Srª Pessíma
e Srª Boa

Eis os acontecimentos de
um dia na vida de duas senhoras. Uma delas é um amor de
pessoa, tranqüila, gosta do que faz e sente-se feliz. Já
a outra, é o mau humor em pessoa. Resmunguenta, reclama
de tudo, briga com todo mundo e nunca está contente.
Ambas levam uma vida
simples e com muita dificuldade financeira. Vou chamá-las,
carinhosamente, de Dona Péssima e de Dona Ótima.
Num determinado dia,
ambas levantaram cedo e, após darem o café a seus
familiares, saíram para comprar algumas coisinhas de que
necessitavam.
D. Péssima pegou o ônibus
e logo esbravejou, por não haver lugar para sentar-se.
Afinal, estava cansada. Irritou-se com o congestionamento
e ficou resmungando o tempo todo: "Será que essas
pessoas não têm o que fazer"? Dizia ainda que
estava perdendo muito de seu precioso tempo por causa
delas. E continuou lá, em pé, xingando e reclamando da
vida. De como sua vida era difícil!
D. Ótima também pegou o
ônibus lotado e, por causa do congestionamento,
aproveitou o tempo para fazer uma análise de sua vida.
Sentia-se muito bem. Saudável, com ótimos filhos e com
esperança de um futuro melhor. Pôs-se a olhar para as
outras pessoas e ficou se perguntando: "Quantas
delas são felizes como eu? Por trás daquelas aparências,
quanto problemas estarão escondidos?"
. Péssima continuou sua
dura viagem e chegando ao local das compras, havia muita
gente, o que a fez ficar meio perdida. Entrou numa loja
para adquirir certa mercadoria e, porque aquela já havia
acabado, brigou com o vendedor e saiu à procura em
outros lugares, ficando mais cansada, mais irritada e,
por fim, acabou levando outra mercadoria, que não era de
seu agrado. Achou tudo muito caro e lamentou a sorte de
ter tão pouco dinheiro.
D. Ótima, entrando na
loja e não encontrando o que desejava, ouviu a opinião
do vendedor, que lhe ofereceu uma mercadoria parecida e
até de menor valor. Resolveu levá-la e, logo, havia
terminado as compras satisfeita com o que tinha feito e,
até, economizado.
à noite, no jantar,
diante daquela refeição simples de todos os dias, os
filhos de D. Péssima perguntaram-lhe como tinha sido seu
dia. Ela, então, pôs-se a reclamar que lhe doíam as
costas, as pernas, os pés, a cabeça, e que tudo dera
errado, que o dinheiro era pouco e, ainda por cima, só
tinha aquela miséria para o jantar COMO SOU INFELIZ!
exclamou.
Já D. Ótima disse aos
filhos que teve um dia maravilhoso. Aproveitou para
muitas coisas, fez boas compras e, ainda, teve tempo para
refletir sobre sua vida. Agradeceu a Deus pela família
maravilhosa, pelos bons sentimentos que todos tinham e
pelo jantar que saboreavam juntos. COMO SOU FELIZ!
exclamou.
Dificuldades e problemas,
todos temos bastante. Façamos deles uma experiência
para o nosso progresso. O melhor aprendizado é aquele
que tiramos de nossa própria vida.
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