando e vou logo chamando alguém pra jogar Jogar, jogar, oi chamando alguém pra jogar Jogar, jogar Oi, lembrando de Bimba e Pastinha Jogar, jogar Oi chamando alguém pra jogar Jogar, jogar Oi chamando você pra jogar Jogar, jogar Sou uma bagagem do navio negreiro Sou uma bagagem do navio negreiro. Que de angola no Brasil ficou. Sou uma bagagem do navio negreiro. Que de angola no Brasil ficou. Ê, sou de uma raça sofrida, sentida. Daquele tempo que o negro passou. Sou uma bagagem de um navio negreiro. Que de angola no Brasil ficou. Eu, sou suor daquele negro danado. Negro danado que comenta e se falou. Sou uma bagagem do navio negreiro. Que de angola no Brasil ficou. Ô a minha mãe se chama Maria. E o meu pai o negro feitor. Sou uma bagagem do navio negreiro. Que de angola no Brasil ficou. Ê, sou de uma raça sofrida, sentida. Daquele tempo que o negro passou. Sou uma bagagem do navio negreiro. Que de angola no Brasil ficou. Sou uma bagagem do navio negreiro. Que de angola no Brasil ficou. Sou uma bagagem do navio negreiro. Que de angola no Brasil ficou. Se arrasta no chão menino Se arrasta no chão menino. Se arrasta no chão bem devagar. Se arrasta no chão menino. Faz a roda arrepiar. Se arrasta no chão menino. Oi se arrasta no chão bem devagar. Se arrasta no chão menino. Quero ver o coro cantar. Se arrasta no chão menino. Se arrasta no chão bem devagar. Se arrasta no chão menino.

Salomé, Salomé Salomé, Salomé Olha homem pequeno é ladrão de mulher Salomé, Salomé Olha o mestre Gigante é ladrão de mulher Salomé, Salomé No pé do berimbau No pé do meu berimbau todo mundo leva rasteira No pé do meu berimbau todo mundo leva rasteira Pode ser moleque novo, ou velho de capoeira No pé do meu berimbau todo mundo leva rasteira Por isso não se aborreça, é jogo de capoeira No pé do meu berimbau, todo mundo leva rasteira Pode ser moleque novo, ou velho de capoeira No pé do meu berimbau todo mundo leva rasteira Sete quedas foi-se embora Sete quedas foi-se embora, sete quedas foi-se embora. Foi-se embora e não voltou. Hoje triste a natureza, chora chuvas de rancor. O sol bravo queima tudo, até a lua se apagou. Meu canário já não canta, meu atabaque se furou, e até meu berimbau de tristeza se calou – camarada Iê que malvadeza Iê que malvadeza camará Iê com a natureza Iê com a natureza camará Menino do mato Menino do mato, quem te ensinou Essa tua capoeira que tem muito valor Menino do mato, quem te ensinou Essa tua capoeira que tem muito valor Uma vez tava sentado, em um tronco preparado Rezando ave-maria e pedindo força aos escravos Quando acabei o meu pedido, veja o que me aconteceu Me arrepiei tão diferente, foi um espírito que me apareceu Menino do mato, quem te ensinou Essa tua capoeira que tem muito valor Menino do mato, quem te ensinou Essa tua capoeira que tem muito valor Menino do mato, quem te ensinou Essa tua capoeira que tem muito valor Foi um negro alto, com um olhar tão piedoso Ele contou uma história, pra mim guardar segredo Me ensinou a mandinga, de um valente guerreiro Ele disse para eu ter, espírito nobre mandigueiro Menino do mato, quem te ensinou Essa tua capoeira quem tem muito valor Menino do mato, quem te ensinou Essa tua capoeira quem tem muito valor Menino do mato, quem te ensinou Essa tua capoeira quem tem muito valor O que adianta ter estudo? Ei, o que adianta ter estudo? O que adianta Ter estudo? Oi, iá, iá Se eu posso me comparar. Pois se também eu sou doutor, na minha arte popular Eu pego meu berimbau, o meu tambor, e o meu pandeiro Eu me jogo nesse mundo, com meu jeito brasileiro E vocês que são formados, que diz que tem educação Talvez vocês não vêem, o que eu presto atenção Vejo crianças sendo mortas e jogadas no porão Pois elas ganham pra comer, o que vocês jogam no chão Pois a minha educação, não foi a escola que me deu Quem me deu foi a capoeira, hoje eu agradeço à Deus Adeus escola meu mano, meu mano, oi meu mano Adeus escola meu mano Oi berimbau tá me chamando Adeus escola meu mano Meu mestre tá me esperando Adeus escola meu mano Oi meu mano, oi mano Adeus escola meu mano Besouro virou uma estrela Quem viveu na Bahia há tempos atrás Conheceu capoeira na beira do cais Lá não havia bater nem apanhar Capoeira de lá foi pra matar Capoeira de lá foi demais E besouro era o dono da roda do cais Começou de menino e formou-se rapaz Besouro era o rei da capoeira Besouro mandou lá na videira Há muito tempo atrás Mas mataram Besouro pela traição Seu corpo sangrando rolava pelo chão Ninguém mais vai ver capoeira Besouro sumiu ai que pena E Besouro virou Uma estrela Ai Besouro virou Uma estrela E Besouro virou Uma estrela Discípulo de Suassuna Capoeira jurou bandeira, pediu a seu santo sua proteção Entrou na roda olhou parceiro, eh mais olha pro céu pediu perdão Deu uma volta de saudação, na ida da volta falou: “ Capoeira eu sou baiano, olha, mestre Suassuna foi quem me ensinou”. Estendeu a mão e lá no cumprimento, o pé no peito logo levou, Oi! Mas sumiu no chão que nem corisco pra confirmar o que havia dito, Capoeira nesse dia eh! Jogou tudo que sabia Oi! Mas se não jogasse perdia, amor no peito de Maria Moça do seu coração, jogou no ar e no chão Fez diabrura do cão, oi rezando uma oração Ei lá! Homem de corpo fechado, mas não tem ferro de matar Ogum é se padrinho, guerreiro do céu e guarda da lua E na terra seu peito é de aço e nem faca de ponta não fura. Iê viva meu Deus Iê viva meu Deus, camará Foi num samba de roda Foi num samba de roda que eu vi minha preta chorar Perguntei: O que foi minha preta? Agora você vai me falar. E ela com muita emoção chegou bem pertinho para me falar Hoje eu sou é bom capoeira jogada bonita na beira do mar. Sonhei que eu fui jogar, capoeira na beira do mar. (3x) Balanço de corpo na beira do mar. Balanço de corpo na beira do mar Eu vou ver a baiana balançar. Eu vou ver a baiana balançar E lá vou eu, lá vou, e lá vou eu. Vou com as ondas do mar. E lá vou eu, lá vou, e lá vou eu. Vou com as ondas do mar. Vou jogar capoeira na beira do mar. Vou jogar capoeira na beira do ma (3x) Baiano bom é o baiano Carcará Baiano bom, baiano bom, baiano bom é o baiano Carcará Baiano bom, baiano bom, baiano bom é o baiano Carcará Baiano bom é o baiano Carcará Que bebe água de coqueiro e deixa o coco no lugar Quem é que eu sou? Sou o baiano Carcará Quem é que eu sou? Sou o baiano Carcará Capoeira é beleza Capoeira não sai da minha cabeça, capoeira não sai do coração, Capoeira quem joga é mandingueiro, capoeira é jogo de irmão. Capoeira é beleza. Capoeira é tradição, Capoeira tem fundamento, capoeira é vibração. Na roda de capoeira, pode se matar ou morre Mas também se joga limpo e é bonita de ser ver. Capoeira é beleza, capoeira é tradição, Capoeira tem fundamento, capoeira é vibração. Para ser um bom capoeira não basta ter aptidão Tem-se que jogar com a alma e canta com o coração. Capoeira é beleza, capoeira é tradição, Capoeira tem fundamento, capoeira é vibração. Paraná Vou dizer minha mulher Paraná isso não aconteceu Paraná Paraná uê, Paraná uê, Paraná A mulher pra ser bonita, Paraná Não precisa se pintar, Paraná A pintura é do diabo, Paraná A beleza é Deus quem dá, Paraná Paraná uê, Paraná uê, Paraná A galinha e a mulher, Paraná São dois bichos interesseiros, Paraná A galinha pelo milho, Paraná E a mulher pelo dinheiro, Paraná Paraná uê, Paraná uê, Paraná O enfeite de uma cama, Paraná É um homem e uma mulher, Paraná Paraná uê, Paraná uê, Paraná Não tem lê lê nem lá lá Luanda ê pandeiro Luanda ê Pará Teresa samba de pé Idalina canta sentada Lá no cais da Bahia Não pode mais se passar Na roda da capoeira Não tem lê lê não tem nada Não tem lê lê nem lá lá Oi lá ê, lá ê lá Oi lê lê É ou não é Vou-me embora pra Bahia Ô iá-iá morena não chora Vou-me embora pra Bagia Ô iá-iá morena não chora Eu agora vou dizer quem Nasceu, cresceu, e morreu Quem não foi na Bahia não viveu Nasceu, cresceu e morreu Olha Bahia Na capoeira Olha Bahia No candomblé Olha a Bahia no samba de roda Cocadinha e acarajé ou não é É ou não é Quem não foi na Bahia não sabe o que é É ou não é Meu berimbau toca é assim Quem é você, que vem de lá Quem é você, que vem de lá Eu vim da Bahia vou me apresentar Eu vim da Bahia vou me apresentar O arame, o chocalho, a cabaça e o pedaço de pau Meu berimbau toca é assim Meu berimbau toca é assim Eu vou lhe dizer eu vou lhe falar Meu berimbau toca é assim É meu berimbau ê, que acabou de chegar Meu berimbau toca é assim Dim dim dim chiqui dim dom dom Meu berimbau toca é assim Dendê da água amarela Água de cheiro também é leite de rosas Água de cheiro também é leite de rosas Eu vou passar na loirinha pra ela ficar bem cheirosa Eu vou passar na loirinha pra ela ficar bem cheirosa Dendê, ou dendê, ou dendê da água amarela Dendê, ou dendê, ou dendê da água amarela Dá uma surra nesse negro pra deixar de ser tagarela Dá uma surra nesse negro pra deixar de ser tagarela Venha cá besouro preto vou lhe fazer um pedido Venha cá besouro preto vou lhe fazer um pedido Dá uma surra nesse negro pra deixar de ser atrevido Dá uma surra nesse negro pra deixar de ser atrevido Filho de Bimba não cai Foi você, você, você que falou Que filho de Bimba não cai Oi não cai, não cai, não cai não Filho de Bimba não cai Canta canarinho canta Canta canarinho canta Eu quero ouvir você cantar canarinho Canta canarinho canta Você canta de lá, que eu canto de cá Canta canarinho canta Salve a nossa cor Auê, auê, auêêê Lê, lê, lê, lê, ... lê ôôôô Auê, auê, auêêê Lê, lê, lê, lê, ... lê ôôôô Tá no sangue, tá na pele Tá na raça Tá no mestre que me ensinou Capoeira Salve a nossa cor Berimbau Salve a nossa cor Esse ano eu vou pra Bahia de qualquer maneira Esse ano eu vou pra Bahia de qualquer maneira Esse ano eu vou pra Bahia de qualquer maneira Vou tocar berimbau, vou dar salto mortal E jogar capoeira Esse ano eu vou pra Bahia de qualquer maneira Esse negro foi quem me ensinou Por favor não maltrate esse negro Esse negro foi quem me ensinou Esse negro da calça rasgada Camisa furada ele é meu professor Por favor não maltrate esse negro Esse negro foi quem me ensinou Esse negro da calça rasgada Camisa furada ele é meu professor Por favor não maltrate esse negro Esse negro foi quem me ensinou Eu saí da Bahia pra jogar capoeira de angola Eu saí da Bahia pra jogar capoeira de angola Me recomendei a Deus, A Jesus Cristo e a nossa Senhora Eu sai da Bahia pra jogar capoeira de angola Me recomendei a Deus, A Jesus Cristo e a Nossa Senhora Quando eu entrei no salão Fiquei a observar Vi tanta barbaridade Que fiquei todo arrepiado (Coro) Vi rabo de arraia maldoso Cabeçada das perigosas Balão de quebrar pescoço Era uma roda das de matar é... (Coro) Um amigo me convidou Pra ir na roda jogar Quando saí na angola Ele saiu na regional é.. (Coro) Eu chamei pelo divino Ele disse vou me mandar Eu já estou muito velho Esse jogo não vou aguentar é.. Quem nunca caiu Quem nunca caiu, na roda de capoeira Não sabe o valor da queda, pensa só que é brincadeira Eu já caí, mas agora estou de pé Pronto pra cair de novo, pro que der e o que vier Quem nunca caiu, na roda de capoeira Não sabe o valor da queda, pensa só que é brincadeira (2x) Dei uma armada, e depois uma rasteira Moleque saltou de banda, ele é bom de capoeira Quem nunca caiu, na roda de capoeira Não sabe o valor da queda, pensa só que é brincadeira (2x) Que vida engraçada, cheia de desilusão Hoje ele joga muito, amanhã está no chão Quem nunca caiu, na roda de capoeira Não sabe o valor da queda, pensa só que é brincadeira (2x) Camugerê Você me diz que joga bem a capoeira Que esse jogo é uma besteira E qualquer um sabe jogar Um certo dia vi você cair na asneira De entrar na roda boa e cansar de apanhar Camugerê, como tá, como tá Camugerê Como vai vóis mercê Camugerê Eu vou bem de saúde Camugerê Para mim é prazer Camugerê Oi lá ê, lá ê lá Oi lê lê Oi lá ê, lá ê lá Oi lê lê Oi lá ê, lá ê lá Oi lê lê Sou angoleiro que vem de angola Sou angoleiro que vem de angola Jogo com Deus e com Nossa Senhora Sou angoleiro que vem de angola Oi que vem de angola, de angola, de angola Sou angoleiro que vem de angola E toco atabaque, berimbau e uma viola Sou angoleiro que vem de angola E jogo com você a qualquer hora Sou angoleiro que vem de angola A saudade no coração do capoeira A saudade no coração do capoeira É igual a uma rasteira, faz o berimbau parar E então vai tocar um toque de angola Onde o capoeira chora mesmo sem querer chorar Na incidez do lamento do guerreiro, sem rumo sem paradeiro E o poeta que aparece Ele se esquece, que é forte e perigoso, Tira o lenço do pescoço, e joga um verso pro ar E diz amor, por favor me espere um pouco Não vai me trocar por outro Eu vim aqui e já volto já Meu amor por favor me espere um pouco Eu vim aqui já volto já Zum zum zum Zum zum zum Besouro mangangá Bateu foi na polícia De soldado a generá Zum zum zum Quando entrou lá na roda Não parava de jogar Zum zum zum Na Bahia tem Oi na Bahia tem tem tem Oi na Bahia tem tem lá Oi na Bahia tem tem tem Oi na Bahia tem tem lá Lembrança de Mestre Bimba E do Mestre Valdemar Você quer ver a verdade da Bahia Você quer ver a verdade da Bahia Basta você ir lá pra sentir toda energia Basta você ir lá pra sentir toda energia Oi na Bahia tem tem tem Oi na Bahia tem tem lá Oi na Bahia tem tem tem Oi na Bahia tem tem lá O capoeira nunca morre de verdade O capoeira nunca morre de verdade Pois a morte é uma passagem Pro mundo que Deus criou Pois a morte é uma passagem Pro mundo que Deus criou Oi na Bahia tem tem tem Oi na Bahia tem tem lá Oi na Bahia tem tem tem Oi na Bahia tem tem lá Me faz lembrar toda Bahia chorou Mestre velho Valdemar foi embora e nos deixou Oi na Bahia tem tem tem Oi na Bahia tem tem lá Oi na Bahia tem tem tem Oi na Bahia tem tem lá Não me abandone meu bem Não me abandone meu bem Não vá embora, não me troque por ninguém Não me abandone meu bem Não vá embora, não me troque por ninguém O capoeira é um cabra muito forte Que não tem medo da morte Nem do que se lamentar Mas quando sente o amargo da solidão Dá uma dor no coração Uma vontade de cantar Não me abandone meu bem Não vá embora, não me troque por ninguém Mas você estava errada Magoou meu coração E hoje eu vivo sozinho desamparado Com meu berimbau do lado Vou cantando essa canção Não me abandone meu bem Não vá embora, não me troque por ninguém Foi pra você que eu fiz essa canção Pra tocar seu coração Mais você não escutou Escute agora o que vou lhe dizer Eu só largo a capoeira no dia que eu morrer Não me abandone meu bem Não vá embora, não me troque por ninguém Joga capoeira Joga capoeira (ê ô) Que eu quero ver (ê ô) Joga bonito (ê ô) Eu quero aprender (ê ô) O aú batido (ê ô) O aú sem mão (ê ô) A meia lua (ê ô) E o arrastão (ê ô) Eu sou capoeira (ê ô) De medicina (ê ô) Eu jogo em baixo (ê ô) E também em cima (ê ô) O berimbau no toque cavalaria Bahia, velha Bahia, no Boteco da esquina Entre o papo e o copo ô iá iá, uma garrafa de pinga Berimbau ia chegando, o capoeira não faltava A roda ia se arrumando, o jogo logo começava É uma prece na saída, é uma reza na chegada Meia lua e rasteira ô iá iá, era aú e cabeçada De repente o berimbau no toque cavalaria Era um sinal de alerta olha polícia já vinha Era faca era navalha e tudo logo se escondia O jogo ficava na farsa até a polícia se ia – camará Iê viva meu Deus Sou negão de sinhá, sou negão de sinhô Sou negão de sinhá Sou negão de sinhô Já estive no tronco levando Chicotadas do meu feitor Mais nunca me entreguei Foi preciso me matar, matei Por que estava em jogo A minha liberdade nunca gozei Sou negão de sinhá Sou negão de sinhô Já estive no tronco levando Chicotadas do meu feitor Mas nunca chorei E nem sequer me humilhei O que fiz foi revolta Sou negão de senzala Sou fora da lei Sou negão de sinhá Sou negão de sinhô Já estive no tronco levando Chicotadas do meu feitor O que fiz foi revolta No meu grito de dor Pra mostrar para o mundo Sou preto na pele Sou branco na alma Sou cheio de amor Sou negão de sinhá Sou negão de sinhô Já estive no tronco levando Chicotadas do meu feitor Capoeira é defesa e ataque Capoeira é defesa é ataque É ginga no corpo é malandragem Capoeira é defesa é ataque É ginga no corpo é malandragem Oi São Francisco Nunes Preto velho meu amor Ensinou para o meu pai Mas meu pai não me ensinou Capoeira... Capoeira é defesa é ataque É ginga no corpo é malandragem O maculelê, a dança do pau Na roda de capoeira É no toque do berimbau Capoeira... Capoeira é defesa é ataque É ginga no corpo é malandragem Eu já tive em Moçambique Eu já tive Guiné Mas estou voltando de Angola Com o jogo de Malé Capoeira... Capoeira é defesa é ataque É ginga no corpo é malandragem Se você quiser aprender Vai ter que praticar Mas na roda de capoeira É gostoso de jogar Capoeira... Capoeira é defesa é ataque É ginga no corpo é malandragem É legal, é legal É legal, é legal Oi jogar capoeira é um negócio legal É legal, é legal Tocar berimbau é um negócio legal É legal, é legal Tocar o pandeiro é um negócio legal É legal, é legal Eu vi a cegonha voando pra cá Eu vi a cegonha voando pra cá Cuidado menino ela quer te pegar Eu vi a cegonha voando pra cá Oi voando pra cá e voando pra lá Eu vi a cegonha voando pra cá Oi cegonha danada ela quer me matar Eu vi a cegonha voando pra cá Oi voando pra cá e voando pra lá Meu besouro voou Meu besouro voou, pega esse besouro Meu besouro voou... Ê, ê, ê, a meu besouro acabou de voar Ê, ê, ê, a meu besouro foi pro Paraná Ê, ê, ê, a meu besouro acabou de voar Capoeira, capú Capoeira, capú Maculelê, maracatú Mas não é Karatê nem também kung fu Maculelê, maracatú Mas eu vim pra Bahia comer caruru Maculelê, maracatú Vim comer caruru e não comer angú Maculelê, maracatú Oi, meu filho quando nascer, meu filho quando nascer Vou perguntar pra parteira O que é que o meu filho vai ser? O meu filho vai ser capoeira Capoeira capú Maculelê, maracatú Mas não é karatê nem também kung fu Maculelê, maracatú Mas eu vim pra Bahia comer caruru Maculelê, maracatú Vim comer caruru e não comer angú Maculelê, maracatú Eu toquei berimbau, berimbau de bambu Maculelê, maracatú A palma de Bimba é um, dois, três A palma estava errada, o mestre mandou arrumar outra vez Acerte essa palma menino, que a palma de Bimba é um, dois, três Olha a palma de Bimba É um, dois, três Beira mar Oi beira mar, auê, beira mar (2x) Oi beira mar, auê, beira mar (2x) Oi, é o riacho que corre pro rio É um rio que corre pro mar E no mar é morada de peixe Eu quero ver quem vai jogar capoeira Oi beira mar, auê, beira mar (2x) Minha mãe chama Maria Lavadeira de Maré Eu beijei Santa Maria Minha mãe não sei quem é Oi beira mar, auê, beira mar (2x) Eu topei, quero ver cair Ô, â, ô, aê Mas eu topei, quero ver cair Ô, â, ô, aê Machado cego não corta Madeira de jassaí Ô, â, ô, aê Mas eu topei, quero ver cair Ô, â, ô, aê Urubu não é pássaro preto Sabiá não é bem-te-vi Ô, â, ô, aê Você joga de lá Que eu jogo daqui Ô, â, ô, aê Mas eu topei, quero ver cair Ô, â, ô, aê Canarinho da Alemanha Canarinho da Alemanha, quem matou meu curió Na roda da capoeira, mestre Bimba é o maior, êh Canarinho da Alemanha, quem matou meu curió Eu jogo capoeira, quero ver quem é melhor, êh Canarinho da Alemanha, quem matou meu curió Eu jogo capoeira e o Pastinha é o melhor, êh Canarinho da Alemanha, quem matou meu curió Eu jogo capoeira da Bahia a Maceió, êh Canarinho da Alemanha, quem matou meu curió Eu jogo capoeira Zé Doró é o melhor, êh Canarinho da Alemanha, quem matou meu curió Abalou capoeira, abalou Abalou capoeira, abalou Mas abalou deixa abalar Abalou capoeira, abalou Mas quem quiser moça bonita Abalou capoeira, abalou Vai na ilha de Maré Abalou capoeira, abalou Por que lá não falta homem Abalou capoeira, abalou Mas também não falta mulher Abalou capoeira, abalou De uma mão quebra bolacha Abalou capoeira, abalou E a outra bebo café Abalou capoeira, abalou Em casamento eu não falei Abalou capoeira, abalou Mas fica pra quando Deus quiser Abalou capoeira, abalou Mas abalou deixa abalar Abalou capoeira, abalou Capoeira não tem raça, não tem cor Dizem que o capoeira É aquele pretinho sujo Pretinho que não trabalha Pretinho que não estuda Pretinho que é vagabundo Eu sou capoeira Sou até um preto aciado Eu trabalho, eu estudo Ganho meu dinheiro suado Capoeira não tem raça Capoeira não tem cor Capoeira tá no sangue Capoeira é amor Ô, ô, ô, ô Não tem raça não tem cor Ô, ô, ô, ô Tá no sangue, é só amor Ô, ô, ô, ô Vieram três pra bater no negão Vieram três pra bater no negão (2x) Pegaram faca, porrete e facão Mas você não sabe o que pode fazer o negão Troca a mão pelo é, e o pé pela mão Tapa na cara, rasteira de mão Você não sabe o que pode fazer o negão Mestre Gigante Foi valente capoeira, partiu pra nunca mais voltar Deixando muita saudade, que até hoje faz chorar Me ensinou a ser guerreiro, e ao meu medo derrotar A ser valente mandingueiro, a cair e levantar Não desprezar os mais fracos, nem pros mais fortes relaxar Mas o destino, um dia me fez chorar Gigante partiu pra longe, foi pro céu com Deus morar Mas a vida é assim mesmo, e eu só posso lamentar De ter no peito a esperança, de um dia meu mestre reencontrar Lá no céu tem três estrelas Uma é Bimba, outra é Pastinha Outra é mestre Gigante Com toda sua força e valentia. Lá no céu... Lá no céu tem três estrelas Uma é Bimba, outra é Pastinha Outra é mestre Gigante Com toda sua força e valentia. Lá no céu... Lá no céu tem três estrelas Uma é Bimba, outra é Pastinha Outra é mestre Gigante Com toda sua força e valentia. Oi no sonho eu vi Cobrinha Verde, e o famoso mestre Paraná Eu vi mestre Canjiquinha, e o lendário Besouro Mangangá Valdemar da Liberdade, tocava o seu berimbau Fazendo festa na chegada, de um capoeira respeitado Era meu mestre Gigante, que lá no céu tinha chegando. Lá no céu... Lá no céu tem três estrelas Uma é Bimba, outra é Pastinha Outra é mestre Gigante Com toda sua força e valentia. Arrebenta, arrepia Arrebenta, arrepia O salve axé É vibração, é energia Arrebenta, arrepia O salve axé É vibração, é energia Quando eu cheguei aqui, eu nada sabia E um mundo novo, pra mim agora surgia Meu padrinho me batizou, irmãos eu encontrei A vida enfim melhorou, um sentido a ela eu dei E agora eu sei, eu sei como é que é O sangue que rola em mim, tem o nome salve axé Arrebenta, arrepia O salve axé É vibração, é energia Vou ligar pra você, alô, alô Bahia Capoeira de angola, regional, samba de roda e maculelê Isso tá no meu sangue, tá dentro de mim só falta você Eu vou, vou ligar pra você alô, alô Bahia Vou dizer que te amo, e no final do ano, eu vou pra Bahia Eu vou, vou ligar pra você alô, alô Bahia Vou dizer que te amo, e no final do ano, eu vou pra Bahia Ê Maria, capoeira não largo não Já tentei mas meu coração Não vive sem ela não Tinha que perder a visão E nunca mais escutar então A voz de um lamento Ver um jogo de São Bento Explode meu coração Eu vou, vou ligar pra você alô, alô Bahia Vou dizer que te amo, e no final do ano, eu vou pra Bahia Tava sentado na praça Tava sentado na praça, Uma nega maluca me apareceu Sentada com o filho no braço Dizendo pro povo que o filho era meu Há, há, há, há eu vou rir de você Há, há, há, há Eu vou rir de você Há, há, há, há